Créditos Imagem Publicações Busca

Imagem: Jean-Baptiste Debret.

Base John Monteiro

     Exibindo 41 a 50 de 82
CALAVIA SÁEZ, Oscar. O Nome e o Tempo dos Yaminawa: etnologia e história dos Yaminawa do rio Acre. São Paulo: Editora Unesp; Instituto Socioambiental; NuTI, 2006, 479p . . Estruturado em três partes, este livro oferece uma abordagem inovadora da história indígena, com foco num grupo de língua pano que veio a ser chamado de Yaminawa. A primeira parte apresenta uma etnografia do grupo, cuja “função essencial é definir o sujeito da história descrito nos capítulos seguintes, sua estrutura interna e as fronteiras do grupo”. O autor descreve a segunda parte como “uma tentativa de crônica”, lançando mão de fontes históricas, etnografias antigas (com destaque para Capistrano de Abreu e Constant Tastevin), etnografias recentes, relatos orais e cantos indígenas. Esta parte enfoca de maneira instigante a história dos índios como um campo em disputa, inclusive tecendo uma crítica à reiteração de uma história de perdas, que se contrasta com uma abordagem que entende a história como parte de um processo constante de produção da cultura e da identidade. Esta parte encerra com uma análise fascinante dos mitos que tematizam o Inca, servindo de ponte para a terceira e última seção, que apresenta uma rica análise da mitologia dos Yaminawa, oferecendo ainda a transcrição de 70 relatos míticos em anexo . (John Monteiro).
DE LAET, João. Roteiro de um Brasil Desconhecido: Descrição das Costas do Brasil. São Paulo: Kapa Editorial, 2007, 320p . . Organização de José Paulo Monteiro Soares e Cristina Ferrão. Introdução, transcrição, tradução e anotação de B. N. Teensma. Transcrição integral do manuscrito pertencente à biblioteca John Carter Brown, em Providence, EUA. Trata-se de uma coletânea de depoimentos, reunindo informações sobre a costa atlântica da América do Sul à época da partida da comitiva de Nassau para o Brasil. São 35 relatos – na verdade, “fragmentos”, como escreve o autor da introdução – sobretudo de viajantes e navegadores holandeses e portugueses, vários dos quais trazem informações sobre os índios. De especial interesse são os depoimentos de quatro índios potiguar (Gaspar Paraupaba, André Francisco, Antônio Paraupaba e Pedro Poti) que foram para a Holanda em meados da década de 1620, fornecendo uma descrição da “costa noroeste” do Brasil, isto é, Paraíba, Rio Grande e Ceará. Trata-se de um extrato do relatório de Kiliaan van Renselaer “a partir do interrogatório aos índios”. A edição inclui a reprodução integral do manuscrito da biblioteca John Carter Brown . (John Monteiro).
DABBEVILLE, Claude. História da Missão dos Padres Capuchinhos na Ilha do Maranhão e suas Circunvizinhanças. São Paulo: Editora Siciliano, 2002, 436p . . Trad. César Augusto Marques. Publicado em Paris em 1614, a História do capuchinho Abbeville tem duas traduções em português, a primeira de César Marques (1874) e a segunda, mais divulgada, de Sérgio Milliet (1945), cada qual, segundo o prefácio de Sebastião Moreira Duarte, "bem longe de ser perfeita". O relato é sumamente valioso não apenas pela descrição minuciosa dos Tupinambá do Maranhão, como também pelas narrativas indígenas embutidas no texto. Cabe ainda refletir sobre este texto enquanto relato histórico e não propriamente etnográfico . (John Monteiro).
FELIX, Cláudio Eduardo. Uma Escola para Formar Guerreiros. Irecê: Print Fox, 2007, 110p . . Originalmente uma dissertação defendida na UFPE, este livro descreve e analisa o surgimento e expansão da Comissão de Professores Indígenas de Pernambuco (COPIPE). Além da história recente desta organização, o livro também faz uma breve incursão pela história da educação indígena no país . (John Monteiro).
CHAMORRO, Graciela. Kurusu Ñe’ëngatu: Palabras que la historia no podría olvidar. 251p Assunção: Centro de Estudios Antropológicos de la Universidad Católica; São Leopoldo: COMIN, 1995. . Biblioteca Paraguaya de Antropología 25. Trata-se, segundo a autora, de uma etnohistória dos Guarani que busca identificar o impacto da catequese jesuítica sobre as palavras sagradas e, ao mesmo tempo, aferir "a resistência que o grupo foi capaz de efetuar no campo linguístico". A pesquisa, realizada entre os Kaiowá de Panambizinho-MS, coteja cantos e narrativas ligadas às festas do milho novo (avatikyry) e das crianças (kunumi pepy) com textos catequéticos do período das missões. No final, a autora apresenta uma boa discussão do problema da historicidade guarani . (John Monteiro).
RIBEIRO, Núbia Braga. Os Povos Indígenas e os Sertões das Minas do Ouro no Século XVIII. 405p Tese de Doutorado em História (orientador - Fernando Antônio Novais), USP, São Paulo, 2008. Acessível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-24112009-160156/pt-br.php. A partir de uma pesquisa ampla e original abrangendo correspondência entre autoridades, planos de civilização dos índios e outros documentos, a autora discute as políticas de ocupação dos sertões mineiros no século XVIII e as reações dos grupos indígenas, constatando que a violência tomou precedência sobre outras formas de relação com os índios. Uma parte fascinante da pesquisa percorre os planos de conquista, catequese e administração dos índios, escritos por administradores locais, sertanistas e padres leigos, pouco estudados na bibliografia vigente . (John Monteiro).
WILDE, Guillermo. Religión y poder en las misiones de Guaraníes. Buenos Aires: SB, 2009, 509p . . Importante contribuição à extensa bibliografia sobre os Guarani das missões durante e depois da presença jesuítica, este livro busca entender a formação de uma “comunidade política heterogênea” em suas dimensões histórica e simbólica, além de enfocar as lideranças indígenas em sua interlocução com outros setores da sociedade colonial. Baseada numa exaustiva pesquisa documental e bibliográfica, a obra transita com habilidade nas fronteiras entre a América espanhola e portuguesa, bem como entre a antropologia e a história . (John Monteiro).
NAKATA, Cinthia. Civilizar e Educar: O projeto escolar indígena da missão salesiana entre os Bororo do Mato Grosso. 129p Dissertação de Mestrado em Antropologia Social (orientadora - Paula Montero), São Paulo, USP, 2008. Acessível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8134/tde-01102009-164158/pt-br.php. Ao delimitar um campo de múltiplos atores numa missão no Mato Grosso, a autora busca compreender o encontro entre o projeto pedagógico salesiano e o horizonte cosmológico bororo, encontro esse que produziu “novos universos simbólicos a partir do compartilhamento das mesmas condições de vida” . (John Monteiro).
CARVALHO, Jailton Nascimento. Mawa’aiaká – Escola de Resgate Cultural: A trajetória da escola entre os índios Kamaiurá, de 1976 a 2004. 137p Dissertação de Mestrado em Educação (orientadora - Circe M. F. Bittencourt), São Paulo, USP, 2006 . Acessível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-01072008-150330/pt-br.php. A pesquisa tem por objetivo analisar a implantação do projeto escolar criado pelos índios Kamaiurá do Parque Indígena do Xingu (MT). A partir de depoimentos de professores da aldeia, lideranças indígenas e ex-professoras não índias que foram contratadas pela FUNAI, a dissertação faz uma abordagem relativa à visão política da escola entre os índios, tendo em vista o processo de construção da autonomia e fortalecimento da identidade indígena [páginas + anexos] . (John Monteiro).
NEMEM, Alexandre Machado. Botocudo: uma história de contacto. Florianópolis: Editora da UFSC/Ed. FURB, 1994, 111p . . Publicação de uma dissertação de mestrado sobre a Área Indígena de Ibirama SC, visando sobretudo a "reconstituição histórica do processo histórico pós-1954". Para tanto, buscou juntar elementos "nas diversas tradições de história oral nativas", embora pouco elaborados no texto. Oferece, finalmente, algumas reflexões sobre o sentido e as implicações teóricas da noção de "contato" . (John Monteiro).