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Imagem: Jean-Baptiste Debret.

Base John Monteiro

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SMILJANIC, Maria Inês - org. Faces da Indianidade. Curitiba: Nexo Design, 2009, 290p . . Cobrindo um amplo leque temático, o livro reúne estudos produzidos por professores e alunos dos programas de pós-graduação em Antropologia Social da Universidade de Brasília e da Universidade Federal do Paraná. A primeira parte traz “Histórias do Contato” com textos sobre o povo Apiaká (Giovanna Tempesta), sobre o contato interétnico no rio Apaporís (Luís Cayón) e sobre índios e seringueiros no Alto Juruá (Paulo Roberto Homem de Góes). A segunda parte discute “Agencialidades”, com enfoque especial sobre projetos indígenas; a terceira enfoca “Políticas”; a quarta “Imagens”; o livro encerra com uma parte dedicada a pesquisas em andamento por alunos de graduação . (John Monteiro).
LIMA, Antonio Carlos de Souza. As Órbitas do Sítio: subsídios para o estudo da política indigenista no Brasil, 1910-1967. Rio de Janeiro: Contra Capa/LACED, 2009, 252p . . Originalmente produzido como um anexo à tese de doutorado do autor, este volume reproduz gráficos, tabelas, mapas, legislação, textos e quadros referentes à atuação do Serviço de Proteção aos Índios. De especial interesse é o “Quadro resumo das ações das unidades locais do SPI, 1911-1962”, compilado a partir de uma documentação variada, trazendo informações pontuais sobre incidentes e processos que marcaram a história do SPI em todas as regiões do país . (John Monteiro).
PEREIRA, Levi Marques. Os Terena de Buriti: formas organizacionais, territorialização e representação da identidade étnica. Dourados: Editora UFGD, 2009, 170p . . Produto decorrente de uma perícia judicial na Terra Indígena Buriti, no Mato Grosso do Sul, este livro busca situar os Terenas (e os estudos sobre os Terena) num contexto histórico e etnográfico, buscando identificar uma “civilidade terena”, na qual a “negociação” desempenha um papel de relevo . (John Monteiro).
CARNEIRO DA CUNHA, Manuela. Cultura com Aspas e Outros Ensaios. São Paulo: Cosac Naify, 2009, 440p . . Este livro reúne, de forma oportuna num único volume, 19 estudos e ensaios publicados entre 1973 e 2009, muitos dos quais são referências obrigatórias para qualquer aproximação à história indígena e do indigenismo no país. Agrupados em quatros seções (Olhares Indígenas; Olhares Indigenistas e Escravistas; Etnicidade, Indianidade e Política; Conhecimentos, Cultura e “Cultura”), os ensaios incluem, entre outros, o estudo seminal sobre o movimento messiânico canela de 1963; o artigo sobre vingança e temporalidade entre os Tupinambá (com E. Viveiros de Castro); o manifesto “Por uma História Indígena e do Indigenismo”; um texto sobre imagens de índios, contrastando as visões francesa e portuguesa; a instigante incursão na “guerra das relíquias” em que se explora os trajetos da memória no cruzamento entre o Velho e o Novo Mundo. Escritos com estilo refinado e inteligência afiada, os textos representam vários momentos em que a autora se debruçou sobre fontes históricas para abrir novos caminhos para a antropologia no Brasil . (John Monteiro).
KOCH-GRÜNBERG, Theodor. Do Roraima ao Orinoco: Observações de uma Viagem pelo Norte do Brasil e pela Venezuela durante os Anos de 1911 a 1913. São Paulo: Editora Unesp, 2006, 374p . . Trad. Cristina Alberts-Franco. Obra antes inédita em português, o relato de Koch-Grünberg é mais do que uma narrativa de viagem, pois fornece dados históricos e etnográficos de grande densidade, conforme apontam Nádia Farage e Paulo Santilli em sua excelente introdução à obra. Ao enfocar sobretudo os povos de língua Karib na região do rio Branco, o livro traz um importante exemplo da antropologia alemã do início do século XX, que elegeu as sociedades sul-americanas como campo privilegiado para explorar hipóteses sobre as origens e a difusão das línguas e culturas humanas. O livro inclui uma quantidade expressiva de fotografias de índios, de aldeias e de outros lugares percorridos pelo autor . (John Monteiro).
FRENCH, Jan Hoffman. Legalizing Identities: Becoming Black or Indian in Brazil’s Northeast. Chapel Hill: University of North Carolina Press, 2009, 247p . . A partir de uma pesquisa de campo realizada em 1998-2000, a autora analisa a construção de identidades indígenas e quilombolas em Sergipe. A autora introduz uma perspectiva da antropologia do direito e chega a conclusão de que o êxito das políticas identitárias nestes dois casos não passa pela prova de uma “autenticidade” de origem e sim pela articulação de múltiplos agentes em torno de uma relação com a legislação e com o conceito de justiça social . (John Monteiro).
PROUS, André. O Brasil antes dos Brasileiros: a pré-história do nosso país. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2006, 141p . . Série Nova Biblioteca de Ciências Sociais. Este livro oferece uma excelente introdução às principais questões referentes ao povoamento e ocupação do território (hoje) brasileiro e à história da arqueologia no país. O autor traduz a sua experiência e erudição para um texto claro, conciso e, sobretudo, útil para pautar algumas das questões de fundo para a compreensão da história dos povos ameríndios . (John Monteiro).
SANTOS, Ricardo Ventura dos; SILVA, Maria Celina Soares de Mello e - orgs. Inventário Analítico do Arquivo de Antropologia Física do Museu Nacional. Rio de Janeiro: Museu Nacional/UFRJ, 2006, 160p . . O inventário identifica a documentação textual, iconográfica e cartográfica do antigo Setor de Antropologia Física, abrangendo um período de meados do século XIX a 1960 e cobrindo “um conjunto de aproximadamente 10.000 documentos fundamentais para a compreensão da história da antropologia física no Brasil”. De interesse para a história indígena são, entre outros, as fotos de índios e de sítios arqueológicos indígenas; as fichas datiloscópicas com informações sobre indivíduos. Há ainda o livro de tombo da Divisão de Antropologia Física, cujos primeiros registros são de crânios de índios oriundos de aldeamentos do Império e de sítios arqueológicos . (John Monteiro).
MONTERO, Paula - org. Deus na Aldeia: missionários, índios e mediação cultural. São Paulo: Editora Globo, 2006, 583p . . Fruto de um projeto coletivo, este livro reúne 11 textos originais que oferecem uma leitura antropológica dos diversos aspectos do “encontro” entre missionários e índios. Vários capítulos lançam mão de documentos históricos e todos levam em consideração a dimensão histórica dos processo e eventos sob análise. Destacam-se o capítulo inicial da organizadora sobre o problema da “mediação cultural” nas abordagens antropológicas e historiográficas das relações entre missionários e “nativos”; o texto de Nicola Gasbarro trata da prática missionária ocidental à luz da história das religiões; Cristina Pompa discute a relação entre história e antropologia a partir da análise de narrativas missionárias e outros documentos históricos; Adone Agnolin avalia, através dos instrumentos de tradução dos jesuítas, a “gramática cultural, religiosa e linguística” do encontro nos espaços da doutrina e do ritual; Marta Amoroso estuda os escritos capuchinhos referentes à missão entre os Munduruku de Bacabal, no Tapajós, durante o Império; Marcos Rufino retraça o debate em torno da noção de “inculturação” na Igreja Católica e sobretudo no CIMI; Ronaldo de Almeida analisa o processo de “tradução cultural da religião evangélica”, apoiado em diferentes casos etnográficos; Artionka Capiberibe explora, ao longo de séculos, as “conversões” entre os Palikur, percorrendo o catolicismo missionário, o catolicismo “reinterpretado” e, por fim, o impacto das missões evangélicas; Aramis Luís Silva confronta dois projetos de “valorização cultural” entre os Bororo, um da iniciativa dos Salesianos, outro em parceria com uma ONG indígena; José Maurício Arruti amplia a noção de “conversão” através de seu estudo sobre o ritual do Toré no Nordeste, enfocando primeiro a atuação da Igreja Católica na década de 1970 e em seguida os passos que compõem o processo da “etnogênese”; no texto final, Melvina Araújo parte de uma descrição etnográfica da “performance ritual do Natal” numa maloca Macuxi para a análise da construção de um “código compartilhado” entre missionários e índios no que diz respeito ao que seria “tradicionalmente indígena” . (John Monteiro).
FORLINE, Louis; MURRIETA, Rui; VIEIRA, Ima. Amazônia Além dos 500 Anos. Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi, 2006, 566p . . O livro reúne estudos que foram apresentados no simpósio internacional e interdisciplinar “Amazônia 500 Anos”, realizado em Belém no ano de 2000. De especial interesse para a história indígena são os textos de Michael Heckenberger sobre a necessidade de entender os processos históricos xinguanos de maneira mais complexa; de Eduardo Neves sobre línguas, tradições orais e arqueologia como chaves para a compreensão da história indígena do Rio Negro; de Rafael Chambouleyron sobre as tensões e conflitos entre principais indígenas, jesuítas e autoridades no Maranhão e Pará durante o século XVII; e de Márcio Meira, que apresenta um estudo panorâmico e instigante das relações entre índios e brancos no Rio Negro . (John Monteiro).