Créditos Imagem Publicações Busca
Imagem: Jean-Baptiste Debret.
Base John Monteiro
Exibindo 81 a 90 de 181
OLIVEIRA, Carla Mary S; MENEZES, Mozart Vergetti de; GONÇALVES, Regina Célia - orgs. Ensaios sobre a América Portuguesa. João Pessoa: Editora Universitária UFPB, 2009, 206p . . Esta coletânea enfoca de modo particular alguns aspectos da história das Capitanias do Norte, com vários estudos sobre os índios, trazendo aportes documentais inéditos ou, pelo menos, estudados à luz de novas perspectivas. Maria Emília Monteiro Porto estuda as representações jesuíticas em áreas fronteiriças no Rio Grande do Norte; Regina Célia Gonçalves e colaboradores analisam os documentos escritos por lideranças indígenas durante o domínio holandês; Fátima Martins Lopes enfoca os capitães mores de ordenança nas vilas de índios no Rio Grande do Norte; Ricardo Pinto de Medeiros apresenta uma síntese da história dos índios na Paraíba colonial, são de especial interesse para a temática da história indígena dois artigos com pesquisas originais em fontes inéditas: de Regina Célia Gonçalves sobre “guerra e açúcar” na Paraíba, abordando o processo de conquista e as alianças com grupos indígenas como aspectos cruciais da formação de uma elite política na região; e de Ricardo Pinto de Medeiros sobre o impacto da política pombalina sobre as “vilas e lugares de índios” nas capitanias de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande e Ceará, incluindo informações interessantes sobre a atuação de lideranças indígenas . (John Monteiro). |
APOLINÁRIO, Juciene Ricarte. Os Akroá e Outros Povos Indígenas nas Fronteiras do Sertão: políticas indígena e indigenista no norte da Capitania de Goiás, atual Estado do Tocantins, século XVIII. Goiânia: Editora Kelps, 2006, 276p . . Fruto de uma tese de doutorado defendida na UFPE, o livro abarca a atribulada história dos povos indígenas que, no século XVIII, enfrentaram o avanço da presença colonial na região do rio Tocantíns. A autora traz inúmeros aportes documentais que permitem elucidar o protagonismo de homens e mulheres Akroá, Karajá e Xakriabá (entre outros) nos embates violentos, na negociação de acordos de paz e na constituição de um espaço colonial para os índios. É de grande interesse a utilização de textos e depoimentos de obscuros estadistas, de sertanistas semi-analfabetos e de outros personagens que ilustram o encontro nem sempre feliz entre a política indigenista de Lisboa e as práticas locais do sertão. O livro inclui mapas ilustrados, com destaque para um manuscrito da Biblioteca Pública de Évora que mostra representações pictóricas de índios e aldeias . (John Monteiro). |
WRIGHT, Robin - org. Transformando os Deuses, Volume II: igrejas evangélicas, pentecostais e neopentecostais entre os povos indígenas no Brasil. Campinas: Editora da Unicamp, 2004, 407p . . Dando continuidade ao item anterior, esta coletânea abrange 10 estudos originais, além de um ensaio geral do organizador, sobre a presença e o impacto das igrejas protestantes entre diferentes sociedades indígenas no Brasil. Além de documentar o fenômeno da proliferação destas igrejas, através de documentos das igrejas além de narrativas e depoimentos indígenas, vários capítulos também trazem aportes para algumas discussões que informam o debate em torno da história indígena. É interessante a exploração de diários e de outros registros feitos por missionários . (John Monteiro). |
SANTOS, Lourival Santana - org. Catálogo de Documentos Manuscritos Avulsos da Capitania de Alagoas (1690-1826). Maceió: Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas, 1999, 190p . . Este catálogo do Projeto Resgate descreve 532 documentos, incluindo várias referências a missões, terras e trabalho indígena . (John Monteiro). |
WRIGHT, Robin - org. História Indígena e do Indigenismo no Alto Rio Negro. 319p Campinas: Mercado das Letras e São Paulo: Instituto Socioambiental, 2005. . Importante coletânea que reúne sete estudos, alguns publicados anteriormente, versando sobre diferentes dimensões da história dos índios do noroeste amazônico, com destaque para os Baniwa. Para além do mérito de reunir num só volume uma produção dispersa por revistas e coletâneas, o autor apresenta versões atualizadas e as contextualiza face aos debates atuais na etnologia sul-americana. Wright junta a análise documental – incluindo um material muito rico sobre a escravidão dos índios no século XVIII – com mais de vinte anos de pesquisa etnográfica, valorizando em primeiro plano as versões e interpretações indígenas sobre um passado marcado não apenas por grandes transformações, como também pela persistência de modos de vida e de pensar, a contrapelo das mudanças . (John Monteiro). |
GIRALDIN, Odair. Cayapó e Panará: luta e sobrevivência de um povo Jê no Brasil Central. Campinas: Editora da Unicamp, 1997, 198p . . Ao transitar entre a documentação histórica e as etnografias modernas, o autor apresenta um sólido estudo da trajetória dos Kayapó meridionais, objetos de uma brutal política de repressão a partir do século XVIII. A pesquisa documental revela fontes e perspectivas antes desconhecidas, além de aprofundar as evidências que apontam para a relação entre os Kayapó meridionais, considerados "extintos", e os Panará do rio Peixoto de Azevedo . (John Monteiro). |
MARCOY, Paul. Viagem pelo Rio Amazonas. Manaus: Ed. Universidade do Amazonas/Edições Governo do Estado, 2001, 313p . . Tradução, introdução e notas de Antonio Porro. Trata-se da parte final do relato de viagem inédito em português, Voyage à travers l’Amérique du Sud, publicado originalmente em fascículos na revista Le Tour du Monde entre 1862 e 1867, saindo como livro em dois volumes em 1869. Neste trecho da viagem, que começa na fronteira entre Peru e Brasil por volta de abril de 1847 e que termina quatro meses e 3.300 quilômetros depois, o autor descreve vários aspectos da história e dos costumes dos índios. Diferentemente de outros viajantes dessa época, Marcoy (cujo nome verdadeiro era Laurent Saint-Cricq) não manifestava pretensões científicas, porém as suas observações a respeito da história e da condição atual dos índios e mestiços da Amazônia mostram uma sensibilidade rara. O organizador do volume reproduz as anotações feitas em edições anteriores (francesa e inglesa) e acrescenta informações bastante pertinentes. Também constam as ilustrações originais, incluindo imagens de vilas, ruínas e tipos humanos . (John Monteiro). |
BORGES, Paulo Humberto Porto. Ymã, Ano Mil e Quinhentos: Relatos e memórias indígenas sobre a conquista. Campinas: Mercado das Letras, 2000, 168p . . Interessante trabalho sobre uma experiência educacional na escola indígena de uma comunidade Guarani no Rio de Janeiro. Confronta-se a memória oral com os registros escritos da história dos últimos 500 anos, mostrando as ricas possibilidades de diálogo entre formas diferentes de pensar a história. O livro traz depoimentos de alunos e professores indígenas, ilustrando os resultados da experiência, com destaque para o trabalho realizado com ilustrações . (John Monteiro). |
SANTOS, Ricardo Ventura dos; SILVA, Maria Celina Soares de Mello e - orgs. Inventário Analítico do Arquivo de Antropologia Física do Museu Nacional. Rio de Janeiro: Museu Nacional/UFRJ, 2006, 160p . . O inventário identifica a documentação textual, iconográfica e cartográfica do antigo Setor de Antropologia Física, abrangendo um período de meados do século XIX a 1960 e cobrindo “um conjunto de aproximadamente 10.000 documentos fundamentais para a compreensão da história da antropologia física no Brasil”. De interesse para a história indígena são, entre outros, as fotos de índios e de sítios arqueológicos indígenas; as fichas datiloscópicas com informações sobre indivíduos. Há ainda o livro de tombo da Divisão de Antropologia Física, cujos primeiros registros são de crânios de índios oriundos de aldeamentos do Império e de sítios arqueológicos . (John Monteiro). |
VARGAS, Vera Lúcia Ferreira. A Construção do Território Terena (1870-1966): Uma sociedade entre a imposição e a opção. 161p Dissertação de Mestrado em História (orientador - Gilson Martins), Mato Grosso do Sul, FUFMS, 2002. Acessível em: http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_…. A dissertação avalia a capacidade dos Terena em reconstruir os seus territórios na esteira da Guerra do Paraguai, após a qual se iniciou um processo de desterritorialização, com a expansão da propriedade privada. Mostra como os Terena usaram a memória de sua participação na guerra como instrumento na negociação com as autoridades matogrossenses, resultando na formação de Reservas Indígenas sob a orientação do SPI. Demonstra, ainda, como a luta pela consolidação do território continuou ao longo do século XX . (John Monteiro). |