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Imagem: Jean-Baptiste Debret.

Base John Monteiro

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MONTEIRO, John M. Negros da Terra: Índios e bandeirantes nas origens de São Paulo. São Paulo: Companhia das Letras, 1994, 300p . . Estudo da presença indígena em São Paulo entre 1550 e 1730, documentando de forma inovadora o papel de populações nativas na articulação de uma sociedade colonial. Apresenta uma ampla revisão da história das expedições de apresamento, das relações entre paulistas e jesuítas na disputa em torno dos índios, da escravidão e do trabalho indígena, da resistência e, por fim, do legado deste período . (John Monteiro).
RIBEIRO, Eduardo Magalhães - org. Lembranças da Terra: Histórias do Mucuri e Jequitinhonha. Belo Horizonte: Cedefes, 1994, 235p . . O livro reúne depoimentos de viajantes e moradores na região. No que diz respeito à temática indígena, há a notável narrativa de Domingos Ramos Pacó, um professor Botocudo (nascido em Itambacuri) que, em 1918, colocou no papel uma história do contato entre missionários e Botocudos a partir de uma perspectiva indígena: "Hámbric anhamprá ti mattâ nhiñchopón? 1918" (pp. 198-211), com comentário esclarecedor do organizador . (John Monteiro).
LÉRY, Jean de. Histoire d’un Voyage en Terre de Brésil. Paris: Librairie Générale Française, 1994, 670p . . Estabelecimento do texto, introdução e notas de Frank Lestringant. Edição de bolso ("Livre de Poche") baseado na segunda edição publicada em Genebra em 1580, esta é a versão definitiva do livro clássico de Léry, cuidadosamente anotada por Frank Lestringant. Esta versão inclui um prefácio de Claude Lévi-Strauss, apresentado em forma de entrevista, no qual o antropólogo sugere a leitura de Léry não como etnologia e sim como uma "grande obra literária". O organizador acrescenta, ainda, uma cronologia detalhada e uma bibliografia bastante útil. É importante notar que o cotejo desta edição com a principal versão traduzida para o português (por Sérgio Milliet) revela erros e lacunas significativas . (John Monteiro).
TREECE, David. Exilados, Aliados, Rebeldes: o movimento indianista, a política indigenista e o estado-nação imperial. São Paulo: Edusp/Nankin, 2008, 352p . . Estudo inovador e de fôlego que situa o indianismo no contexto político e ideológico do seu tempo ao invés de considerá-lo uma mera abstração romântica, descolada dos problemas contemporâneos. O autor destaca o paradoxo entre o investimento de escritores, artistas e intelectuais numa “mitologia integracionista” e a história de “um processo destrutivo de prorporções genocidas”, paradoxo esse que chega a novas alturas no meio do século XIX, com a disjunção entre o indianismo (com inflexões diferentes, como aponta o autor) e a política indigenista imperial. Publicado originalmente em inglês em 2000, a edição brasileira traz alguns pequenos problemas de tradução . (John Monteiro).
MOURA, Marlene Castro Ossami de. Os Tapuios do Carretão: etnogênese de um grupo indígena do Estado de Goiás. Goiânia: Editora da UCG, 2008, 368p . . Fruto de uma ampla pesquisa documental, historiográfica e etnográfica, este livro busca entender a etnogênese do grupo indígena denominado Tapuio, residente na Área Indígena Carretão. Ao buscar as raízes coloniais de um processo de etnificação envolvendo a fusão de quatro grupos distintos (Xavante, Xerente, Kaiapó e Javaé), a autora trabalha de maneira interessante o jogo político entre os processos históricos de “invisibilização” e “visibilização”. Dentre outros temas, é de especial interesse o trabalho realizado a partir de registros paroquiais do século XIX, mostrando diferentes inflexões nos casamentos interétnicos. Em anexo encontram-se exemplos destes documentos, além de mapas, plantas e fotografias . (John Monteiro).
STADEN, Hans. Hans Staden’s True History: an account of cannibal captivity in Brazil. Durham: Duke University Press, 2008, 208p . . Organizado e traduzido por Neil Whitehead e Michael Harbsmeier. Trata-se de uma nova tradução e edição crítica em inglês do livro de Staden, acompanhado por um denso estudo introdutório do antropólogo Neil Whitehead. A introdução chama a atenção para a necessidade de rever o relato de Staden dentro do emergente contexto colonial no qual foi produzido. Mas também enfoca de maneira pertinente a importância do texto de Staden para os debates etnológicos e literários que atravessaram o século XX, com especial ênfase no problema da antropofagia. Ao dialogar com uma vasta bibliografia sobre relatos de viagem e observação etnográfica, Whitehead revaloriza o estatuto de Staden enquanto observador, cuja experiência de náufrago e cativo colocaram-no numa posição privilegiada para conhecer os índios . (John Monteiro).
FAULHABER, Priscila; MONSERRAT, Ruth - orgs. Tastevin e a Etnografia Indígena. Rio de Janeiro: Museu do Índio-FUNAI, 2008, 213p . . Trata-se de uma coletânea de textos do missionário-etnógrafo Constant Tastevin (1880-1958), escritos durante a sua estada no Brasil entre 1905 e 1926 e publicados sobretudo em francês. Os textos escolhidos pelas organizadoras foram produzidos em Tefé, no Estado do Amazonas, e incluem informações históricas, arqueológicas, linguísticas e etnográficas a respeito de populações indígenas e caboclas na região do Solimões e seus afluentes. Os textos incluem notas de doze especialistas em línguas, cultura material, zoologia, geografia, história e etnologia, esclarecendo e enriquecendo a leitura do padre Tastevin, autor conhecido entre os estudiosos da Amazônia ocidental porém pouco traduzido anteriormente . (John Monteiro).
TADEU MOTA, Lúcio. As Guerras dos Índios Kaingang: A história épica dos índios Kaingang no Paraná, 1769-1924. Maringá: Editora da UEM, 1994, 275p . . Baseada numa ampla pesquisa documental, o livro narra os conflitos armados entre os Kaingang do oeste paranaense e diferentes agentes de ocupação territorial, desde a primeira expedição para Guarapuava até a "pacificação" no início do século XX. Preenche de forma admirável uma lacuna na historiografia regional, centrada nos mitos do "vazio demográfico" e da epopeia imigrante . (John Monteiro).
LASMAR, Denise Portugal. O Acervo Imagético da Comissão Rondon no Museu do Índio 1890-1938. Rio de Janeiro: Museu do Índio-FUNAI, 2008, 264p . . Originalmente uma dissertação de mestrado, este livro traz uma riqueza extraordinária de informações e imagens produzidas pelos fotógrafos e cineastas ligados à Comissão Rondon. São representados vários grupos indígenas, em sua maioria de Rondônia, Mato Grosso e Amazonas. O extenso anexo serve de repertório das fotografias e filmes no acervo, trazendo ainda o interessantíssimo relatório do tenente Luiz Thomaz Reis sobre as expedições fotográficas e cinematográficas empreendidas em 1916-17 entre os Bororo, incluindo o detalhamento das despesas com as expedições e da receita provenientes da exibição do filme . (John Monteiro).
BEZERRA, Marcos Otávio. Panambi: Um Caso de Criação de uma Terra Indígena Kayowá. Niterói: Editora da UFF, 1994, 149p . . A partir de documentos do Serviço de Proteção aos Índios, o trabalho avalia o processo de constituição de uma área indígena no atual Mato Grosso do Sul . (John Monteiro).