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Imagem: Jean-Baptiste Debret.

Base John Monteiro

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GONDIM, Joaquim. A Pacificação dos Parintintins: Koró de iuirapá. Manaus: Edições Governo do Estado, 2001, 67p . . Ed. facsimilar. Edição facsimilar do livro escrito pelo integrante da equipe do SPI do Amazonas, é uma narrativa muito interessante sobre a expedição chefiada pelo "auxiliar" Curt Nimuendaju entre 1922 e 1924, aliás baseada em grande parte no relatório do sertanista. Em anexo há um vocabulário, desenhos feitos pelos índios, uma partitura e uma sequência de fotografias . (John Monteiro).
GRÜNEWALD, Rodrigo de Azeredo. Os Índios do Descobrimento: tradição e turismo. Rio de Janeiro: Contra Capa, 2001, 224p . . Fruto de uma densa pesquisa etnográfica realizada às vésperas das "comemorações" do quinto centenário, este estudo problematiza a postura dos Pataxó do sul da Bahia ao assumirem o papel de "índios do descobrimento" no sítio histórico dos primeiros contatos de 1500. Lançando mão de uma antropologia histórica em diálogo com os "estudos pós-coloniais", o autor demonstra o quanto a história dos índios se complica à medida que os índios apresentem versões próprias dessa história no contexto da negociação de identidades. Outra contribuição importante deste estudo reside no enfoque sobre o turismo étnico, outra arena na qual se mobiliza discussões em torno das tradições que, neste caso, segundo o autor, estão vinculadas tanto a manifestações culturais essencializadas (danças, artesanato, língua) quanto a uma narrativa histórica que remete ao descobrimento do Brasil . (John Monteiro).
GUTJAHR, Eva. Tradições Orais e Registros da Oralidade Indígena. 217p Dissertação de Mestrado em Antropologia Social (orientadora - Dominique Tilkin Gallois), São Paulo, USP, 2008. Acessível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8134/tde-04052009-155701/publico/E…. Tendo como foco as comunidades Xavante do Brasil Central e Kanak, habitantes da Nova Caledônia na Melanésia, a autora busca refletir sobre a transmissão oral dos conhecimentos tradicionais indígenas e as formas de registro como forma de preservação e valorização da expressão cultural. O trabalho se volta para a identificação dos efeitos produzidos por esses registros nas comunidades e seus usos . (John Monteiro).
JEKUPÉ, Olívio. Xerekó Arandu. A Morte de Kretã. Ilustrado por Maté. 56p São Paulo e Guarulhos: Peirópolis e Palavra de Índio, 2002. . Neste livro, o autor Tupã, “um guarani crescido na cidade”, relata conversas que teve com vários interlocutores no Paraná, no período em que estudava filosofia numa faculdade em Curitiba, no final dos anos 80. Rememora, de forma interessante, os desafios que enfrentavam o movimento indígena naquela conjuntura crítica. O livro culmina com um relato da morte do líder kaingang Ângelo Kretã, vítima de um acidente automobilístico em janeiro de 1980, em circunstâncias que indicam que houve um atentado. Mártir, Kretã se tornou um símbolo da luta pela terra e pelos direitos indígenas e, ao sublinhar o caráter carismático deste líder, o autor deste livro reivindica a necessidade atual de lideranças como Kretã, “pois um povo sem líder é como um rebanho perdido nos campos” . (John Monteiro).
KERN, Arno Álvares; SANTOS, Maria Cristina; GOLIN, Tau - orgs. Povos Indígenas. Passo Fundo: Méritos, 2009, 559p . . História Geral do Rio Grande do Sul, vol. 5. Parte de uma história geral do Rio Grande do Sul sob a direção geral de Nelson Boeira e Tau Golin, a coletânea reúne 20 capítulos de historiadores, antropólogos e arqueólogos sobre um leque aberto de temas e problemas. Partindo da ideia de que “o Rio Grande do Sul não seria o que é social e culturalmente sem a sua parte indígena”, os autores abordam a presença e experiência dos Kaingang, Guarani, Charrua e Minuano em textos que combinam pesquisas originais e esforços de síntese. De especial interesse para a história indígena são os textos de Luís Fernando da Silva Laroque sobre a territorialidade kaingang; Rogério Gonçalves da Rosa sobre a lenda e mito do cacique Nonohay; Klaus Hilbert sobre Charruas e Minuanos entre a história e a “grife”; Jean Baptista sobre identidades étnicas nas missões; Eduardo Neumann sobre razão gráfica e cultura escrita nas reduções; Maria Cristina dos Santos sobre versões indígenas da história; José Otávio Catafesto de Souza e o mburuvixá José Cirilo Pires Morinico sobre relatos mbyá-guarani referentes às ruínas das missões; Vanderlise Machado Brandão sobre a escola guarani; e Lígia Simonian sobre a política de Brizola e a expropriação de terras indígenas no estado. O volume inclui mapas, ilustrações e uma bibliografia atualizada . (John Monteiro).
LADEIRA, Maria Inês. O Caminhar sob a Luz: Território Mbya à Beira do Oceano. São Paulo: Ed. Unesp/Fapesp, 2007, 199p . . Fruto de pesquisas e vivências realizadas entre 1979 e 1991, este livro foi apresentado como dissertação de mestrado em 1992. Grande parte do livro enfoca “os mitos e o modo de ser mbya”, porém inclui uma abordagem original sobre a história dos Mbya em território brasileiro, com destaque para a questão das migrações religiosas. Bartomeu Melià chama a atenção no prefácio para a ideia de que os episódios relatados nesse “registro etnográfico da década de 1980” hoje “se tornam etno-história”. Mas a atualidade do livro reside sobretudo no diálogo que a autora constrói com os índios, captado de maneira interessante por Davi da Silva Karaí Rataendy na orelha do livro: “Palavras que estão aqui pertenceram a muitas pessoas, muitos entre nós, que deixaram a sua sabedoria”. O texto é enriquecido por fotografias e desenhos feitos por índios . (John Monteiro).
MARTINS, Pedro. Anjos de Cara Suja: etnografia da comunidade cafusa. Petrópolis: Editora Vozes, 1995, 309p . . Neste estudo etnográfico dos "Cafuzos" que vivem na área indígena dos Xokleng em Ibirama, SC, o autor recupera as origens históricas da comunidade, utilizando-se de depoimentos orais e documentos históricos. É interessante a análise da busca de referências mestiças (afro-indígenas) na constituição de uma identidade étnica. Ao mesmo tempo, o livro examina a participação dos cafusos no Contestado (1912-1916), sua fuga depois da guerra e o processo de deslocamento da Serra do Mirador para o Posto Indígena Ibirama em meados da década de 1940. Também interessa a análise das relações entre índios e mestiços neste espaço . (John Monteiro).
MEIHY, José Carlos Sebe Bom. Canto de Morte Kaiowá: História oral e de vida. São Paulo: Edições Loyola, 1991, 303p . . Motivado inicialmente pela perplexidade diante do surto de suicídios de jovens Kaiowá na Reserva Francisco Horta Barbosa em Dourados MS, o projeto que resultou neste livro se abriu para um registro bastante interessante de narrativas, conduzidas e transcritas mediante técnicas de história oral. São 16 textos, em sua maioria de narradores indígenas, que incluem reflexões não apenas sobre o cotidiano como também sobre o passado . (John Monteiro).
MENGET, Patrick. Em Nome dos Outros: classificação das relações sociais entre os Txicáo do Alto Xingu. Lisboa: Assírio & Alvim, 2001, 334p . . Escrita originalmente em 1977, esta etnografia sobre o povo Ikpeng (conhecido também como Txicão), além de refletir as questões teóricas que movimentavam a etnologia sul-americana nesse período, também traz elementos de interesse para a história indígena. O autor trabalha com informações do século XIX a respeito do Alto Xingu (inclusive o diário inédito do geógrafo alemão Hermann Meyer) e também apresenta versões Ikpeng para a história das relações com outros grupos e com os brancos. O forte é a etnografia, escrita com estilo e inteligência, proporcionando uma leitura muito agradável . (John Monteiro).
MOURA, Noemia dos Santos Pereira. UNIEDAS: O símbolo da apropriação do protestantismo norte-americano pelos Terena (1972-1993). 136p Dissertação de Mestrado em História (orientador - Osvaldo Zorzato), Mato Grosso do Sul, FUFMS, 2001 . Acessível em: http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_…. A dissertação busca mostrar como os Terena “crentes” se apropriaram, entre os anos 70 e 90, da missão introduzida originalmente por missionários norte-americanos da South American Indian Mission. A UNIEDAS, segundo a autora, proporcionou um veículo para a projeção das lideranças indígenas protestantes em diferentes espaços sociais e políticos para além das comunidades indígenas. A autora trabalha com a documentação inédita da missão e com depoimentos de pastores indígenas . (John Monteiro).