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Imagem: Jean-Baptiste Debret.

Base John Monteiro

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SCHRÖDER, Peter - org. Os Fulni-ô: cultura, identidade e território no Nordeste indígena. Recife: Editora Universitária, 2002, 262p . . Série Antropologia e Etnicidade 1. A coletânea conta com oito autores de diversas áreas, incluindo um sociólogo Fulni-ô (Wilke Torres de Melo), para dimensionar o povo Fulni-ô a partir de certos aspectos históricos, econômicos e culturais. O organizador contribui não apenas com um sólido levantamento e discussão da história (inacabada) do território dos índios, como também apresenta uma utilíssima bibliografia crítica dos estudos sobre este povo. Outros textos de interesse para a história dos índios incluem o capítulo de Eliana Gomes Quirino sobre a memória (com destaque para o lugar do padre Alfredo Damaso nos relatos indígenas) e o capítulo de Sérgio Neves Dantas sobre a música sagrada como elemento articulador de memória e identidade. Em anexo estão transcritos seis documentos históricos referentes à demarcação de terras indígenas . (John Monteiro).
FLECK, Eliane et al. Estudos de História. Franca, 2003, Dossiê especial Escravidão Indígena. . O dossiê traz cinco artigos inéditos sobre este tema: Flávio Gomes sobre a relação entre índios e mocambeiros na área de fronteira entre Brasil e Suriname; Eliane Fleck sobre a sensibilidade indígena nas narrativas coloniais; Izabel Missagia de Mattos sobre a administração dos Botocudos em Minas Gerais no século XIX; Silvana Alves de Godoy sobre as relações entre portugueses, paulistas e índios na rota das monções; e Mauro Leonardo Costa de Oliveira sobre a condição dos índios na Amazônia colonial . (John Monteiro).
SILVA, Maria Beatriz Nizza da - org. Brasil: colonização e escravidão. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000, 417p . . Resultado de um colóquio realizado em Lisboa, esta coletânea inclui uma primeira parte sobre a história dos índios, com textos originais de Francisco Ribeiro da Silva sobre a legislação do século XVII, de Muriel Nazzari sobre a escravidão e liberdade indígena em São Paulo colonial e de Ângela Domingues sobre a noção de Guerra Justa na Amazônia . (John Monteiro).
ALMEIDA, Luiz Sávio de; SILVA, Christiano Barros Marinho da - orgs. Índios do Nordeste: temas e problemas 4. Maceió: Edufal, 2004, 203p . . Neste quarto número da série, há dois estudos de especial interesse para a temática da história indígena: de Ugo Maia Andrade sobre o processo de etnogênese Tumbalalá, no médio São Francisco; e de José Glebson Vieira, sobre os Potyguara da Baía da Traição . (John Monteiro).
SCHWARTZ, Stuart B; SALOMON, Frank - orgs. The Cambridge History of the Native Peoples of the Americas. Cambridge: Cambridge University Press, 1999, 3006p South America. 3 vols. . Ambicioso projeto de história indígena, cobrindo o continente sul-americano e o Caribe, dos paleoíndios aos índios cidadãos às vésperas do século XXI. A ênfase maior recai no período pós-conquista e reflete as tendências inovadoras em pesquisa etnohistórica das últimas três décadas do século XX. Vários dos ensaios gerais buscam superar a clássica divisão entre terras altas e terras baixas. No que diz respeito à história indígena no Brasil, são de especial interesse os ensaios de Frank Salomon sobre “fontes nativas”; Sabine MacCormick sobre fontes “etnográficas” dos séculos XVI e XVII; Anna Roosevelt sobre a origem de “culturas complexas”; John Monteiro sobre o litoral brasileiro no século XVI; Juan Carlos Garavaglia sobre a invasão europeia da região platina nos séculos XVI e XVII; Anne-Christine Taylor sobre a margem ocidental da Amazônia do XVI ao XIX; James Schofield Saeger sobre o Chaco e Paraguai de 1573 a 1882, incluindo a história das reduções; Robin Wright (e colaboradores) sobre o Brasil entre os séculos XVII e XIX; Neil Whitehead sobre o nordeste da América do Sul, incluindo a região norte amazônica, entre 1500 e 1900; Stuart Schwartz e Frank Salomon sobre etnogênese e mestiçagem no período colonial; Jonathan Hill sobre os povos indígenas face à independência, com enfoque na Amazônia; e David Maybury-Lewis sobre os povos nas terras baixas durante o século XX. Também vale a pena ler as boas sínteses de história andina, não elencadas aqui . (John Monteiro).
FAUSTO, Carlos; HECKENBERGER, Michael - orgs. Time and Memory in Indigenous Amazonia: Anthropological Perspectives. Gainesville: University Press of Florida, 2007, 322p . . Trata-se de uma excelente coletânea que reúne nove trabalhos de ponta em história indígena. Conforme elucida os organizadores em sua introdução ao volume, os estudos abordam os temas do tempo e da mudança, buscando problematizar a tensão entre as teorias sociais dos estudiosos e as acepções ameríndias dos componentes-chave destas teorias. Além das divergentes formas de entender a alteridade, os organizadores chamam a atenção para as divergências em torno das noções de ação e “agência”, uma vez que a “teoria social” ameríndia pode incluir, no leque de agentes capazes de contribuir com ações transformadoras, agentes extra-humanos ou mesmo não-humanos. Versões anteriores de alguns dos trabalhos, como o de Carlos Fausto sobre canibalismo e cristianismo entre os Guarani, de Peter Gow sobre a identidade Cocama e de Aparecida Vilaça sobre o corpo War’i foram publicados em revistas brasileiras . (John Monteiro).
FRANCHETTO, Bruna; HECKENBERGER, Michael. Os Povos do Alto Xingu: história e cultura. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2000, 492p . . Este livro reúne os resultados de uma ampla gama de pesquisas arqueológicas, históricas, etnológicas e linguísticas enfocando a região do Alto Xingu. Se os índios do Xingu povoam o imaginário popular sobre as sociedades primitivas isoladas e suspensas no tempo, a coletânea mostra uma outra face ao sublinhar a formação histórica de um sistema interétnico e a importância dos processos de contato na estruturação das sociedades e culturas ao longo dos últimos dez séculos. Um aspecto muito marcante dos novos estudos é o diálogo que se estabelece com as narrativas, mitos, memória e rituais xinguanos, onde se inscreve a história a partir de perspectivas indígenas . (John Monteiro).
PALITOT, Estévão Martins - org. Na Mata do Sabiá: contribuições sobre a presença indígena no Ceará. Fortaleza: Secult/Museu do Ceará/IMOPEC, 2009, 461p . . Esta excelente coletânea reúne 14 estudos de especialistas, oferecendo uma visão panorâmica dos índios no Ceará no passado e no presente. A primeira parte aborda temas históricos, com destaque para as pesquisas de Lígio Maia sobre o lugar dos índios na expansão pecuária, através das datas de sesmarias; João Paulo Costa sobre as tropas indígenas na Revolução de 1817; Carlos Guilherme do Valle sobre argumentos referentes ao desaparecimento étnico; Alexandre Oliveira Gomes sobre a trajetória dos índios “Algodões” de Porangaba. A coletânea se completa com textos sobre territórios, rituais, políticas culturais e o movimento indígena, incluindo entrevistas e depoimentos de lideranças . (John Monteiro).
ALMEIDA, Luiz Sávio de; et al - org. Resistência, Memória, Etnografia (Índios do Nordeste: temas e problemas 8). Maceió: Edufal, 2007, 230p . . Este número inclui alguns ensaios de especial interesse para a história indígena: Dirceu Lindoso apresenta um retrospecto das abordagens etnográficas referentes aos Tapuia no nordeste; Maria Hilda B. Paraíso aborda o tráfico de kurukas (crianças indígenas) no Espírito Santo, Bahia e Minas Gerais na época da Independência; e Luiz Mott, que analisa um processo da Inquisição de meados do século XVIII, referente às atividades de um índio, Miguel Pestana, da aldeia de Reritiba, ES, acusado de feitiçaria . (John Monteiro).
NOVAES, Adauto - org. A Outra Margem do Ocidente. São Paulo: Companhia das Letras, 1999, 544p . . O livro reúne 28 ensaios de vários especialistas renomados, abordando a temática indígena a partir de múltiplas perspectivas. Os textos foram apresentados originalmente num ciclo de conferências patrocinado pela Funarte. Vários aspectos da história indígena no Brasil e na América em geral estão representados nesta coletânea, cujo conjunto aponta para algumas das tendências mais marcantes dos debates atuais . (John Monteiro).