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Imagem: Jean-Baptiste Debret.
Base John Monteiro
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RIBEIRO, Darcy. Diários Índios: Os Urubus-Kaapor. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, 627p . . Escritos entre 1949 e 1951, os diários relatam duas expedições empreendidas pelo autor entre os índios Urubu-Kaapor, povo Tupi do Maranhão. Além da leitura caracteristicamente agradável, os diários representam um material histórico de grande interesse, retratando o processo de contato, o papel dos sertanistas, a presença de populações diversas – de ex-quilombolas a índios "aculturados" – entre muitas outras coisas. Também documentam a busca deste autor pelas origens do Brasil, marca importante de suas obras subsequentes . (John Monteiro). |
VANGELISTA, Chiara - org. Fronteras, Etnías, Culturas: América Latina, siglos XVI-XX. Quito: Abya-Yala, 1996, 258p . . Esta coletânea reúne os trabalhos apresentados num simpósio do Congresso de Americanistas de 1994 sobre fronteiras e grupos indígenas na América do Sul. Sobre o Brasil, há textos de Regina Gadelha, Denise Maldi, Chiara Vangelista, Ettore Finazzi-Agrò, John Monteiro e Loiva Félix . (John Monteiro). |
ROCHA, Leandro Mendes; BAINES, Stephen - orgs. Fronteiras e Espaços Interculturais: transnacionalidade, etnicidade e identidade em regiões de fronteira. Goiânia: Ed. UCG, 2008, 117p . . Nesta coletânea de seis textos de seminário tematizando fronteiras internacionais multi-étnicas, destaca-se o estudo de Giovani José da Silva sobre a história e etnicidade dos Kinikinau de Mato Grosso do Sul . (John Monteiro). |
CHAMORRO, Graciela. Terra Madura Yvy Araguyje: fundamento da palavra guarani. Dourados: Editora UFGD, 2008, 368p . . Dedicado aos acadêmicos e acadêmicas guarani e kaiowá da Universidade Federal da Grande Dourados, o livro apresenta um amplo painel interpretativo da religião e religiosidade guarani. Afirma que os grupos guarani “não podem ser tomados como exemplo de um ‘cristianismo ameríndio’, mas sim contados entre as populações aborígines que mantêm uma relação marginal, embora cordial, com o cristianismo”. Para tanto, a autora conta com uma densa pesquisa documental, uma interlocução com narradores guarani e com sua própria experiência com a espiritualidade guarani ao longo dos anos . (John Monteiro). |
FLÓRIA, Cristina; FERNANDES, Ricardo Muniz - orgs. Tradição e Resistência: Encontro de Povos Indígenas. São Paulo: Edições SESC-SP, 2008, 328p + DVD e mapa. . Este volume documenta, com textos e fotos, o evento realizado em junho e julho de 2004 no SESC-Belenzinho, na capital paulista, reunindo representantes de 16 povos indígenas. Os textos reproduzem as falas de 25 expositores, em sua maioria índios, agrupadas nos grandes temas de meio ambiente, política e territorialidade, e cultura. Embora raramente tratada de maneira explícita, a dimensão histórica das culturas representadas está sempre presente, mesmo se codificada nas categorias que dão o título do livro. Uma seleção dos depoimentos indígenas realizados durante o encontro aparece no DVD, junto com cenas filmadas em diversas aldeias, conferindo uma visualidade à noção de tradição através da confecção de artefatos e da realização de rituais. O livro inclui a versão dos textos para o inglês . (John Monteiro). |
ROMEIRO, Adriana. Paulistas e Emboabas no Coração das Minas: idéias, práticas e imaginário político no século XVIII. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2008, 431p . . Bem escrito e fartamente documentado, este livro apresenta uma arrojada revisão de um conjunto de eventos que foram posteriormente chamados de “Guerra dos Emboabas”. Embora o foco central não seja os índios propriamente, a autora inclui informações e perspectivas novas sobre as relações entre paulistas e índios, bem como a forma da “guerra brasílica”, como dimensões cruciais para a compreensão da história deste período . (John Monteiro). |
GALVÃO, Eduardo. Diários de Campo entre os Tenetehara, Kaioá e Índios do Xingú. Rio de Janeiro: Editora UFRJ/Museu do Índio, 1996, 397p . . Edição e organização de Marco Antonio Gonçalves. Transcrição integral de diários de campo deste notável etnólogo, marcando uma época importante na pesquisa de sociedades indígenas no Brasil. As anotações sobre observações etnográficas, questões práticas e outros personagens (incluindo, com destaque, Charles Wagley), abrangem três pesquisas: entre os Tenetehara no Maranhão (1941-43), Kaiowá no Mato Grosso [do Sul] (1946) e vários grupos no Alto Xingu (1947-1967). A introdução de Marco Antonio Gonçalves é bastante esclarecedora e o livro inclui um interessante caderno de fotos, retratando o etnólogo em diferentes momentos e situações de carreira . (John Monteiro). |
LEONARDI, Victor. Entre Árvores e Esquecimentos: história social nos sertões do Brasil. Brasília: Paralelo 15/Editora UnB, 1996, 431p . . Este livro reúne 21 ensaios do historiador, num tom que oscila entre o informal e o erudito, porém que é sempre provocativo. O autor aborda vários temas ligados à história dos índios, chamando a atenção para a omissão desta temática na historiografia brasileira, às vezes evocando uma comparação com outros países do continente. São particularmente pertinentes suas observações sobre o trabalho indígena e sobre a evangelização. Ao sublinhar os processos de violência, exclusão e exploração, Leonardi se propõe a decifrar o enigma do Brasil, nas palavras dele, buscando "entender como é que uma nação com uma origem tão dura pode ter traços tão meigos e carinhosos em suas formas diárias de viver..." (p. 185) . (John Monteiro). |
HUE, Sheila Moura. Delícias do Descobrimento: a gastronomia brasileira no século XVI. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2008, 207p . . Com a colaboração de Ângelo Augusto dos Santos e Ronaldo Menegaz. A partir de uma leitura pormenorizada de textos escritos nos séculos XVI e XVII, a autora e seus colaboradores identificam e comentam as iguarias consumidas por índios e adventícios nos primórdios do período colonial. Apresentado na forma de um catálogo de plantas (frutos, legumes e cereais), animais (mamíferos, aves, peixes, invertebrados aquáticos, répteis, anfíbios e insetos) e “outras comidas e bebidas”, o livro é interessante para a temática da história indígena à medida que demonstra o encontro de saberes e práticas alimentares, encontro que abrange não apenas a familiarização do exótico por parte dos europeus, como também a incorporação de elementos novos por parte dos índios. O livro traz algumas receitas, do Livro de Cozinha da Infanta d. Maria e da Arte de Cozinha (1765), de Domingos Rodrigues . (John Monteiro). |
ALDEN, Dauril. The Making of an Enterprise: the Society of Jesus in Portugal, its empire, and beyond, 1540-1750. Stanford: Stanford University Press, 1996, 707p . . Resultado de quase três décadas de pesquisa, o livro oferece um amplo panorama das atividades jesuíticas na esfera do padroado lusitano, da fundação da ordem à sua expulsão das dependências portuguesas. Os aspectos mais importantes do livro residem na abordagem das atividades produtivas e comerciais dos jesuítas, bem como na perspectiva interoceânica do empreendimento inaciano. No que diz respeito à temática indígena no Brasil, o autor incorpora e expande seus estudos anteriores sobre a questão da liberdade dos índios, sobre as aldeias missionárias e sobre o trabalho indígena . (John Monteiro). |