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Imagem: Jean-Baptiste Debret.

Base John Monteiro

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SILVA, Amaro Hélio Leite da. Serra dos Perigosos: Guerrilha e Índio no Sertão de Alagoas. Maceió: Editora UFAL, 2007, 187p . . Série Índios do Nordeste: Temas e Problemas 7.Com base em depoimentos indígenas, este livro discute o episódio insólito da aliança entre os índios Geripankó do alto sertão alagoano e a Ação Popular, organização guerrilheira que tinha como objetivo derrubar a ditadura através da luta armada. O tema levanta questões interessantes sobre o lugar dos índios em relação aos movimentos de resistência cujos protagonistas eram não índios . (John Monteiro).
AGNOLIN, Adone. Jesuítas e Selvagens: a negociação da fé no encontro catequético-ritual americano-tupi (séc. XVI-XVII). São Paulo: Humanitas, 2007, 560p . . Partindo de uma leitura crítica dos catecismos jesuíticos, obras compostas nos séculos XVI e XVII para auxiliar na evangelização dos índios, este livro oferece ricas perspectivas sobre “situações dialógicas” que configuraram o encontro entre culturas neste período. De especial interesse para a história dos índios é a Parte III, que enfoca “Doutrina e Sacramentos” e mostra o caráter “mão dupla” do sistema de comunicação e do processo de conversão . (John Monteiro).
PORRO, Antonio. Dicionário Histórico da Amazônia Colonial. São Paulo: Instituto de Estudos Brasileiros-USP, 2007, 189p . . Cadernos do IEB. Organizado tematicamente, o dicionário traz verbetes que valorizam sobretudo temas ligados à história indígena e à pesquisa etno-histórica. A primeira parte arrola cerca de 600 etnônimos que estão associados a uma localização geográfica e a uma fonte colonial; a segunda identifica aldeias, vilas e outros povoados; a terceira fornece rápidas informações sobre cerca de 50 personagens indígenas (chefes e pajés); a quarta (crenças e divindades) tematiza questões religiosas; e a quinta discute alguns temas de “economia e sociedade”. A cobertura é longe de ser exaustiva, conforme reconhece o próprio autor, porém não deixa de introduzir questões e evidências importantes para a história indígena da Amazônia no período colonial . (John Monteiro).
NEVES, Erivaldo Fagundo - org. Sertões da Bahia: formação social, desenvolvimento econômico, evolução política e diversidade cultural. Salvador: Editora Arcádia, 2011, 720p . . Obra preparada para uso de alunos de História da Bahia, este polpudo volume traz 19 estudos baseados sobretudo em pesquisas em arquivos, com destaque para alguns repositórios locais. A temática indígena espalha-se discretamente pelo livro porém emerge de forma mais concentrada no alentado estudo de Maria Hilda Baqueiro Paraíso sobre a presença e atuação de povos indígenas diante da abertura de caminhos nos sertões do leste, entre Bahia e Minas Gerais. Também de interesse especial é o texto de Isnara Pereira Ivo, sobre “trânsitos culturais” nos sertões mineiros e baianos nos séculos XVIII e XIX, mostrando as relações entre sertanistas e índios . (John Monteiro).
FERREIRA, Alexandre Rodrigues. Viagem Filosófica ao Rio Negro. Manaus: Editora da Universidade Federal do Amazonas, 2007, 665p . . Organizado por Francisco Jorge dos Santos, Auxiliomar Ugarte e Mateus Coimbra de Oliveira. Reúne e reorganiza os diários escritos por Alexandre Rodrigues Ferreira em sua viagem pela Capitania do Rio Negro durante a década de 1780, originalmente publicados no Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e reeditados, no século XX, pelo Museu Goeldi. Esta edição atualiza a ortografia e normatiza o uso de etnônimos, porém não se trata de uma edição crítica pela ausência de uma introdução ou de notas explicativas à luz de conhecimentos recentes a respeito dos temas e problemas levantados pelo texto de Ferreira. Inclui uma documentação complementar e índices remissivos . (John Monteiro).
PIÑÓN, Ana; FUNARI, Pedro Paulo A. A Temática Indígena na Escola: subsídios para os professores. São Paulo: Editora Contexto, 2011, 127p . . Destinado a “professores das escolas não indígenas”, trata-se de um livro paradidático que se mostra mais eficaz no manejo de conceitos e informações provenientes da arqueologia americanista do que dos debates atuais a respeito da história dos índios nas Américas. O livro traz uma discussão útil sobre a imagem dos índios ao longo da história, porém os índios surgem enquanto atores sociais e políticos apenas na conclusão, quando se faz uma referência rápida ao contexto da abertura política . (John Monteiro).
BITTENCOURT, Libertad Borges. A Formação de um Campo Político na América Latina: as organizações indígenas no Brasil. Goiânia: Editora UFG, 2007, 227p . . O núcleo deste livro está no capítulo 3, que discorre sobre as organizações indígenas no Brasil, destacando o período posterior à Constituição de 1988, pois, segundo a autora, 90% das organizações foram criadas depois dessa data. Faz uma breve incursão pelo período anterior (anos 70 e 80) e enfoca de maneira relevante o papel de mediadores não indígenas na articulação do movimento. Utiliza um amplo leque de fontes e depoimentos ligados às associações . (John Monteiro).
GONÇALVES, Regina Célia. Guerras e Açúcares: política e economia na Capitania da Parayba — 1585-1630. Bauru: EDUSC, 2007, 330p . . Baseado numa extensa pesquisa documental em arquivos portugueses e brasileiros, o livro enfoca a consolidação da sociedade e economia colonial na Paraíba, durante o período entre a “guerra da conquista contra os Potiguara” e o início da presença holandesa. Nascida “às custas de sangue”, a Capitania da Paraíba foi palco de uma intensa disputa entre populações indígenas e adventícias. Sobretudo nos capítulos 1 e 2, a autora destrincha estas relações com uma análise detalhada da guerra, das alianças, do comércio entre índios e franceses, do “negócio do cativeiro de índios” e da política dos conquistadores em “limpar o terreno”, marcada tanto pelos esforços de aldeamento de aliados quanto no massacre de inimigos. O livro também mostra, de maneira bastante persuasiva, a importância da conquista e das narrativas de conquista para o surgimento de uma elite regional, cuja participação nas guerras redundou em recompensas na distribuição de terras a serem exploradas na produção açucareira . (John Monteiro).
CABRAL, Ana Suelly Arruda Câmara; RODRIGUES, Aryon Dall’Igna - orgs. Línguas e Culturas Tupi. Brasil: Editora Curt Nimuendajú/Laboratório de Línguas Indígenas da UnB, 2007, 468p . . A coletânea reúne 30 estudos apresentados no I Encontro Internacional sobre Línguas e Culturas dos Povos Tupi, realizado em 2004 em Brasília, divididos nas categorias Antropologia, Linguística Antropológica e Linguística. Apesar do enfoque majoritariamente linguístico, alguns estudos incluem abordagens históricas e, ademais, há uma consciência a respeito do lugar dos estudos tupi na história da antropologia e da linguística . (John Monteiro).
FAUSTO, Carlos; HECKENBERGER, Michael - orgs. Time and Memory in Indigenous Amazonia: Anthropological Perspectives. Gainesville: University Press of Florida, 2007, 322p . . Trata-se de uma excelente coletânea que reúne nove trabalhos de ponta em história indígena. Conforme elucida os organizadores em sua introdução ao volume, os estudos abordam os temas do tempo e da mudança, buscando problematizar a tensão entre as teorias sociais dos estudiosos e as acepções ameríndias dos componentes-chave destas teorias. Além das divergentes formas de entender a alteridade, os organizadores chamam a atenção para as divergências em torno das noções de ação e “agência”, uma vez que a “teoria social” ameríndia pode incluir, no leque de agentes capazes de contribuir com ações transformadoras, agentes extra-humanos ou mesmo não-humanos. Versões anteriores de alguns dos trabalhos, como o de Carlos Fausto sobre canibalismo e cristianismo entre os Guarani, de Peter Gow sobre a identidade Cocama e de Aparecida Vilaça sobre o corpo War’i foram publicados em revistas brasileiras . (John Monteiro).