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Imagem: Jean-Baptiste Debret.

Base John Monteiro

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PI HUGARTE, Renzo. Los Indios del Uruguay. Montevidéu: Ediciones de la Banda Oriental, 2007, 242p . . Publicado originalmente na Espanha em 1993, o livro apresenta uma síntese da presença histórica de povos indígenas no território que compõe o atual Uruguai, buscando contribuir subsídios para debates contemporâneos sobre a presença indígena nesse “país sem índios”. Extravasando as fronteiras para alcançar Rio Grande do Sul, por um lado, e algumas províncias argentinas contíguas, por outro, o autor enfoca de maneira especial os Charruas e os Guarani, colocando em questão o peso relativo de cada povo para a composição da população e cultura do Uruguai moderno. As notas biobibliográficas no fim do livro, bem como a bibliografia geral, são bastante úteis para conhecer fontes e pesquisas . (John Monteiro).
FREIRE, José Ribamar Bessa; MALHEIROS, Márcia Fernanda. Aldeamentos Indígenas no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Ed. UERJ, 2009, 100p . . Pensado inicialmente como um aporte didático, o livro ultrapassa essa limitação ao trazer um material original de pesquisa em arquivos realizada pela equipe do Programa de Estudos dos Povos Indígenas, da UERJ. O texto é curto porém contundente, buscando levantar questões e problemas quanto à presença indígena no Rio de Janeiro, entre os séculos XVI e XIX . (John Monteiro).
RATTS, Alex. Traços Étnicos: espacialidades e culturas negras e indígenas. Fortaleza: Museu do Ceará, 2009, 123p . . Coleção Outras Histórias – 56. Este pequeno livro reúne artigos escritos pelo autor entre 1992 e 2006, produzidos para jornais e revistas de organizações indígenas e quilombolas. Geógrafo e militante em apoio aos movimentos étnicos, o autor enfoca de maneira particular os movimentos etnopolíticos no Ceará, num esforço de aproximar a produção acadêmica ao saberes produzidos no interior dos movimentos sociais . (John Monteiro).
D'EVREUX, Yves. História das Coisas Mais Memoráveis Ocorridas no Maranhão nos Anos de 1613 e 1614. Rio de Janeiro: Fundação Darcy Ribeiro, 2009, 468p . . Tradução de Marcella Mortara. Como nos demais livros desta série, há poucas informações editoriais para ajudar a situar esta edição. Trata-se de uma tradução nova, bastante superior à tradução que costuma ser utilizada (de César Augusto Marques), baseada na edição crítica realizada por Ferdinand Denis em 1864, portanto a introdução e as notas (de Denis) refletem saberes superados desde há muito. Um breve ensaio de Mércio Gomes comenta o contexto da obra, que merece a atenção dos estudiosos pelas importantes observações sobre os povos indígenas da região do Maranhão, sobre as relações destes com os europeus e, por fim, sobre a missão em si . (John Monteiro).
ALMEIDA, Luiz Sávio de; SILVA, Amaro Hélio Leite da - orgs. Índios de Alagoas: cotidiano, terra e poder. Maceió: Edufal, 2009, 124p . . Série Índios do Nordeste: Temas e Problemas, 11. Este volume reúne sete estudos apresentados na Reunião Regional da SBPC em 2008, incluindo Amaro Leite da Silva sobre a resistência dos Geripankó, Jorge Luiz Gonzaga Vieira sobre a história dos Kalankó, Aldemir Barros sobre os Xucuru-Kariri sob o SPI e Ivan Soares Farias sobre memórias dos Xucuru-Kariri . (John Monteiro).
LADEIRA, Maria Inês. O Caminhar sob a Luz: Território Mbya à Beira do Oceano. São Paulo: Ed. Unesp/Fapesp, 2007, 199p . . Fruto de pesquisas e vivências realizadas entre 1979 e 1991, este livro foi apresentado como dissertação de mestrado em 1992. Grande parte do livro enfoca “os mitos e o modo de ser mbya”, porém inclui uma abordagem original sobre a história dos Mbya em território brasileiro, com destaque para a questão das migrações religiosas. Bartomeu Melià chama a atenção no prefácio para a ideia de que os episódios relatados nesse “registro etnográfico da década de 1980” hoje “se tornam etno-história”. Mas a atualidade do livro reside sobretudo no diálogo que a autora constrói com os índios, captado de maneira interessante por Davi da Silva Karaí Rataendy na orelha do livro: “Palavras que estão aqui pertenceram a muitas pessoas, muitos entre nós, que deixaram a sua sabedoria”. O texto é enriquecido por fotografias e desenhos feitos por índios . (John Monteiro).
HEMMING, John. Ouro Vermelho: A Conquista dos Índios Brasileiros. São Paulo: Edusp, 2007, 811p . . Tradução Carlos Eugênio Marcondes de Moura. Excelente tradução deste livro pioneiro, publicado originalmente em inglês em 1978. Apesar da ausência de um diálogo mais consistente com a historiografia colonial ou com a etnologia sul-americana, Hemming apresenta uma pesquisa bastante abrangente nas fontes impressas e uma narrativa empolgante, bem ao estilo de sua obra anterior sobre a conquista dos Incas. A importância do livro reside na abrangência da cobertura, porém falta a esta edição uma apresentação (como há nos outros volumes da série Clássicos), esclarecendo o contexto em que a obra foi produzida e o seu significado para os estudos indígenas. A tradução preserva a edição de 1978 quase integralmente, acrescido de algumas citações bibliográficas mais recentes (até o início dos anos 90). Se não há um esforço de atualização da obra à luz da revolução nos estudos sobre a história dos índios nos últimos anos, surge estranhamente uma alteração no anexo demográfico, em certo sentido amenizando a visão catastrófica e pessimista da edição original (na qual declarava que a população indígena daquela época seria menos de 100.000, obviamente reproduzindo as projeções de Darcy Ribeiro). Aparece uma cifra de 700.000 para a população atual (referência ao censo de 2000) . (John Monteiro).
DENIS, Ferdinand. Uma Festa Brasileira Celebrada em Rouen em 1550: Teogonia dos antigos povos do Brasil, um fragmento do século XVI. São Bernardo do Campo: Bazar das Palavras-Usina das Ideias, 2007, 233p . . Tradução do francês Júnia Guimarães Botelho. Tradução do tupi Eduardo de Almeida Navarro. Edição bilíngue com o original em francês e a tradução em português do livro editado em Paris em 1850, reproduz três documentos originalmente publicados por Denis: a breve Suntuosa Entrada, impresso anônimo de 1551 descrevendo a celebração em Rouen, que incluiu a representação de uma batalha entre os Tupinambá e os Tabajara; um fragmento antes inédito da Cosmografia de André Thevet sobre a teogonia tupi; e uma seleção de poemas em tupi, do jesuíta Cristóvão Valente, com nova tradução de Eduardo Navarro. Os apêndices incluem o termo de batismo de Catarina Paraguaçu, uma breve nota biográfica sobre Ferdinand Denis e uma bibliografia das obras escritas por Denis sobre o Brasil . (John Monteiro).
KERN, Arno Álvares; SANTOS, Maria Cristina; GOLIN, Tau - orgs. Povos Indígenas. Passo Fundo: Méritos, 2009, 559p . . História Geral do Rio Grande do Sul, vol. 5. Parte de uma história geral do Rio Grande do Sul sob a direção geral de Nelson Boeira e Tau Golin, a coletânea reúne 20 capítulos de historiadores, antropólogos e arqueólogos sobre um leque aberto de temas e problemas. Partindo da ideia de que “o Rio Grande do Sul não seria o que é social e culturalmente sem a sua parte indígena”, os autores abordam a presença e experiência dos Kaingang, Guarani, Charrua e Minuano em textos que combinam pesquisas originais e esforços de síntese. De especial interesse para a história indígena são os textos de Luís Fernando da Silva Laroque sobre a territorialidade kaingang; Rogério Gonçalves da Rosa sobre a lenda e mito do cacique Nonohay; Klaus Hilbert sobre Charruas e Minuanos entre a história e a “grife”; Jean Baptista sobre identidades étnicas nas missões; Eduardo Neumann sobre razão gráfica e cultura escrita nas reduções; Maria Cristina dos Santos sobre versões indígenas da história; José Otávio Catafesto de Souza e o mburuvixá José Cirilo Pires Morinico sobre relatos mbyá-guarani referentes às ruínas das missões; Vanderlise Machado Brandão sobre a escola guarani; e Lígia Simonian sobre a política de Brizola e a expropriação de terras indígenas no estado. O volume inclui mapas, ilustrações e uma bibliografia atualizada . (John Monteiro).
WITTMANN, Luisa Tombini. O Vapor e o Botoque: imigrantes alemães e índios Xokleng no Vale do Itajaí/SC (1850-1926). Florianópolis: Letras Contemporâneas, 2007, 268p . . Originalmente uma dissertação de mestrado, este livro narra, com maestria, as trajetórias de várias vidas tocadas pela envolvente história do contato entre os Xokleng e os imigrantes europeus que ocuparam o Vale do Itajaí a partir de meados do século XIX. De especial interesse para a história indígena, o Capítulo 3 introduz um quadro de “singulares relações interétnicas” ao acompanhar a vida de pessoas que foram adotadas ou raptadas, incorporando-se no mundo do outro. O último capítulo traz uma leitura inovadora das relações entre o encarregado do SPI Eduardo Hoerhann e os índios que integravam o Posto Indígena Duque de Caxias . (John Monteiro).