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Imagem: Jean-Baptiste Debret.
Base John Monteiro
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AMBROSETTI, Juan Bautista. Os Índios Kaingang de San Pedro (Missiones), com um vocabulário. Campinas: Curt Nimuendajú, 2006, 160p . . Tradução: Thiago Bolivar. Publicado originalmente em Buenos Aires em 1894, o livro do eminente folclorista e diretor do Museu Etnográfico recebe uma tradução anotada. Pouco explorado no Brasil – não há sequer um exemplar em bibliotecas no país, segundo Wilmar D’Angelis, em sua apresentação – o livro de Ambrosetti é fruto de uma viagem para a província de Misiones, na época território disputado com o Brasil na célebre “Questão de Palmas”. Portanto, o autor não se refere tão somente aos Kaingang na Argentina como também traz frequentes referências a comunidades situadas no lado brasileiro, no Paraná. Escrito para contribuir para o conhecimento das “tribos próximas da extinção”, o livro descreve algumas práticas observadas pelo autor e relata episódios e opiniões passadas pelo cacique Maidana, seu principal informante, inclusive para o vocabulário. Esta edição reproduz fotos e outras ilustrações da publicação original . (John Monteiro). |
VEIGA, Juracilda. Aspectos Fundamentais da Cultura Kaingang. Campinas: Curt Nimuendajú, 2006, 256p + CD. . Apresentado inicialmente na forma de dissertação de mestrado na Unicamp, este livro oferece um amplo estudo que, segundo o prefácio de Vanessa Lea, efetivamente coloca os Kaingang “no mapa etnográfico dos povos Jê”. O enfoque de fato é etnográfico porém o livro também traz informações históricas dos séculos XIX e XX, sobretudo em referência às aldeias do Xapecó. O CD inclui tabelas genealógicas de famílias Kaingang de Xapecó . (John Monteiro). |
SAMPAIO, Patrícia de Melo; ERTHAL, Regina de Carvalho - orgs. Rastros da Memória: Histórias e Trajetórias das Populações Indígenas na Amazônia. Manaus: Editora da Universidade Federal do Amazonas, 2006, 481p . . Fruto de um projeto integrado multidisciplinar, este livro reúne nove estudos originais, baseados em pesquisas documentais e num diálogo entre a história e a antropologia. O livro agrega, ainda, dois anexos documentais de grande utilidade, o primeiro oferecendo um repertório da legislação indigenista das províncias do Pará e Amazonas durante o Império, e o segundo reproduzindo uma seleção de ofícios manuscritos abordando as populações indígenas do Amazonas entre 1852 e 1865. Entre os estudos, destacam-se pela originalidade do material pesquisado os textos de Márcia de Souza e Mello sobre as ações de liberdade movidas por índios no Pará colonial; de Simei de Souza Torres sobre a negociação das fronteiras na esteira do Tratado de Santo Ildefonso; de Irma Rizzini sobre as crianças indígenas na Casa de Educandos Artífices em Manaus durante o II Reinado; de Patrícia Sampaio e Natália Albuquerque do Nascimento sobre os aportes demográficos das fontes eclesiásticas em Manaus imperial; e de Regina Erthal sobre a trajetória recente dos museus indígenas, com destaque para o Museu Magüta dos Ticuna . (John Monteiro). |
BRIENEN, Rebecca Parker. Visions of Savage Paradise: Albert Eckhout, Court Painter in Colonial Dutch Brazil. Amsterdã: Amsterdam University Press, 2006, 288p . . A partir de uma perspectiva de história da arte, este livro proporciona o primeiro estudo de fôlego sobre a vida e obra do artista que acompanhou Maurício de Nassau e que nos legou um dos mais penetrantes registros visuais do século XVII, notável pelo seu olhar etnográfico. Após reconstituir a biografia do artista, a autora apresenta uma densa análise dos desenhos de história natural e dos quadros monumentais que retratam indígenas, africanos e mestiços, com destaque para um estudo detalhado sobre os retratos dos Brasilianen (brasilianos ou Tupi) e dos Tapuia. Além de chamar a atenção para aspectos temáticos e estilísticos pouco notados em estudos anteriores, a autora também investe numa análise do contexto mais amplo no qual estas obras se inseriram, contexto esse envolvendo a circulação de imagens e objetos numa ampla rede de trocas e de acumulação de saberes coloniais. Ver também a obra desta autora na seção Catálogos de Exposições e Coleções . (John Monteiro). |
APOLINÁRIO, Juciene Ricarte. Os Akroá e Outros Povos Indígenas nas Fronteiras do Sertão: políticas indígena e indigenista no norte da Capitania de Goiás, atual Estado do Tocantins, século XVIII. Goiânia: Editora Kelps, 2006, 276p . . Fruto de uma tese de doutorado defendida na UFPE, o livro abarca a atribulada história dos povos indígenas que, no século XVIII, enfrentaram o avanço da presença colonial na região do rio Tocantíns. A autora traz inúmeros aportes documentais que permitem elucidar o protagonismo de homens e mulheres Akroá, Karajá e Xakriabá (entre outros) nos embates violentos, na negociação de acordos de paz e na constituição de um espaço colonial para os índios. É de grande interesse a utilização de textos e depoimentos de obscuros estadistas, de sertanistas semi-analfabetos e de outros personagens que ilustram o encontro nem sempre feliz entre a política indigenista de Lisboa e as práticas locais do sertão. O livro inclui mapas ilustrados, com destaque para um manuscrito da Biblioteca Pública de Évora que mostra representações pictóricas de índios e aldeias . (John Monteiro). |
ADAMS, Cristina; MURRIETA, Rui; NEVES, Walter - orgs. Sociedades Caboclas Amazônicas: modernidade e invisibilidade. São Paulo: Annablume, 2006, 362p . . Fruto de um evento interdisciplinar realizado na USP em 2002, esta coletânea enfoca, numa chave crítica e multidisciplinar, o “campesinato histórico” da Amazônia. Vários textos problematizam de maneira instigante a relação entre a categoria “caboclo” e as sociedades indígenas. Para a temática da história indígena, são de especial interesse as discussões teóricas de Stephen Nugent e Henyo Barreto, bem como os estudos que evocam mais explicitamente processos históricos, de William Balée (enfocando a ecologia histórica em referência ao Ka’apor), Décio Guzmán (sobre a mestiçagem no Rio Negro durante os séculos XVIII e XIX) e Mark Harris (sobre o “modo de ser no tempo” dos ribeirinhos mestiços) . (John Monteiro). |
MÜLLER, Nelci. Guarani e Jesuíta: Romance e história. Campinas: Curt Nimuendajú, 2012, 178p . . Originalmente uma dissertação de mestrado, o livro analiza cerca de 20 autores de ficção que tematizaram as relações entre índios e missionários no tempo das reduções (1609-1767). A autora explora três formas de tratamento da temática histórica na ficção regional: a paráfrase, o mito e a paródia . (John Monteiro). |