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Imagem: Jean-Baptiste Debret.
Base John Monteiro
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SILVA, Orlando Sampaio. Índios do Tocantins. Manaus: Editora Valer, 2009, 159p . . Coleção Memória da Amazônia. Baseado nos cadernos de campo do antropólogo, o livro reúne uma série de observações etnográficas realizadas em meados dos anos 70, quando Sampaio e Silva estava a serviço da Sudam. “Minha missão”, nas palavras do autor, “contemplava a constatação de quais eram os grupos indígenas existentes naquela área do [rio Tocantins], suas situações de contatos com a sociedade nacional inclusiva, além de proceder observações sobre mudanças socioculturais”. O resultado é o retrato de uma época crítica na história recente dos índios, confrontando-se a política integracionista e desenvolvimentista do Estado e o difícil desafio da sobrevivência étnica e física das populações indígenas face aos projetos de desenvolvimento . (John Monteiro). |
GRÜNEWALD, Rodrigo de Azeredo. Os Índios do Descobrimento: tradição e turismo. Rio de Janeiro: Contra Capa, 2001, 224p . . Fruto de uma densa pesquisa etnográfica realizada às vésperas das "comemorações" do quinto centenário, este estudo problematiza a postura dos Pataxó do sul da Bahia ao assumirem o papel de "índios do descobrimento" no sítio histórico dos primeiros contatos de 1500. Lançando mão de uma antropologia histórica em diálogo com os "estudos pós-coloniais", o autor demonstra o quanto a história dos índios se complica à medida que os índios apresentem versões próprias dessa história no contexto da negociação de identidades. Outra contribuição importante deste estudo reside no enfoque sobre o turismo étnico, outra arena na qual se mobiliza discussões em torno das tradições que, neste caso, segundo o autor, estão vinculadas tanto a manifestações culturais essencializadas (danças, artesanato, língua) quanto a uma narrativa histórica que remete ao descobrimento do Brasil . (John Monteiro). |
MENGET, Patrick. Em Nome dos Outros: classificação das relações sociais entre os Txicáo do Alto Xingu. Lisboa: Assírio & Alvim, 2001, 334p . . Escrita originalmente em 1977, esta etnografia sobre o povo Ikpeng (conhecido também como Txicão), além de refletir as questões teóricas que movimentavam a etnologia sul-americana nesse período, também traz elementos de interesse para a história indígena. O autor trabalha com informações do século XIX a respeito do Alto Xingu (inclusive o diário inédito do geógrafo alemão Hermann Meyer) e também apresenta versões Ikpeng para a história das relações com outros grupos e com os brancos. O forte é a etnografia, escrita com estilo e inteligência, proporcionando uma leitura muito agradável . (John Monteiro). |
WRIGHT, Robin. Cosmos, Self, and History in Baniwa Religion: for those unborn. Austin: University of Texas Press, 1998, 314p . . Trata-se de uma etnografia da religião Baniwa, trazendo uma importante contribuição para a discussão em torno da relação entre mito e história. Wright explora o lugar da cosmogonia e da escatologia na articulação dos eventos e dos processos que marcaram a história dos Baniwa, com destaque para os movimentos proféticos. O autor lança mão de uma documentação interessante, porém as principais fontes históricas são os depoimentos e narrativas dos índios . (John Monteiro). |