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Imagem: Jean-Baptiste Debret.
Base John Monteiro
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CAVALCANTE, Thiago Leandro Vieira. Tomé, o Apóstolo da América: índios e jesuítas em uma história de apropriações e ressignificações. Dourados: Editora UFGD, 2009, 198p . . Fruto de uma dissertação de mestrado, o livro enfoca dois momentos de elaboração de narrativas sobre a presença antiga do apóstolo S. Tomé na América do Sul. Primeiro, mostra a busca de uma convergência entre as cosmologias tupi-guarani e cristã no século XVI e, num segundo momento, sustenta que os jesuítas se apropriaram, no século XVII, do mito, no intuito de se firmarem enquanto sucessores do apóstolo. OBS: Este texto está disponível para download no site da Editora . (John Monteiro). |
KERN, Arno Álvares; SANTOS, Maria Cristina; GOLIN, Tau - orgs. Povos Indígenas. Passo Fundo: Méritos, 2009, 559p . . História Geral do Rio Grande do Sul, vol. 5. Parte de uma história geral do Rio Grande do Sul sob a direção geral de Nelson Boeira e Tau Golin, a coletânea reúne 20 capítulos de historiadores, antropólogos e arqueólogos sobre um leque aberto de temas e problemas. Partindo da ideia de que “o Rio Grande do Sul não seria o que é social e culturalmente sem a sua parte indígena”, os autores abordam a presença e experiência dos Kaingang, Guarani, Charrua e Minuano em textos que combinam pesquisas originais e esforços de síntese. De especial interesse para a história indígena são os textos de Luís Fernando da Silva Laroque sobre a territorialidade kaingang; Rogério Gonçalves da Rosa sobre a lenda e mito do cacique Nonohay; Klaus Hilbert sobre Charruas e Minuanos entre a história e a “grife”; Jean Baptista sobre identidades étnicas nas missões; Eduardo Neumann sobre razão gráfica e cultura escrita nas reduções; Maria Cristina dos Santos sobre versões indígenas da história; José Otávio Catafesto de Souza e o mburuvixá José Cirilo Pires Morinico sobre relatos mbyá-guarani referentes às ruínas das missões; Vanderlise Machado Brandão sobre a escola guarani; e Lígia Simonian sobre a política de Brizola e a expropriação de terras indígenas no estado. O volume inclui mapas, ilustrações e uma bibliografia atualizada . (John Monteiro). |
TEAO, Kalna Mareto; LOUREIRO, Klítia. História dos Índios do Espírito Santo. Vitória: Ed. das autoras, 2009, 150p . . Preparado para suprir a carência absoluta de materiais didáticos sobre os povos indígenas no Espírito Santo, o livro também atende à chamada instaurada pela Lei 11.645, tornando obrigatória a inclusão da história e cultura indígena no currículo escolar no ensino fundamental e médio. O livro inclui informações sobre a história porém o foco principal recai em questões atuais, referentes a identidades, demarcação de terras e mobilização política. Inclui fotografias, desenhos e indicações de leituras . (John Monteiro). |
OLIVEIRA, Carla Mary S; MENEZES, Mozart Vergetti de; GONÇALVES, Regina Célia - orgs. Ensaios sobre a América Portuguesa. João Pessoa: Editora Universitária UFPB, 2009, 206p . . Esta coletânea enfoca de modo particular alguns aspectos da história das Capitanias do Norte, com vários estudos sobre os índios, trazendo aportes documentais inéditos ou, pelo menos, estudados à luz de novas perspectivas. Maria Emília Monteiro Porto estuda as representações jesuíticas em áreas fronteiriças no Rio Grande do Norte; Regina Célia Gonçalves e colaboradores analisam os documentos escritos por lideranças indígenas durante o domínio holandês; Fátima Martins Lopes enfoca os capitães mores de ordenança nas vilas de índios no Rio Grande do Norte; Ricardo Pinto de Medeiros apresenta uma síntese da história dos índios na Paraíba colonial, são de especial interesse para a temática da história indígena dois artigos com pesquisas originais em fontes inéditas: de Regina Célia Gonçalves sobre “guerra e açúcar” na Paraíba, abordando o processo de conquista e as alianças com grupos indígenas como aspectos cruciais da formação de uma elite política na região; e de Ricardo Pinto de Medeiros sobre o impacto da política pombalina sobre as “vilas e lugares de índios” nas capitanias de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande e Ceará, incluindo informações interessantes sobre a atuação de lideranças indígenas . (John Monteiro). |
LIMA, Antonio Carlos de Souza. As Órbitas do Sítio: subsídios para o estudo da política indigenista no Brasil, 1910-1967. Rio de Janeiro: Contra Capa/LACED, 2009, 252p . . Originalmente produzido como um anexo à tese de doutorado do autor, este volume reproduz gráficos, tabelas, mapas, legislação, textos e quadros referentes à atuação do Serviço de Proteção aos Índios. De especial interesse é o “Quadro resumo das ações das unidades locais do SPI, 1911-1962”, compilado a partir de uma documentação variada, trazendo informações pontuais sobre incidentes e processos que marcaram a história do SPI em todas as regiões do país . (John Monteiro). |
PEREIRA, Levi Marques. Os Terena de Buriti: formas organizacionais, territorialização e representação da identidade étnica. Dourados: Editora UFGD, 2009, 170p . . Produto decorrente de uma perícia judicial na Terra Indígena Buriti, no Mato Grosso do Sul, este livro busca situar os Terenas (e os estudos sobre os Terena) num contexto histórico e etnográfico, buscando identificar uma “civilidade terena”, na qual a “negociação” desempenha um papel de relevo . (John Monteiro). |
QUARLERI, Lia. Rebelión y guerra en las fronteras del Plata: Guaraníes, jesuitas e imperios coloniales. Buenos Aires: Fundo de Cultura Económica, 2009, 384p . . Fruto de uma ampla pesquisa documental em arquivos europeus e sul-americanos, este livro enfoca de maneira particular a chamada “Guerra Guaranítica” de 1754 a 1756, com especial atenção ao protagonismo guarani, à luz das relações históricas estabelecidas na região ao longo de mais de duzentos anos de colonização europeia . (John Monteiro). |
METCALF, Alida; DUFFY, Eve M. The Return of Hans Staden: a go-between in the Atlantic world. Baltimore: Johns Hopkins University Press, 2009, 192p . . Preparado para um público universitário norte-americano dentro dos moldes de uma “História Atlântica”, o livro reconstitui e reinterpreta o famoso relato de Hans Staden, cuja experiência como cativo entre os Tupinambá no século XVI se tornou um dos focos de debates sobre a antropofagia e sobre a veracidade das narrativas de viagem. A avaliação final das autoras é um tanto ambígua porém elas introduzem uma discussão interessante sobre o jogo entre verdade e mentira no interior do próprio relato, jogo esse indispensável para a sobrevivência nas condições precárias e arriscadas dos encontros interculturais no início da época moderna . (John Monteiro). |
CARNEIRO DA CUNHA, Manuela. Cultura com Aspas e Outros Ensaios. São Paulo: Cosac Naify, 2009, 440p . . Este livro reúne, de forma oportuna num único volume, 19 estudos e ensaios publicados entre 1973 e 2009, muitos dos quais são referências obrigatórias para qualquer aproximação à história indígena e do indigenismo no país. Agrupados em quatros seções (Olhares Indígenas; Olhares Indigenistas e Escravistas; Etnicidade, Indianidade e Política; Conhecimentos, Cultura e “Cultura”), os ensaios incluem, entre outros, o estudo seminal sobre o movimento messiânico canela de 1963; o artigo sobre vingança e temporalidade entre os Tupinambá (com E. Viveiros de Castro); o manifesto “Por uma História Indígena e do Indigenismo”; um texto sobre imagens de índios, contrastando as visões francesa e portuguesa; a instigante incursão na “guerra das relíquias” em que se explora os trajetos da memória no cruzamento entre o Velho e o Novo Mundo. Escritos com estilo refinado e inteligência afiada, os textos representam vários momentos em que a autora se debruçou sobre fontes históricas para abrir novos caminhos para a antropologia no Brasil . (John Monteiro). |
FRENCH, Jan Hoffman. Legalizing Identities: Becoming Black or Indian in Brazil’s Northeast. Chapel Hill: University of North Carolina Press, 2009, 247p . . A partir de uma pesquisa de campo realizada em 1998-2000, a autora analisa a construção de identidades indígenas e quilombolas em Sergipe. A autora introduz uma perspectiva da antropologia do direito e chega a conclusão de que o êxito das políticas identitárias nestes dois casos não passa pela prova de uma “autenticidade” de origem e sim pela articulação de múltiplos agentes em torno de uma relação com a legislação e com o conceito de justiça social . (John Monteiro). |