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Imagem: Jean-Baptiste Debret.

Base John Monteiro

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JECUPÉ, Kaka Werá. A Terra dos Mil Povos: História Indígena do Brasil Contado por um Índio. São Paulo: Editora Fundação Peirópolis, 1998, 115p Série Educação para a Paz. . Iniciativa do Instituto Nova Tribo, criado pelo autor em 1994, o livro reúne uma sequência de textos curtos sobre vários aspectos da história dos povos indígenas no Brasil desde 1500. O autor intercala informações de vários tipos, navegando entre mitos ameríndios, referências à arqueologia e à historiografia, dados informativos e experiência pessoal . (John Monteiro).
ROCHA, Leandro Mendes. A Política Indigenista no Brasil: 1930-1967. Goiânia: Editora UFG, 2003, 267p . . Ex-funcionário da FUNAI, onde trabalhou com a documentação textual e iconográfica do SPI pertencente ao Departamento de Documentação (DEDOC/FUNAI), o autor apresentou uma versão original deste livro como tese de doutorado na Universidade de Paris III. Organizado tematicamente para dar conta de diferentes dimensões da política indigenista ao longo do período abordado, o livro busca entender essa política dentro do contexto mais abrangente de “modernização autoritária”, embora mantendo em mente a variação regional da aplicação de políticas federais. Para tanto, dedica os últimos capítulos a casos específicos, tais como os Tikuna, Tiriyó, Tuxá e Fulniô. Inclui fotos e mapas, tirados sobretudo dos relatórios impressos do SPI . (John Monteiro).
PAGLIARO, Heloísa; AZEVEDO, Marta Maria; SANTOS, Ricardo Ventura dos - orgs. Demografia dos Povos Indígenas no Brasil. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ e ABEP, 2005, 192p . . Coleção Saúde dos Povos Indígenas.Explorando sobretudo a relação entre demografia e antropologia, este livro reúne sete estudos originais e uma entrevista com o antropólogo John Early, especialista em demografia Yanomami. Apesar de enfocar questões contemporâneas, vários estudos apresentam informações históricas, com destaque para os Xavante, Kamaiurá, Kaiabi, Sateré-Mawé e vários povos do Alto Rio Negro . (John Monteiro).
GRÜNEWALD, Rodrigo de Azeredo. Os Índios do Descobrimento: tradição e turismo. Rio de Janeiro: Contra Capa, 2001, 224p . . Fruto de uma densa pesquisa etnográfica realizada às vésperas das "comemorações" do quinto centenário, este estudo problematiza a postura dos Pataxó do sul da Bahia ao assumirem o papel de "índios do descobrimento" no sítio histórico dos primeiros contatos de 1500. Lançando mão de uma antropologia histórica em diálogo com os "estudos pós-coloniais", o autor demonstra o quanto a história dos índios se complica à medida que os índios apresentem versões próprias dessa história no contexto da negociação de identidades. Outra contribuição importante deste estudo reside no enfoque sobre o turismo étnico, outra arena na qual se mobiliza discussões em torno das tradições que, neste caso, segundo o autor, estão vinculadas tanto a manifestações culturais essencializadas (danças, artesanato, língua) quanto a uma narrativa histórica que remete ao descobrimento do Brasil . (John Monteiro).
GOMES, Mércio Pereira. O Índio na História: o povo Tenetehara em busca da liberdade. Petrópolis: Editora Vozes, 2002, 631p . . O autor alia uma extensa pesquisa documental a sua longa experiência como etnógrafo e indigenista para produzir um detalhadíssimo relato das relações entre os Tenetehara do Maranhão e os brancos, desde o contato inicial com os franceses no início do século XVII aos dias de hoje. Conforme alerta o próprio autor, o livro está escrito em vários registros distintos, passando pela teoria antropológica ("ontosistêmica"), pela história do contato, pela "economia igualitarista", pela demografia e pela filosofia. A parte sobre a história é organizada pela sequência das principais instituições da política indigenista, com uma concentração maior no período do SPI. No mais, destacam-se a abordagem da rebelião de Alto Alegre (1901) e o capítulo sobre a demografia histórica. Presente de maneira indireta ao longo do livro, a voz dos índios aparece de maneira explícita num capítulo curto com a transcrição de alguns depoimentos . (John Monteiro).
GALVÃO, Eduardo. Diários de Campo entre os Tenetehara, Kaioá e Índios do Xingú. Rio de Janeiro: Editora UFRJ/Museu do Índio, 1996, 397p . . Edição e organização de Marco Antonio Gonçalves. Transcrição integral de diários de campo deste notável etnólogo, marcando uma época importante na pesquisa de sociedades indígenas no Brasil. As anotações sobre observações etnográficas, questões práticas e outros personagens (incluindo, com destaque, Charles Wagley), abrangem três pesquisas: entre os Tenetehara no Maranhão (1941-43), Kaiowá no Mato Grosso [do Sul] (1946) e vários grupos no Alto Xingu (1947-1967). A introdução de Marco Antonio Gonçalves é bastante esclarecedora e o livro inclui um interessante caderno de fotos, retratando o etnólogo em diferentes momentos e situações de carreira . (John Monteiro).
RAMOS, Alcida Rita. Indigenism: ethnic politics in Brazil. Madison: University of Wisconsin Press, 1998, 326p . . A autora reúne importantes ensaios e estudos sobre o indigenismo no Brasil, a maioria dos quais publicados em português em diferentes revistas e coletâneas. Escritos num estilo polemizante, os textos esmiúçam as diferentes facetas do indigenismo, recorrendo aos precursores históricos em vários pontos. O aspecto mais interessante deste livro reside no confronto entre as representações do índio construídas em consonância com as diferentes ideias sobre a nação brasileira e as estratégias de autorepresentação mobilizadas por atores indígenas em defesa de seus direitos e interesses . (John Monteiro).
FERREIRA, Mariana Kawall Leal. Histórias do Xingu. São Paulo: Núcleo de História Indígena e do Indigenismo, 1993, 239p . . A autora reúne e comenta numa excelente introdução várias narrativas de índios de diferentes grupos étnicos residentes no Parque Indígena do Xingu. Além de versões de mitos que se entrelaçam com memórias históricas, são de particular interesse as reconstituições das origens do contato e do estabelecimento do Parque . (John Monteiro).
SANTILLI, Paulo. As Fronteiras da República: História e política entre os Macuxi no vale do Rio Branco. São Paulo: NHII/USP, 1994, 119p . . Série Estudos. Baseado em documentação do SPI e da Ordem dos Beneditinos, este livro analisa o impacto da formação de grandes aldeias entre os Macuxi na primeira metade do século XX, sob a orientação das ações indigenistas do Estado e dos missionários. O autor acompanha a formação e atuação de lideranças políticas indígenas nesta região na qual sempre pairava a questão das fronteiras da nação . (John Monteiro).
STEPAN, Nancy Leys. Picturing Tropical Nature. Ithaca: Cornell University Press, 2001, 283p . . Neste estudo sobre as representações científicas e artísticas da natureza tropical durante os séculos XIX e XX, a autora apresenta uma discussão bem documentada das questões de raça e mestiçagem no Brasil. O texto inclui algumas fotografias interessantes de índios, arquivadas na Fundação Oswaldo Cruz . (John Monteiro).