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Imagem: Jean-Baptiste Debret.
Base John Monteiro
Exibindo 31 a 40 de 145
NIMUENDAJU, Curt. Cartas do Sertão de Curt Nimuendajú para Carlos Estévão de Oliveira. Lisboa: Assírio & Alvim/Museu Nacional de Etnologia, 2000, 396p . . Introdução e notas de Thekla Hartmann. Abrangendo o período de 1923 a 1942, o livro inclui as cartas de Nimuendajú sobre vários assuntos relacionados aos índios do nordeste e da Amazônia . (John Monteiro). |
OLIVEIRA, Roberto Cardoso de. Os Diários e Suas Margens: Viagem aos territórios Terêna e Tükúna. Brasília: Editora da UnB, 2002, 346p . . Além de reproduzir integralmente os diários de campo escritos nos anos de 1950, este livro inclui, de maneira interessante, comentários reflexivos do autor enquanto releitor de seus próprios diários, assim apresentando um duplo registro da experiência de campo do etnólogo. Tanto os diários quanto os comentários proporcionam uma leitura prazerosa, não apenas pelo estilo agradável do autor como pelos detalhes e incidentes descritos e comentados. Acompanha um pequeno dossiê fotográfico, de caráter etnográfico e pessoal . (John Monteiro). |
RIBEIRO, Darcy. Diários Índios: Os Urubus-Kaapor. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, 627p . . Escritos entre 1949 e 1951, os diários relatam duas expedições empreendidas pelo autor entre os índios Urubu-Kaapor, povo Tupi do Maranhão. Além da leitura caracteristicamente agradável, os diários representam um material histórico de grande interesse, retratando o processo de contato, o papel dos sertanistas, a presença de populações diversas – de ex-quilombolas a índios "aculturados" – entre muitas outras coisas. Também documentam a busca deste autor pelas origens do Brasil, marca importante de suas obras subsequentes . (John Monteiro). |
SILVA, Orlando Sampaio. Eduardo Galvão: índios e caboclos. São Paulo: Annablume, 2007, 427p . . Trata-se de uma apreciação minuciosa de toda a obra do antropólogo Eduardo Galvão, fornecendo um roteiro interessante de uma fase importante dos estudos etnológicos no país, pois Galvão teve uma contribuição tanto em termos de pesquisa etnográfica quanto em ambição teórica, entre as décadas de 1940 e 70 . (John Monteiro). |
SILVA, Orlando Sampaio. Índios do Tocantins. Manaus: Editora Valer, 2009, 159p . . Coleção Memória da Amazônia. Baseado nos cadernos de campo do antropólogo, o livro reúne uma série de observações etnográficas realizadas em meados dos anos 70, quando Sampaio e Silva estava a serviço da Sudam. “Minha missão”, nas palavras do autor, “contemplava a constatação de quais eram os grupos indígenas existentes naquela área do [rio Tocantins], suas situações de contatos com a sociedade nacional inclusiva, além de proceder observações sobre mudanças socioculturais”. O resultado é o retrato de uma época crítica na história recente dos índios, confrontando-se a política integracionista e desenvolvimentista do Estado e o difícil desafio da sobrevivência étnica e física das populações indígenas face aos projetos de desenvolvimento . (John Monteiro). |
ANDRELLO, Geraldo. Cidade do Índio: transformações e cotidiano em Iauaretê. São Paulo: Editora Unesp; Instituto Socioambiental; NuTI, 2006, 447p . . Estudo tão instigante quanto inovador, Cidade do Índio apresenta uma história e uma etnografia de uma “cidade indígena” no noroeste da Amazônia. De complexa feição pluriétnica (Tukano, Arapasso, Desana, Tariano, Pira-Tapuia e outros), Iauaretê propõe um desafio teórico para a tradição etnográfica focada geralmente num povo e numa aldeia. Como parte deste desafio, o autor realiza uma leitura diferenciada de fontes históricas, analisadas à luz dos materiais etnográficos coletados em campo (na cidade). Mas o autor também considera o “tom histórico” das narrativas indígenas, que pautam suas avaliações de situações atuais à luz de uma referência ao modo de vida dos antigos. Mais do que isso, segundo o autor, “os sentidos atribuídos pelos índios às transformações contemporâneas relacionam-se nitidamente a uma longa história de contato com a chamada sociedade nacional” (p. 18). De especial interesse para a história indígena é o capítulo 2, que realiza uma admirável síntese de vários séculos de história . (John Monteiro). |
GOMES, Mércio Pereira. O Índio na História: o povo Tenetehara em busca da liberdade. Petrópolis: Editora Vozes, 2002, 631p . . O autor alia uma extensa pesquisa documental a sua longa experiência como etnógrafo e indigenista para produzir um detalhadíssimo relato das relações entre os Tenetehara do Maranhão e os brancos, desde o contato inicial com os franceses no início do século XVII aos dias de hoje. Conforme alerta o próprio autor, o livro está escrito em vários registros distintos, passando pela teoria antropológica ("ontosistêmica"), pela história do contato, pela "economia igualitarista", pela demografia e pela filosofia. A parte sobre a história é organizada pela sequência das principais instituições da política indigenista, com uma concentração maior no período do SPI. No mais, destacam-se a abordagem da rebelião de Alto Alegre (1901) e o capítulo sobre a demografia histórica. Presente de maneira indireta ao longo do livro, a voz dos índios aparece de maneira explícita num capítulo curto com a transcrição de alguns depoimentos . (John Monteiro). |
GRÜNEWALD, Rodrigo de Azeredo. Os Índios do Descobrimento: tradição e turismo. Rio de Janeiro: Contra Capa, 2001, 224p . . Fruto de uma densa pesquisa etnográfica realizada às vésperas das "comemorações" do quinto centenário, este estudo problematiza a postura dos Pataxó do sul da Bahia ao assumirem o papel de "índios do descobrimento" no sítio histórico dos primeiros contatos de 1500. Lançando mão de uma antropologia histórica em diálogo com os "estudos pós-coloniais", o autor demonstra o quanto a história dos índios se complica à medida que os índios apresentem versões próprias dessa história no contexto da negociação de identidades. Outra contribuição importante deste estudo reside no enfoque sobre o turismo étnico, outra arena na qual se mobiliza discussões em torno das tradições que, neste caso, segundo o autor, estão vinculadas tanto a manifestações culturais essencializadas (danças, artesanato, língua) quanto a uma narrativa histórica que remete ao descobrimento do Brasil . (John Monteiro). |
MENGET, Patrick. Em Nome dos Outros: classificação das relações sociais entre os Txicáo do Alto Xingu. Lisboa: Assírio & Alvim, 2001, 334p . . Escrita originalmente em 1977, esta etnografia sobre o povo Ikpeng (conhecido também como Txicão), além de refletir as questões teóricas que movimentavam a etnologia sul-americana nesse período, também traz elementos de interesse para a história indígena. O autor trabalha com informações do século XIX a respeito do Alto Xingu (inclusive o diário inédito do geógrafo alemão Hermann Meyer) e também apresenta versões Ikpeng para a história das relações com outros grupos e com os brancos. O forte é a etnografia, escrita com estilo e inteligência, proporcionando uma leitura muito agradável . (John Monteiro). |
NOVAES, Adauto - org. A Outra Margem do Ocidente. São Paulo: Companhia das Letras, 1999, 544p . . O livro reúne 28 ensaios de vários especialistas renomados, abordando a temática indígena a partir de múltiplas perspectivas. Os textos foram apresentados originalmente num ciclo de conferências patrocinado pela Funarte. Vários aspectos da história indígena no Brasil e na América em geral estão representados nesta coletânea, cujo conjunto aponta para algumas das tendências mais marcantes dos debates atuais . (John Monteiro). |