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Imagem: Jean-Baptiste Debret.

Base John Monteiro

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GAUDITANO, Rosa - org. Aldeias Guarani Mbya na Cidade de São Paulo/Nhandekuery mbya rekoa São Paulo tetã mbyte re. São Paulo: Studio RG e Associação Guarani Tenonde Porã, 2006, 79p . . Edição trilíngue português-guarani-inglês. Este livro acompanhou a exposição realizada na Caixa Cultural em 2006. Traz depoimentos de lideranças indígenas que relatam as origens das quatro aldeias mbyá existentes no município de São Paulo. De especial interesse é o depoimento do cacique Vera Popygua, de Tenonde Porã (Morro da Saudade), que oferece uma reinterpretação da presença histórica dos Guarani em terras paulistas. Além das belíssimas fotos feitas por Rosa Gauditano, o livro também inclui desenhos realizados por moradores destas aldeias . (John Monteiro).
KOCH-GRÜNBERG, Theodor. Do Roraima ao Orinoco: Observações de uma Viagem pelo Norte do Brasil e pela Venezuela durante os Anos de 1911 a 1913. São Paulo: Editora Unesp, 2006, 374p . . Trad. Cristina Alberts-Franco. Obra antes inédita em português, o relato de Koch-Grünberg é mais do que uma narrativa de viagem, pois fornece dados históricos e etnográficos de grande densidade, conforme apontam Nádia Farage e Paulo Santilli em sua excelente introdução à obra. Ao enfocar sobretudo os povos de língua Karib na região do rio Branco, o livro traz um importante exemplo da antropologia alemã do início do século XX, que elegeu as sociedades sul-americanas como campo privilegiado para explorar hipóteses sobre as origens e a difusão das línguas e culturas humanas. O livro inclui uma quantidade expressiva de fotografias de índios, de aldeias e de outros lugares percorridos pelo autor . (John Monteiro).
UGARTE, Auxiliomar Silva. Sertões de Bárbaros: o mundo natural e as sociedades indígenas da Amazônia na visão dos cronistas ibéricos (séculos XVI-XVII). Manaus: Valer, 2009, 601p . . Originalmente tese de doutorado defendido na USP, o livro traz uma leitura minuciosa dos escritores coloniais, sobretudo espanhóis, que produziram textos sobre a Amazônia nos séculos XVI e XVII, tematizando a natureza edénica e a humanidade bárbara. Retoma questões de fundo sobre o imaginário textual referente à América do Sul, situando a Amazônia entre o paraíso e inferno . (John Monteiro).
VAINFAS, Ronaldo; SANTOS, Georgina Silva dos; NEVES, Guilherme Pereira das - orgs. Retratos do Império: trajetórias individuais no mundo português nos séculos XVI e XIX. Niterói: Editora da UFF, 2006, 438p . . Coletânea de 24 estudos biográficos, a maioria sobre temas relacionados à América Portuguesa. De interesse para a história indígena, destacam-se o texto de Maria Regina Celestino de Almeida sobre lideranças indígenas a partir do exemplo de Araribóia; o estudo de Iris Kantor sobre os escritores beneditinos Domingos Loreto Couto e Gaspar da Madre de Deus, que abordaram de maneira original o lugar dos índios na história da América; e o trabalho de Ronaldo Vainfas sobre o jesuíta renegado Manuel de Morais, cuja trajetória inclui a presença indígena em vários registros . (John Monteiro).
THEVET, André. A Cosmografia Universal de André Thevet, Cosmógrafo do Rei. Rio de Janeiro: Fundação Darcy Ribeiro, 2009, 190p . . Tradução e notas de Raul de Sá Barbosa. Infelizmente, não se trata da Cosmografia inteira e apenas dos 16 capítulos sobre a França Antártica, traduzidos para o português pela primeira vez. Publicada em 1575, a Cosmografia repete muitas das afirmações e informações publicadas anteriormente n’As Singularidades da França Antártica porém também oferece perspectivas diferentes sobre questões de religião, parentesco, alimentação e relações com os europeus. A introdução geral esclarece pouco sobre a obra e as notas são mais completas para alguns dos capítulos . (John Monteiro).
PROUS, André. O Brasil antes dos Brasileiros: a pré-história do nosso país. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2006, 141p . . Série Nova Biblioteca de Ciências Sociais. Este livro oferece uma excelente introdução às principais questões referentes ao povoamento e ocupação do território (hoje) brasileiro e à história da arqueologia no país. O autor traduz a sua experiência e erudição para um texto claro, conciso e, sobretudo, útil para pautar algumas das questões de fundo para a compreensão da história dos povos ameríndios . (John Monteiro).
MARTINS, Maria Cristina Bohn. Sobre Festas e Celebrações: as Reduções do Paraguai (séculos XVI e XVIII). Passo Fundo: UPF Editora, 2006, 256p . . Baseado na tese de doutorado da autora, este livro busca entender como os índios guarani vivenciaram a missão a partir de um enfoque singular, o da festa e das celebrações. Unindo uma leitura criativa das cartas e relatos jesuíticos a uma leitura cuidadosa da historiografia e etnografia referentes aos Guarani, a autora busca demonstrar que o encontro entre tradições distintas de festa produziu algo historicamente novo: “Em contato, as duas experiências [europeia e guarani] moldaram uma nova situação, na qual os motivos católicos (do Corpo de Cristo, da Morte e Ressurreição, dos Santos, da Virgem etc.) estiveram transpassados por práticas que abrigavam elementos muito expressivamente guaranis” (p. 232) . (John Monteiro).
POSSAMAI, Paulo. A Vida Quotidiana na Colónia do Sacramento (1715-1735): um bastião português em terras do futuro Uruguai. Lisboa: Ed. Livros do Brasil, 2006, 456p . . Versão revista da tese de doutorado do autor, este livro traz alguns elementos inéditos sobre o lugar dos índios Charrua, Minuano e Guarani no projeto expansionista português para o Prata. É de grande interesse também a curta exposição sobre a mão-de-obra indígena, oriunda sobretudo dos aldeamentos paulistas e fluminenses, nas obras da fortificação portuguesa na Colônia . (John Monteiro).
MONTAIGNE, Michel de. Dos Canibais. São Paulo: Alameda Casa Editorial, 2009, 80p . . Tradução e apresentação de Luiz Antonio Alves Eva. Organização de Plínio Junqueira Smith. Nova tradução do célebre ensaio do filósofo francês, escrito em 1578-79. Entre os saberes da antiguidade e as observações sobre a América reveladas no próprio século XVI, Montaigne realiza uma reflexão sobre a humanidade no Velho e Novo Mundo . (John Monteiro).
MACHADO, Maria Fátima Roberto. Museu Rondon: Antropologia e indigenismo na Universidade da Selva. Cuiabá: Editora Entrelinhas, 2009, 335p . . Muito mais do que uma história institucional, este livro reflete sobre a trajetória do Museu Rondon, criado em plena ditadura militar numa universidade que, desde o início, tinha um compromisso com os estudos indígenas. Baseado em documentos e depoimentos, o livro dedica uma parte muito interessante a “índios, indigenistas e antropólogos”, colocando em evidência a relação nem sempre tranquila entre antropologia e indigenismo no Brasil . (John Monteiro).