Créditos Imagem Publicações Busca
Imagem: Jean-Baptiste Debret.
Base John Monteiro
Exibindo 1 a 10 de 24
MELATTI, Julio Cezar. Índios do Brasil. São Paulo: Edusp, 2007, 304p . . Síntese clássica publicada pela primeira vez em 1970, a nona edição de Índios do Brasil traz revisões, atualizações e acréscimos, proporcionando uma visão de conjunto sobre aspectos arqueológicos, históricos, etnográficos e políticos da presença indígena no Brasil. A obra permanece uma das melhores introduções à temática indígena para não-especialistas . (John Monteiro). |
BARBOSA, Bartira Ferraz. Paranambuco: poder e herança indígena. Nordeste séculos XVI-XVII. Recife: Editora Universitária, 2007, 220p . . Baseado numa tese de doutorado em História defendida na USP, o livro busca, nas palavras da autora, “reordenar questões” atinentes à ocupação portuguesa do espaço pernambucano nos séculos XVI e XVII. Lançando mão de dados arqueológicos, fontes históricas escritas e percepções cartográficas, a autora mostra que a conquista dos espaços ameríndios constituiu um processo profundamente imbricado numa complexa trama de guerra, aliança, mestiçagem e exploração do trabalho. O livro traz informações detalhadas sobre a localização de espaços indígenas pré-coloniais e coloniais. Em anexo, a autora inclui belas reproduções de mapas coloniais e dados complementares sobre a ocupação portuguesa do território . (John Monteiro). |
DE LAET, João. Roteiro de um Brasil Desconhecido: Descrição das Costas do Brasil. São Paulo: Kapa Editorial, 2007, 320p . . Organização de José Paulo Monteiro Soares e Cristina Ferrão. Introdução, transcrição, tradução e anotação de B. N. Teensma. Transcrição integral do manuscrito pertencente à biblioteca John Carter Brown, em Providence, EUA. Trata-se de uma coletânea de depoimentos, reunindo informações sobre a costa atlântica da América do Sul à época da partida da comitiva de Nassau para o Brasil. São 35 relatos – na verdade, “fragmentos”, como escreve o autor da introdução – sobretudo de viajantes e navegadores holandeses e portugueses, vários dos quais trazem informações sobre os índios. De especial interesse são os depoimentos de quatro índios potiguar (Gaspar Paraupaba, André Francisco, Antônio Paraupaba e Pedro Poti) que foram para a Holanda em meados da década de 1620, fornecendo uma descrição da “costa noroeste” do Brasil, isto é, Paraíba, Rio Grande e Ceará. Trata-se de um extrato do relatório de Kiliaan van Renselaer “a partir do interrogatório aos índios”. A edição inclui a reprodução integral do manuscrito da biblioteca John Carter Brown . (John Monteiro). |
LADEIRA, Maria Inês. O Caminhar sob a Luz: Território Mbya à Beira do Oceano. São Paulo: Ed. Unesp/Fapesp, 2007, 199p . . Fruto de pesquisas e vivências realizadas entre 1979 e 1991, este livro foi apresentado como dissertação de mestrado em 1992. Grande parte do livro enfoca “os mitos e o modo de ser mbya”, porém inclui uma abordagem original sobre a história dos Mbya em território brasileiro, com destaque para a questão das migrações religiosas. Bartomeu Melià chama a atenção no prefácio para a ideia de que os episódios relatados nesse “registro etnográfico da década de 1980” hoje “se tornam etno-história”. Mas a atualidade do livro reside sobretudo no diálogo que a autora constrói com os índios, captado de maneira interessante por Davi da Silva Karaí Rataendy na orelha do livro: “Palavras que estão aqui pertenceram a muitas pessoas, muitos entre nós, que deixaram a sua sabedoria”. O texto é enriquecido por fotografias e desenhos feitos por índios . (John Monteiro). |
SILVA, Amaro Hélio Leite da. Serra dos Perigosos: Guerrilha e Índio no Sertão de Alagoas. Maceió: Editora UFAL, 2007, 187p . . Série Índios do Nordeste: Temas e Problemas 7.Com base em depoimentos indígenas, este livro discute o episódio insólito da aliança entre os índios Geripankó do alto sertão alagoano e a Ação Popular, organização guerrilheira que tinha como objetivo derrubar a ditadura através da luta armada. O tema levanta questões interessantes sobre o lugar dos índios em relação aos movimentos de resistência cujos protagonistas eram não índios . (John Monteiro). |
AGNOLIN, Adone. Jesuítas e Selvagens: a negociação da fé no encontro catequético-ritual americano-tupi (séc. XVI-XVII). São Paulo: Humanitas, 2007, 560p . . Partindo de uma leitura crítica dos catecismos jesuíticos, obras compostas nos séculos XVI e XVII para auxiliar na evangelização dos índios, este livro oferece ricas perspectivas sobre “situações dialógicas” que configuraram o encontro entre culturas neste período. De especial interesse para a história dos índios é a Parte III, que enfoca “Doutrina e Sacramentos” e mostra o caráter “mão dupla” do sistema de comunicação e do processo de conversão . (John Monteiro). |
ALMEIDA, Luiz Sávio de; et al - org. Resistência, Memória, Etnografia (Índios do Nordeste: temas e problemas 8). Maceió: Edufal, 2007, 230p . . Este número inclui alguns ensaios de especial interesse para a história indígena: Dirceu Lindoso apresenta um retrospecto das abordagens etnográficas referentes aos Tapuia no nordeste; Maria Hilda B. Paraíso aborda o tráfico de kurukas (crianças indígenas) no Espírito Santo, Bahia e Minas Gerais na época da Independência; e Luiz Mott, que analisa um processo da Inquisição de meados do século XVIII, referente às atividades de um índio, Miguel Pestana, da aldeia de Reritiba, ES, acusado de feitiçaria . (John Monteiro). |
CHAMBOULEYRON, Rafael. Povoamento, Ocupação e Agricultura na Amazônia Colonial (1640-1706). Belém: Editora Açaí, 2007, 210p . . O livro apresenta uma densa pesquisa sobretudo em documentos do Arquivo Histórico Ultramarino no intuito de fazer uma revisão do processo de colonização na Amazônia, entre a Restauração de 1640 e o fim do reinado de Pedro II. O autor conscientemente deixa de lado “o lugar social de índios e africanos” e o processo de mestiçagem, porém proporciona uma nova leitura do processo colonial, no qual o trabalho indígena aparece de maneira importante, apesar de discreta . (John Monteiro). |
DAHER, Andrea. O Brasil Francês: as singularidades da França Equinocial, 1612-1615. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007, 358p . . Traduzido por Albert Stückenbruck.Publicado originalmente em francês com o título Les singularités de la France Equinoxiale em 2002, o livro aborda as relações entre franceses e índios tupinambás nos dois lados do Atlântico. Dividido entre “o mundo par delà” e o “o mundo par deçà”, o estudo apresenta uma refinada análise dos textos escritos por missionários capuchinhos, textos estes que permitem não apenas entender o sentido da missão no Maranhão como também documentar “o espetáculo da conversão dos Tupinambá na França”, um episódio singular reconstruído com maestria pela autora. O livro inclui ilustrações da época e um bom prefácio de Roger Chartier . (John Monteiro). |
DENIS, Ferdinand. Uma Festa Brasileira Celebrada em Rouen em 1550: Teogonia dos antigos povos do Brasil, um fragmento do século XVI. São Bernardo do Campo: Bazar das Palavras-Usina das Ideias, 2007, 233p . . Tradução do francês Júnia Guimarães Botelho. Tradução do tupi Eduardo de Almeida Navarro. Edição bilíngue com o original em francês e a tradução em português do livro editado em Paris em 1850, reproduz três documentos originalmente publicados por Denis: a breve Suntuosa Entrada, impresso anônimo de 1551 descrevendo a celebração em Rouen, que incluiu a representação de uma batalha entre os Tupinambá e os Tabajara; um fragmento antes inédito da Cosmografia de André Thevet sobre a teogonia tupi; e uma seleção de poemas em tupi, do jesuíta Cristóvão Valente, com nova tradução de Eduardo Navarro. Os apêndices incluem o termo de batismo de Catarina Paraguaçu, uma breve nota biográfica sobre Ferdinand Denis e uma bibliografia das obras escritas por Denis sobre o Brasil . (John Monteiro). |