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Imagem: Jean-Baptiste Debret.

Base John Monteiro

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FAULHABER, Priscila; MONSERRAT, Ruth - orgs. Tastevin e a Etnografia Indígena. Rio de Janeiro: Museu do Índio-FUNAI, 2008, 213p . . Trata-se de uma coletânea de textos do missionário-etnógrafo Constant Tastevin (1880-1958), escritos durante a sua estada no Brasil entre 1905 e 1926 e publicados sobretudo em francês. Os textos escolhidos pelas organizadoras foram produzidos em Tefé, no Estado do Amazonas, e incluem informações históricas, arqueológicas, linguísticas e etnográficas a respeito de populações indígenas e caboclas na região do Solimões e seus afluentes. Os textos incluem notas de doze especialistas em línguas, cultura material, zoologia, geografia, história e etnologia, esclarecendo e enriquecendo a leitura do padre Tastevin, autor conhecido entre os estudiosos da Amazônia ocidental porém pouco traduzido anteriormente . (John Monteiro).
LASMAR, Denise Portugal. O Acervo Imagético da Comissão Rondon no Museu do Índio 1890-1938. Rio de Janeiro: Museu do Índio-FUNAI, 2008, 264p . . Originalmente uma dissertação de mestrado, este livro traz uma riqueza extraordinária de informações e imagens produzidas pelos fotógrafos e cineastas ligados à Comissão Rondon. São representados vários grupos indígenas, em sua maioria de Rondônia, Mato Grosso e Amazonas. O extenso anexo serve de repertório das fotografias e filmes no acervo, trazendo ainda o interessantíssimo relatório do tenente Luiz Thomaz Reis sobre as expedições fotográficas e cinematográficas empreendidas em 1916-17 entre os Bororo, incluindo o detalhamento das despesas com as expedições e da receita provenientes da exibição do filme . (John Monteiro).
CASTELNAU-L’ESTOILE, Charlotte. Operários de uma Vinha Estéril: os Jesuítas e a conversão dos índios no Brasil (1580-1620). Bauru: EDUSC, 2006, 628p . . Traduzido por Ilka Stern Cohen. Publicado originalmente em francês em 2000, trata-se de um excelente estudo do projeto e da prática de evangelização dos índios num período de reformulações na Europa e na América. A autora não pretende avaliar o impacto dessas práticas sobre os índios mas sim introduzir um olhar historico-antropológico sobre os próprios jesuítas, buscando compreender suas categorias analíticas, bem como suas experiências pessoais e religiosas. Meticulosamente pesquisado em arquivos e bibliotecas nos dois lados do Atlântico, o livro oferece ricas análises sobre a administração de aldeias, a confecção de instrumentos linguísticos, a circulação de missionários, as estratégias e ações individuais e a tarefa de escrever a experiência missionária em diferentes registros . (John Monteiro).
AMADO, Janaína; ANZAI, Leny Caselli - orgs. Anais de Vila Bela, 1734-1789. Cuiabá: Ed. UFMT/Carlini & Caniato, 2006, 319p . . Coleção Documentos Preciosos. Valiosa edição do manuscrito adquirido em 1995 pela biblioteca Newberry em Chicago, EUA, os Anais de Vila Bela proporcionam, segundo as organizadoras, “um formidável manancial de nomes, datas, eventos, números, efemérides, nomeações, etc.” A primeira parte, referente ao período de 1734 a 1755, foi publicada anteriormente porém esta edição inclui, pela primeira vez, 35 textos inéditos, referentes aos anos de 1756 a 1789. Organizados cronologicamente, os Anais foram redigidos por vereadores da Câmara de Vila Bela com o intuito de registrar os “feitos dignos de memória”. Dentre esses feitos, episódios envolvendo índios abundam, sobretudo porque as ações e a audácia de sertanistas constituem “um dos núcleos narrativos do documento”. Além dos sangrentos conflitos entre colonos e índios Paiaguá, Caiapó e Guaicuru, há notícias de alianças e da presença e papel de índios no interior da sociedade colonial, inclusive de índios que passaram do lado espanhol da fronteira para se fixarem em Vila Bela. A edição traz anotações que visam sobretudo esclarecer usos arcaicos e coloquiais. O índice remissivo é bastante útil, apesar do verbete “Índios” remeter a quase todas as páginas dos Anais. Em anexo, a edição inclui a reprodução de mapas e ilustrações, com destaque para os mapas e plantas do acervo da Casa da Ínsua, em Portugal, o solar construído por Luiz de Albuquerque de Mello Pereira Cáceres, provável dono original desta cópia do manuscrito . (John Monteiro).
CORRÊA DO LAGO, Pedro; CORRÊA DO LAGO, Bia. Coleção Princesa Isabel: Fotografias do século XIX. São Paulo: Capivara, 2008, 432p . . O livro disponibiliza reproduções de uma coleção de mais de mil fotografias pertencentes à Princesa Isabel. Embora não seja um tema prioritário, a presença indígena está espalhada pelo livro, desde imagens da época da Exposição Antropológica no Rio de Janeiro (1882), aos retratos de dois sertanistas negros (Tenente Antônio José Duarte e Manoel Urbano de Encarnação) no final do Império, às fotos tiradas por Barbosa Rodrigues na Amazônia ocidental (1889), ao retrato de um jovem índio com roupa de marinheiro (c. 1890), aos retratos de índios feitos no estúdio de Teixeira e Vázquez (c. 1892) . (John Monteiro).
. História da Conquista da Paraíba. Brasília: Senado Federal, 2006, 120p . . Edições do Senado Federal 73. Reedição do documento “Sumário das Armadas”, escrito por um jesuíta na Paraíba na década de 1580, narrando a conquista da Paraíba por iniciativa de particulares. Aborda a ação dos Potiguar e chega à conclusão de que “o verdadeiro sangue e substância de se povoar e se sustentar o Brasil é com o mesmo gentio da terra, ganhado por amizade...” A edição reproduz o texto e as notas (de pouca utilidade) da publicação original na Revista do IHGB . (John Monteiro).
GANDAVO, Pero de Magalhães. História da província de Santa Cruz. São Paulo: Hedra, 2008, 156p . . Introdução e notas de Clara Santos e Ricardo Valle. Edição de bolso que reproduz, com atualização ortográfica, o texto publicado em 1576. Os organizadores apresentam um ensaio introdutório a partir de um enfoque da teoria literária e as notas são mais úteis quando falam de questões de forma, estilo e retórica. O índice temático ajuda a localizar trechos que abordam os índios . (John Monteiro).
SANTOS, Ricardo Ventura dos; SILVA, Maria Celina Soares de Mello e - orgs. Inventário Analítico do Arquivo de Antropologia Física do Museu Nacional. Rio de Janeiro: Museu Nacional/UFRJ, 2006, 160p . . O inventário identifica a documentação textual, iconográfica e cartográfica do antigo Setor de Antropologia Física, abrangendo um período de meados do século XIX a 1960 e cobrindo “um conjunto de aproximadamente 10.000 documentos fundamentais para a compreensão da história da antropologia física no Brasil”. De interesse para a história indígena são, entre outros, as fotos de índios e de sítios arqueológicos indígenas; as fichas datiloscópicas com informações sobre indivíduos. Há ainda o livro de tombo da Divisão de Antropologia Física, cujos primeiros registros são de crânios de índios oriundos de aldeamentos do Império e de sítios arqueológicos . (John Monteiro).
NORONHA, José Monteiro de. Roteiro da Viagem da Cidade do Pará até as Últimas Colônias do Sertão da Província (1768). São Paulo: Edusp, 2006, 111p . . Introdução e notas de Antonio Porro. Coleção Documenta Uspiana 1. Primeira edição anotada deste importante relato de 1768, o Roteiro de Noronha traz informações geográficas e etnográficas sobre a Amazônia. Segundo o organizador Antonio Porro, apesar de Noronha ser o autor setecentista “que mais informa a respeito dos índios, o seu indianismo é paradoxal”. Isso se explica pela alternância entre “observações atentas e enriquecedoras” e “inexplicáveis omissões”, sobretudo no que diz respeito às “relações entre índios e brancos nas vilas e povoados amazônicos”. Ainda assim, o Roteiro fornece indicações precisas sobre as origens étnicas dos habitantes das vilas sob o Diretório, além de detalhes etnográficos que não estão presentes em outros relatos . (John Monteiro).
MONTERO, Paula - org. Deus na Aldeia: missionários, índios e mediação cultural. São Paulo: Editora Globo, 2006, 583p . . Fruto de um projeto coletivo, este livro reúne 11 textos originais que oferecem uma leitura antropológica dos diversos aspectos do “encontro” entre missionários e índios. Vários capítulos lançam mão de documentos históricos e todos levam em consideração a dimensão histórica dos processo e eventos sob análise. Destacam-se o capítulo inicial da organizadora sobre o problema da “mediação cultural” nas abordagens antropológicas e historiográficas das relações entre missionários e “nativos”; o texto de Nicola Gasbarro trata da prática missionária ocidental à luz da história das religiões; Cristina Pompa discute a relação entre história e antropologia a partir da análise de narrativas missionárias e outros documentos históricos; Adone Agnolin avalia, através dos instrumentos de tradução dos jesuítas, a “gramática cultural, religiosa e linguística” do encontro nos espaços da doutrina e do ritual; Marta Amoroso estuda os escritos capuchinhos referentes à missão entre os Munduruku de Bacabal, no Tapajós, durante o Império; Marcos Rufino retraça o debate em torno da noção de “inculturação” na Igreja Católica e sobretudo no CIMI; Ronaldo de Almeida analisa o processo de “tradução cultural da religião evangélica”, apoiado em diferentes casos etnográficos; Artionka Capiberibe explora, ao longo de séculos, as “conversões” entre os Palikur, percorrendo o catolicismo missionário, o catolicismo “reinterpretado” e, por fim, o impacto das missões evangélicas; Aramis Luís Silva confronta dois projetos de “valorização cultural” entre os Bororo, um da iniciativa dos Salesianos, outro em parceria com uma ONG indígena; José Maurício Arruti amplia a noção de “conversão” através de seu estudo sobre o ritual do Toré no Nordeste, enfocando primeiro a atuação da Igreja Católica na década de 1970 e em seguida os passos que compõem o processo da “etnogênese”; no texto final, Melvina Araújo parte de uma descrição etnográfica da “performance ritual do Natal” numa maloca Macuxi para a análise da construção de um “código compartilhado” entre missionários e índios no que diz respeito ao que seria “tradicionalmente indígena” . (John Monteiro).