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Imagem: Jean-Baptiste Debret.
Base John Monteiro
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REIS, Arthur Cézar Ferreira. Lobo d’Almada: um Estadista Colonial. Manaus: Academia Amazonense de Letras, 2006, 302p . . Série Clássicos da Academia. Publicado originalmente em 1939, o livro traz um estudo biográfico do coronel Manoel da Gama Lobo d’Almada, governador da Capitania do Rio Negro e responsável pela demarcação de limites no final do século XVIII. Grande parte do livro é composta da transcrição de 154 cartas e ofícios escritos entre 1770 e 1800. Embora não seja o principal destaque da introdução, a presença indígena é constante nas correspondências, abrangendo as expedições relacionadas à demarcação dos limites, a participação nos corpos militares e a resistência dos Munduruku, entre outros temas . (John Monteiro). |
MANIZER, H. H. Os Kaingang de São Paulo. Campinas: Curt Nimuendajú, 2006, 64p . . Trad. Juracilda Veiga. Série Etnografia e História. Publicado originalmente nos anais do 23º Congresso de Americanistas em 1930, o estudo de Manizer registra, de maneira interessante, as observações feitas no posto do SPI que abrigava um grupo Kaingang no noroeste do estado de São Paulo em dezembro de 1914 e janeiro de 1915. A despeito de Manizer ter feito este estudo a partir da convicção do “desaparecimento iminente dessa tribo”, esta edição busca, de acordo com a apresentação da tradutora, colocar o texto de Manizer finalmente “nas mãos dos Kaingang de São Paulo e dos demais Kaingang, das áreas indígenas do sul do Brasil, que certamente nele encontrarão eco de suas experiências culturais”. De fato, conforme a tradutora coloca acertadamente na apresentação, o texto de Manizer proporciona um misto de “documento histórico” e “modelo de etnografia” . (John Monteiro). |
VIEIRA, Antônio. A Missão de Ibiapaba. Coimbra: Almedina, 2006, 223p . . Organização de António de Araújo. Edição bem apresentada do importante relato de Vieira (veja-se a anotação anterior), com um bom prefácio do ensaísta e crítico português Eduardo Lourenço . (John Monteiro). |
PINTO, Renan Freitas - org. O Diário do Padre Samuel Fritz. Manaus: EDUA/Faculdades Salesianas Dom Bosco, 2006, 272p . . Reedição da tradução feita por Rodolfo Garcia e publicada na Revista do IHGB em 1912, o relato é acompanhado por diversos estudos antigos e atuais que esclarecem diferentes aspectos da vida e obra do autor jesuíta. Traz também reproduções dos mapas do rio Amazonas feitos por Fritz em 1691 e 1707. Trata-se de uma fonte importante para a história indígena da Amazônia, com destaque para as informações a respeito do Solimões . (John Monteiro). |
ERIKSON, Philippe - org. La pirogue ivre: bières traditionnelles en Amazonie. Nanterre: Laboratoire d’Ethnologie et de Sociologie Comparative/Musée Français de la Brasserie, 2006, 146p . . Preparado como catálogo para acompanhar a exposição “Cervejas Tradicionais da Amazônia”, realizada no Musée Français de la Brasserie em Saint Nicolas-de-Port, na França, o volume traz um conjunto expressivo de pequenos artigos etnográficos e etno-históricos a respeito do lugar das bebidas alcoólicas fermentadas entre os povos indígenas da América do Sul contemporânea. Não podiam faltar, é claro, amplas referências e um estudo mais pontual (de Renato Sztutman) de fontes sobre os Tupinambá dos séculos XVI e XVII. Além de fotografias e ilustrações etnográficas, o livro inclui um breve anexo com trechos de materiais históricos, de Staden, Thevet e Léry a Crevaux, Nordenskiold e Métraux. O livro fecha com um conjunto de receitas – sem a advertência de não tentar fazer em casa – reunidas por pesquisadores em vários momentos diferentes . (John Monteiro). |
GAUDITANO, Rosa - org. Aldeias Guarani Mbya na Cidade de São Paulo/Nhandekuery mbya rekoa São Paulo tetã mbyte re. São Paulo: Studio RG e Associação Guarani Tenonde Porã, 2006, 79p . . Edição trilíngue português-guarani-inglês. Este livro acompanhou a exposição realizada na Caixa Cultural em 2006. Traz depoimentos de lideranças indígenas que relatam as origens das quatro aldeias mbyá existentes no município de São Paulo. De especial interesse é o depoimento do cacique Vera Popygua, de Tenonde Porã (Morro da Saudade), que oferece uma reinterpretação da presença histórica dos Guarani em terras paulistas. Além das belíssimas fotos feitas por Rosa Gauditano, o livro também inclui desenhos realizados por moradores destas aldeias . (John Monteiro). |
NEVES, Erivaldo Fagundo - org. Sertões da Bahia: formação social, desenvolvimento econômico, evolução política e diversidade cultural. Salvador: Editora Arcádia, 2011, 720p . . Obra preparada para uso de alunos de História da Bahia, este polpudo volume traz 19 estudos baseados sobretudo em pesquisas em arquivos, com destaque para alguns repositórios locais. A temática indígena espalha-se discretamente pelo livro porém emerge de forma mais concentrada no alentado estudo de Maria Hilda Baqueiro Paraíso sobre a presença e atuação de povos indígenas diante da abertura de caminhos nos sertões do leste, entre Bahia e Minas Gerais. Também de interesse especial é o texto de Isnara Pereira Ivo, sobre “trânsitos culturais” nos sertões mineiros e baianos nos séculos XVIII e XIX, mostrando as relações entre sertanistas e índios . (John Monteiro). |
PIÑÓN, Ana; FUNARI, Pedro Paulo A. A Temática Indígena na Escola: subsídios para os professores. São Paulo: Editora Contexto, 2011, 127p . . Destinado a “professores das escolas não indígenas”, trata-se de um livro paradidático que se mostra mais eficaz no manejo de conceitos e informações provenientes da arqueologia americanista do que dos debates atuais a respeito da história dos índios nas Américas. O livro traz uma discussão útil sobre a imagem dos índios ao longo da história, porém os índios surgem enquanto atores sociais e políticos apenas na conclusão, quando se faz uma referência rápida ao contexto da abertura política . (John Monteiro). |
KOCH-GRÜNBERG, Theodor. Do Roraima ao Orinoco: Observações de uma Viagem pelo Norte do Brasil e pela Venezuela durante os Anos de 1911 a 1913. São Paulo: Editora Unesp, 2006, 374p . . Trad. Cristina Alberts-Franco. Obra antes inédita em português, o relato de Koch-Grünberg é mais do que uma narrativa de viagem, pois fornece dados históricos e etnográficos de grande densidade, conforme apontam Nádia Farage e Paulo Santilli em sua excelente introdução à obra. Ao enfocar sobretudo os povos de língua Karib na região do rio Branco, o livro traz um importante exemplo da antropologia alemã do início do século XX, que elegeu as sociedades sul-americanas como campo privilegiado para explorar hipóteses sobre as origens e a difusão das línguas e culturas humanas. O livro inclui uma quantidade expressiva de fotografias de índios, de aldeias e de outros lugares percorridos pelo autor . (John Monteiro). |
VAINFAS, Ronaldo; SANTOS, Georgina Silva dos; NEVES, Guilherme Pereira das - orgs. Retratos do Império: trajetórias individuais no mundo português nos séculos XVI e XIX. Niterói: Editora da UFF, 2006, 438p . . Coletânea de 24 estudos biográficos, a maioria sobre temas relacionados à América Portuguesa. De interesse para a história indígena, destacam-se o texto de Maria Regina Celestino de Almeida sobre lideranças indígenas a partir do exemplo de Araribóia; o estudo de Iris Kantor sobre os escritores beneditinos Domingos Loreto Couto e Gaspar da Madre de Deus, que abordaram de maneira original o lugar dos índios na história da América; e o trabalho de Ronaldo Vainfas sobre o jesuíta renegado Manuel de Morais, cuja trajetória inclui a presença indígena em vários registros . (John Monteiro). |