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Imagem: Jean-Baptiste Debret.
Base John Monteiro
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LÉVI-STRAUSS, Claude. Tristes Trópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 1997, 400p . . Tradução: Rosa Freire D’Aguiar. Publicado originalmente em 1955, é um misto de relato de viagem e reflexão antropológica do destacado etnólogo francês, cuja passagem pelo Brasil nos anos de 1930 foi fundamental na sua formação. Guardadas as especificidades contextuais, o livro proporciona uma excelente introdução à temática indígena e ao lugar dessa discussão no mundo contemporâneo. Com o passar do tempo, também passa a proporcionar uma espécie de documento histórico . (John Monteiro). |
TREECE, David. Exilados, Aliados, Rebeldes: o movimento indianista, a política indigenista e o estado-nação imperial. São Paulo: Edusp/Nankin, 2008, 352p . . Estudo inovador e de fôlego que situa o indianismo no contexto político e ideológico do seu tempo ao invés de considerá-lo uma mera abstração romântica, descolada dos problemas contemporâneos. O autor destaca o paradoxo entre o investimento de escritores, artistas e intelectuais numa “mitologia integracionista” e a história de “um processo destrutivo de prorporções genocidas”, paradoxo esse que chega a novas alturas no meio do século XIX, com a disjunção entre o indianismo (com inflexões diferentes, como aponta o autor) e a política indigenista imperial. Publicado originalmente em inglês em 2000, a edição brasileira traz alguns pequenos problemas de tradução . (John Monteiro). |
ROCHA, Leandro Mendes; BAINES, Stephen - orgs. Fronteiras e Espaços Interculturais: transnacionalidade, etnicidade e identidade em regiões de fronteira. Goiânia: Ed. UCG, 2008, 117p . . Nesta coletânea de seis textos de seminário tematizando fronteiras internacionais multi-étnicas, destaca-se o estudo de Giovani José da Silva sobre a história e etnicidade dos Kinikinau de Mato Grosso do Sul . (John Monteiro). |
CHAMORRO, Graciela. Terra Madura Yvy Araguyje: fundamento da palavra guarani. Dourados: Editora UFGD, 2008, 368p . . Dedicado aos acadêmicos e acadêmicas guarani e kaiowá da Universidade Federal da Grande Dourados, o livro apresenta um amplo painel interpretativo da religião e religiosidade guarani. Afirma que os grupos guarani “não podem ser tomados como exemplo de um ‘cristianismo ameríndio’, mas sim contados entre as populações aborígines que mantêm uma relação marginal, embora cordial, com o cristianismo”. Para tanto, a autora conta com uma densa pesquisa documental, uma interlocução com narradores guarani e com sua própria experiência com a espiritualidade guarani ao longo dos anos . (John Monteiro). |
MOURA, Marlene Castro Ossami de. Os Tapuios do Carretão: etnogênese de um grupo indígena do Estado de Goiás. Goiânia: Editora da UCG, 2008, 368p . . Fruto de uma ampla pesquisa documental, historiográfica e etnográfica, este livro busca entender a etnogênese do grupo indígena denominado Tapuio, residente na Área Indígena Carretão. Ao buscar as raízes coloniais de um processo de etnificação envolvendo a fusão de quatro grupos distintos (Xavante, Xerente, Kaiapó e Javaé), a autora trabalha de maneira interessante o jogo político entre os processos históricos de “invisibilização” e “visibilização”. Dentre outros temas, é de especial interesse o trabalho realizado a partir de registros paroquiais do século XIX, mostrando diferentes inflexões nos casamentos interétnicos. Em anexo encontram-se exemplos destes documentos, além de mapas, plantas e fotografias . (John Monteiro). |
CARDIM, Fernão. Tratados da Terra e da Gente do Brasil. Lisboa: Comissão Nacional para a Comemoração dos Descobrimentos Portugueses, 1997, 337p . . Transcrição, edição e notas de Ana Maria de Azevedo. Trata-se de uma nova edição dos textos deste jesuíta sobre os índios, transcritos dos originais arquivados em Évora, com um estudo preliminar e notas muito esclarecedoras, colocando o texto em diálogo com a atual historiografia e etnologia. São três tratados: "Do Clima e Terra do Brasil", que é uma espécie compêndio de saberes indígenas; "Do Princípio e Origem dos Índios do Brasil", que inclui uma descrição detalhada das práticas culturais dos Tupi e um esboço da diversidade étnica; e a "Narrativa Epistolar de uma Viagem e Missão Jesuítica", o que apresenta um relato esmiuçado da viagem do visitador jesuíta Cristóvão de Gouveia pelas missões do Brasil entre 1583 e 1590, com descrições preciosas dos índios que viviam nessas aldeias . (John Monteiro). |
FLÓRIA, Cristina; FERNANDES, Ricardo Muniz - orgs. Tradição e Resistência: Encontro de Povos Indígenas. São Paulo: Edições SESC-SP, 2008, 328p + DVD e mapa. . Este volume documenta, com textos e fotos, o evento realizado em junho e julho de 2004 no SESC-Belenzinho, na capital paulista, reunindo representantes de 16 povos indígenas. Os textos reproduzem as falas de 25 expositores, em sua maioria índios, agrupadas nos grandes temas de meio ambiente, política e territorialidade, e cultura. Embora raramente tratada de maneira explícita, a dimensão histórica das culturas representadas está sempre presente, mesmo se codificada nas categorias que dão o título do livro. Uma seleção dos depoimentos indígenas realizados durante o encontro aparece no DVD, junto com cenas filmadas em diversas aldeias, conferindo uma visualidade à noção de tradição através da confecção de artefatos e da realização de rituais. O livro inclui a versão dos textos para o inglês . (John Monteiro). |
LAHR, Marta Mirazón et al. Dossiê Surgimento do Homem na América. São Paulo: Revista USP, 1997, 98p . Acessível em: https://www.usp.br/revistausp/34/SUMARIO-34.htm. A partir de perspectivas pluridisciplinares, os oito artigos reunidos nesta revista redimensionam as hipóteses sobre a primeira ocupação humana do continente americano . (John Monteiro). |
ROMEIRO, Adriana. Paulistas e Emboabas no Coração das Minas: idéias, práticas e imaginário político no século XVIII. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2008, 431p . . Bem escrito e fartamente documentado, este livro apresenta uma arrojada revisão de um conjunto de eventos que foram posteriormente chamados de “Guerra dos Emboabas”. Embora o foco central não seja os índios propriamente, a autora inclui informações e perspectivas novas sobre as relações entre paulistas e índios, bem como a forma da “guerra brasílica”, como dimensões cruciais para a compreensão da história deste período . (John Monteiro). |
STADEN, Hans. Hans Staden’s True History: an account of cannibal captivity in Brazil. Durham: Duke University Press, 2008, 208p . . Organizado e traduzido por Neil Whitehead e Michael Harbsmeier. Trata-se de uma nova tradução e edição crítica em inglês do livro de Staden, acompanhado por um denso estudo introdutório do antropólogo Neil Whitehead. A introdução chama a atenção para a necessidade de rever o relato de Staden dentro do emergente contexto colonial no qual foi produzido. Mas também enfoca de maneira pertinente a importância do texto de Staden para os debates etnológicos e literários que atravessaram o século XX, com especial ênfase no problema da antropofagia. Ao dialogar com uma vasta bibliografia sobre relatos de viagem e observação etnográfica, Whitehead revaloriza o estatuto de Staden enquanto observador, cuja experiência de náufrago e cativo colocaram-no numa posição privilegiada para conhecer os índios . (John Monteiro). |