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Imagem: Jean-Baptiste Debret.

Base John Monteiro

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PIÑÓN, Ana; FUNARI, Pedro Paulo A. A Temática Indígena na Escola: subsídios para os professores. São Paulo: Editora Contexto, 2011, 127p . . Destinado a “professores das escolas não indígenas”, trata-se de um livro paradidático que se mostra mais eficaz no manejo de conceitos e informações provenientes da arqueologia americanista do que dos debates atuais a respeito da história dos índios nas Américas. O livro traz uma discussão útil sobre a imagem dos índios ao longo da história, porém os índios surgem enquanto atores sociais e políticos apenas na conclusão, quando se faz uma referência rápida ao contexto da abertura política . (John Monteiro).
MELATTI, Julio Cezar. Índios do Brasil. São Paulo: Edusp, 2007, 304p . . Síntese clássica publicada pela primeira vez em 1970, a nona edição de Índios do Brasil traz revisões, atualizações e acréscimos, proporcionando uma visão de conjunto sobre aspectos arqueológicos, históricos, etnográficos e políticos da presença indígena no Brasil. A obra permanece uma das melhores introduções à temática indígena para não-especialistas . (John Monteiro).
FELIX, Cláudio Eduardo. Uma Escola para Formar Guerreiros. Irecê: Print Fox, 2007, 110p . . Originalmente uma dissertação defendida na UFPE, este livro descreve e analisa o surgimento e expansão da Comissão de Professores Indígenas de Pernambuco (COPIPE). Além da história recente desta organização, o livro também faz uma breve incursão pela história da educação indígena no país . (John Monteiro).
SILVA, Giovani José da - org. Kadiwéu: senhoras da arte, senhores da guerra. Curitiba: Editora CRV, 2011, 211p . . Dividida em três partes (História; Antropologia; Educação, Linguagens e Artes), esta coletânea reúne estudos de especialistas para compor um quadro amplo, informativo e analítico, que dá conta dos avanços recentes em pesquisas sobre os Kadiwéu. No que diz respeito à história, Ana Lucia Herberts oferece um “panorama” dos Mbayá-Guaikuru abrangendo os séculos XVI a XIX; Giovani José da Silva enfoca um século (1899-1984) de conflitos pela posse da terra na Reserva Indígena Kadiwéu, percorrendo documentos históricos e relatos etnográficos realizados em diferentes períodos; Jaime Siqueira Jr. coloca o problema do território a partir das relações espacial e temporal que marcam a organização social dos Kadiwéu; Léia Teixeira Lacerda aborda a educação escolar, com algumas observações sobre a história; Filomena Sandalo lança mão de trabalhos etnográficos do passado para dialogar com os dados de campo sobre dialetos prosódicos e sua relação com a estratificação social Kadiwéu; Vânia Perrotti Pires Graziato também remete às etnografias do passado para situar a questão da arte no universo feminino da cerâmica . (John Monteiro).
SILVA, Orlando Sampaio. Eduardo Galvão: índios e caboclos. São Paulo: Annablume, 2007, 427p . . Trata-se de uma apreciação minuciosa de toda a obra do antropólogo Eduardo Galvão, fornecendo um roteiro interessante de uma fase importante dos estudos etnológicos no país, pois Galvão teve uma contribuição tanto em termos de pesquisa etnográfica quanto em ambição teórica, entre as décadas de 1940 e 70 . (John Monteiro).
LADEIRA, Maria Inês. O Caminhar sob a Luz: Território Mbya à Beira do Oceano. São Paulo: Ed. Unesp/Fapesp, 2007, 199p . . Fruto de pesquisas e vivências realizadas entre 1979 e 1991, este livro foi apresentado como dissertação de mestrado em 1992. Grande parte do livro enfoca “os mitos e o modo de ser mbya”, porém inclui uma abordagem original sobre a história dos Mbya em território brasileiro, com destaque para a questão das migrações religiosas. Bartomeu Melià chama a atenção no prefácio para a ideia de que os episódios relatados nesse “registro etnográfico da década de 1980” hoje “se tornam etno-história”. Mas a atualidade do livro reside sobretudo no diálogo que a autora constrói com os índios, captado de maneira interessante por Davi da Silva Karaí Rataendy na orelha do livro: “Palavras que estão aqui pertenceram a muitas pessoas, muitos entre nós, que deixaram a sua sabedoria”. O texto é enriquecido por fotografias e desenhos feitos por índios . (John Monteiro).
SILVA, Amaro Hélio Leite da. Serra dos Perigosos: Guerrilha e Índio no Sertão de Alagoas. Maceió: Editora UFAL, 2007, 187p . . Série Índios do Nordeste: Temas e Problemas 7.Com base em depoimentos indígenas, este livro discute o episódio insólito da aliança entre os índios Geripankó do alto sertão alagoano e a Ação Popular, organização guerrilheira que tinha como objetivo derrubar a ditadura através da luta armada. O tema levanta questões interessantes sobre o lugar dos índios em relação aos movimentos de resistência cujos protagonistas eram não índios . (John Monteiro).
FAUSTO, Carlos; HECKENBERGER, Michael - orgs. Time and Memory in Indigenous Amazonia: Anthropological Perspectives. Gainesville: University Press of Florida, 2007, 322p . . Trata-se de uma excelente coletânea que reúne nove trabalhos de ponta em história indígena. Conforme elucida os organizadores em sua introdução ao volume, os estudos abordam os temas do tempo e da mudança, buscando problematizar a tensão entre as teorias sociais dos estudiosos e as acepções ameríndias dos componentes-chave destas teorias. Além das divergentes formas de entender a alteridade, os organizadores chamam a atenção para as divergências em torno das noções de ação e “agência”, uma vez que a “teoria social” ameríndia pode incluir, no leque de agentes capazes de contribuir com ações transformadoras, agentes extra-humanos ou mesmo não-humanos. Versões anteriores de alguns dos trabalhos, como o de Carlos Fausto sobre canibalismo e cristianismo entre os Guarani, de Peter Gow sobre a identidade Cocama e de Aparecida Vilaça sobre o corpo War’i foram publicados em revistas brasileiras . (John Monteiro).
ATHIAS, Renato - org. Povos Indígenas de Pernambuco: identidade, diversidade e conflito. Recife: Ed. Universitária da UFPE, 2007, 242p . . Publicações Especiais do Programa de Pós-Graduação em Antropologia. O livro reúne pesquisas etnográficas realizadas junto ao Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Etnicidade, enfocando os povos indígenas de Pernambuco, com estudos específicos sobre os Pankararu, Pipipãs, Fulni-ô, Xukuru, Pankará e Atikum. Os temas são variados, abrangendo as organizações e lideranças indígenas, saúde, ritual, eleições, gênero e mestiçagem. As referências bibliográficas no fim do livro demonstram a vitalidade dos estudos nesta região . (John Monteiro).
BITTENCOURT, Libertad Borges. A Formação de um Campo Político na América Latina: as organizações indígenas no Brasil. Goiânia: Editora UFG, 2007, 227p . . O núcleo deste livro está no capítulo 3, que discorre sobre as organizações indígenas no Brasil, destacando o período posterior à Constituição de 1988, pois, segundo a autora, 90% das organizações foram criadas depois dessa data. Faz uma breve incursão pelo período anterior (anos 70 e 80) e enfoca de maneira relevante o papel de mediadores não indígenas na articulação do movimento. Utiliza um amplo leque de fontes e depoimentos ligados às associações . (John Monteiro).