Créditos Imagem Publicações Busca

Imagem: Jean-Baptiste Debret.

Base John Monteiro

     Exibindo 11 a 20 de 54
STADEN, Hans. Hans Staden’s True History: an account of cannibal captivity in Brazil. Durham: Duke University Press, 2008, 208p . . Organizado e traduzido por Neil Whitehead e Michael Harbsmeier. Trata-se de uma nova tradução e edição crítica em inglês do livro de Staden, acompanhado por um denso estudo introdutório do antropólogo Neil Whitehead. A introdução chama a atenção para a necessidade de rever o relato de Staden dentro do emergente contexto colonial no qual foi produzido. Mas também enfoca de maneira pertinente a importância do texto de Staden para os debates etnológicos e literários que atravessaram o século XX, com especial ênfase no problema da antropofagia. Ao dialogar com uma vasta bibliografia sobre relatos de viagem e observação etnográfica, Whitehead revaloriza o estatuto de Staden enquanto observador, cuja experiência de náufrago e cativo colocaram-no numa posição privilegiada para conhecer os índios . (John Monteiro).
FAULHABER, Priscila; MONSERRAT, Ruth - orgs. Tastevin e a Etnografia Indígena. Rio de Janeiro: Museu do Índio-FUNAI, 2008, 213p . . Trata-se de uma coletânea de textos do missionário-etnógrafo Constant Tastevin (1880-1958), escritos durante a sua estada no Brasil entre 1905 e 1926 e publicados sobretudo em francês. Os textos escolhidos pelas organizadoras foram produzidos em Tefé, no Estado do Amazonas, e incluem informações históricas, arqueológicas, linguísticas e etnográficas a respeito de populações indígenas e caboclas na região do Solimões e seus afluentes. Os textos incluem notas de doze especialistas em línguas, cultura material, zoologia, geografia, história e etnologia, esclarecendo e enriquecendo a leitura do padre Tastevin, autor conhecido entre os estudiosos da Amazônia ocidental porém pouco traduzido anteriormente . (John Monteiro).
SILVA, Orlando Sampaio. Eduardo Galvão: índios e caboclos. São Paulo: Annablume, 2007, 427p . . Trata-se de uma apreciação minuciosa de toda a obra do antropólogo Eduardo Galvão, fornecendo um roteiro interessante de uma fase importante dos estudos etnológicos no país, pois Galvão teve uma contribuição tanto em termos de pesquisa etnográfica quanto em ambição teórica, entre as décadas de 1940 e 70 . (John Monteiro).
LASMAR, Denise Portugal. O Acervo Imagético da Comissão Rondon no Museu do Índio 1890-1938. Rio de Janeiro: Museu do Índio-FUNAI, 2008, 264p . . Originalmente uma dissertação de mestrado, este livro traz uma riqueza extraordinária de informações e imagens produzidas pelos fotógrafos e cineastas ligados à Comissão Rondon. São representados vários grupos indígenas, em sua maioria de Rondônia, Mato Grosso e Amazonas. O extenso anexo serve de repertório das fotografias e filmes no acervo, trazendo ainda o interessantíssimo relatório do tenente Luiz Thomaz Reis sobre as expedições fotográficas e cinematográficas empreendidas em 1916-17 entre os Bororo, incluindo o detalhamento das despesas com as expedições e da receita provenientes da exibição do filme . (John Monteiro).
TORRÃO FILHO, Amílcar. Paradigma do Caos ou Cidade da Conversão?: São Paulo na Administração do Morgado de Mateus (1765-1775). São Paulo: Annablume, 2007, 292p . . Originalmente dissertação de mestrado, o livro enfoca questões urbanas durante o período pombalino, com uma incursão relevante na temática indígena, tanto no sentido da herança da presença jesuítica pós-expulsão, quanto nas políticas do Morgado de Mateus referente aos aldeamentos nos arredores da cidade. Conclui com um comentário interessante sobre a “invisibilidade” dos índios nas áreas urbanas coloniais, codificada na imagem do caráter “despovoado” das vilas e cidades porém ao mesmo tempo sinal da exclusão social . (John Monteiro).
STADEN, Hans. Warhaftige Historia: zwei Reisen nach Brasilien (1548-1555)/História de duas viagens ao Brasil. Kiel: Westensee Verlag, 2007, 410p . . Edição crítica de Franz Obermeier. Tradução ao português Guiomar Carvalho Franco. Esta edição do célebre livro quinhentista oferece vários elementos críticos para o estudo das populações indígenas que fazem parte da obra de Staden. Apesar de apresentada como uma edição bilíngue, há notáveis diferenças entre os aportes críticos em alemão e a tradução para o português. A versão em alemão inclui uma alentada introdução do historiador Franz Obermeier, fornecendo um contexto histórico e crítico para a leitura da obra. Segue-se um facsímile da edição original de Marburg, de 1557, extensamente anotada por Obermeier, com informações esclarecedoras sobre lugares, nomes, espécies vegetais e animais, grupos e personagens indígenas, entre outros assuntos, lançando mão de uma bibliografia bastante ampla e atual. Também inclui vários índices de grupos indígenas, nomes pessoais, lugares, fauna, flora e palavras em tupi que aparecem ao longo do livro. Na sequência, o texto da edição de Marburg é transcrito integralmente numa versão em alemão atual, por Joachim Tiemann. Na última parte desta edição aparecem um resumo em português da introdução de Obermeier e uma transcrição da tradução realizada em 1942 por Guiomar Carvalho Franco (com alguns ajustes feitos por Augusto Rodrigues). As anotações em português também são abreviadas em relação à versão em alemão, que é mais extensa e completa. O livro é disponibilizado no Brasil através do Instituto Martius-Staden . (John Monteiro).
FREIRE, Carlos Augusto da Rocha. O SPI na Amazônia: política indigenista e conflitos regionais, 1910-1932. Rio de Janeiro: Museu do Índio-FUNAI, 2007, 116p . . Série Publicação Avulsa do Museu do Índio, 2. Pequena publicação de grande riqueza, este livro aborda uma série de questões ligadas à atuação da Inspetoria Regional responsável por Amazonas e Acre durante as primeiras décadas do SPI. O autor enfoca de maneira particular as atividades e os escritos de Bento de Lemos, cuja carreira permite colocar em discussão aspectos demográficos, territoriais, políticos e administrativos da gestão indigenista. O material documental inédito e as fotografias dos postos são, simplesmente, fantásticos . (John Monteiro).
CORRÊA DO LAGO, Pedro; CORRÊA DO LAGO, Bia. Coleção Princesa Isabel: Fotografias do século XIX. São Paulo: Capivara, 2008, 432p . . O livro disponibiliza reproduções de uma coleção de mais de mil fotografias pertencentes à Princesa Isabel. Embora não seja um tema prioritário, a presença indígena está espalhada pelo livro, desde imagens da época da Exposição Antropológica no Rio de Janeiro (1882), aos retratos de dois sertanistas negros (Tenente Antônio José Duarte e Manoel Urbano de Encarnação) no final do Império, às fotos tiradas por Barbosa Rodrigues na Amazônia ocidental (1889), ao retrato de um jovem índio com roupa de marinheiro (c. 1890), aos retratos de índios feitos no estúdio de Teixeira e Vázquez (c. 1892) . (John Monteiro).
GANDAVO, Pero de Magalhães. História da província de Santa Cruz. São Paulo: Hedra, 2008, 156p . . Introdução e notas de Clara Santos e Ricardo Valle. Edição de bolso que reproduz, com atualização ortográfica, o texto publicado em 1576. Os organizadores apresentam um ensaio introdutório a partir de um enfoque da teoria literária e as notas são mais úteis quando falam de questões de forma, estilo e retórica. O índice temático ajuda a localizar trechos que abordam os índios . (John Monteiro).
CAPIBERIBE, Artionka. Batismo de Fogo: os Palikur e o cristianismo. São Paulo: Annablume; Fapesp; NuTI, 2007, 276p . . Versão revista de uma dissertação defendida na Unicamp, o livro enfoca o processo de evangelização dos Palikur, com ênfase especial e inovadora sobre a atuação de missionários pentecostais. Fruto de uma cuidadosa pesquisa etnográfica e documental, o livro não só contribui para a crescente bibliografia etnológica sobre a região do Oiapoque como também dialoga com os estudos sobre missões religiosas em comunidades indígenas. De especial interesse para a história indígena é a análise do diário de um casal de missionários ligados ao Summer Institute of Linguistics, abrangendo as décadas de 1960-70 . (John Monteiro).