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Imagem: Jean-Baptiste Debret.

Base John Monteiro

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AGNOLIN, Adone. O Apetite da Antropologia. O Sabor Antropofágico do Saber Antropológico: alteridade e identidade no caso tupinambá. São Paulo: Associação Editorial Humanitas, 2005, 403p . . Este livro surgiu da tese de doutorado do autor, apresentando uma densa exegese da documentação europeia sobre a antropofagia nas Américas, em especial entre os Tupinambá do litoral da América Portuguesa. Além de dialogar com a bibliografia etnológica e historiográfica, o autor discute a antropofagia não apenas como objeto em si mas sobretudo como uma chave para compreender diferentes discursos antropológicos em referência a um “outro” esvaziado de uma historicidade própria . (John Monteiro).
HEMMING, John. Tree of Rivers: the story of the Amazon. Londres: Thames and Hudson, 2008, 368p . . Tomando a história do rio como fio da narrativa, Hemming revisita os episódios e as tragédias relatadas em sua trilogia sobre os índios. De Iquitos à Ilha do Marajó, da pré-história aos projetos desenvolvimentistas, Hemming aborda a história do rio Amazonas com paixão e nostalgia, unindo décadas de estudo a uma vasta experiência como viajante. Se algumas partes evocam a sensação de déjà vu (ou, melhor, déjà lu), o livro não deixa de ser uma leitura informativa e interessante . (John Monteiro).
CHAMORRO, Graciela. Terra Madura Yvy Araguyje: fundamento da palavra guarani. Dourados: Editora UFGD, 2008, 368p . . Dedicado aos acadêmicos e acadêmicas guarani e kaiowá da Universidade Federal da Grande Dourados, o livro apresenta um amplo painel interpretativo da religião e religiosidade guarani. Afirma que os grupos guarani “não podem ser tomados como exemplo de um ‘cristianismo ameríndio’, mas sim contados entre as populações aborígines que mantêm uma relação marginal, embora cordial, com o cristianismo”. Para tanto, a autora conta com uma densa pesquisa documental, uma interlocução com narradores guarani e com sua própria experiência com a espiritualidade guarani ao longo dos anos . (John Monteiro).
AMANTINO, Marcia. O Mundo das Feras: os moradores do sertão oeste de Minas Gerais – século XVIII. São Paulo: Annablume, 2008, 262p . . Trata-se da tese de doutoramento da autora, que aborda os sertões de Minas colonial, com enfoque interessante sobre as populações indígenas e quilombolas. A pesquisa é bastante original e explora uma documentação manuscrita em acervos mineiros e cariocas. Inclui uma discussão muito interessante das relações entre comunidades indígenas e quilombolas, sugerindo de forma instigante que “as estruturas quilombolas se assemelhavam às organizações espaciais de aldeias indígenas” . (John Monteiro).
AMORIM, Maria Adelina. Os Franciscanos no Maranhão e Grão-Pará: missão e cultura na primeira metade de seiscentos. Lisboa: Centro de Estudos de História Religiosa/Universidade Católica Portuguesa, 2005, 373p . . Estudos de História Religiosa 2. A partir de uma ampla pesquisa documental em diversos arquivos portugueses, o livro analisa a contribuição dos franciscanos para o estabelecimento da presença portuguesa na Amazônia na primeira metade do século XVII. Inclui muitas informações sobre missões e relações com os índios. A autora destaca o papel do assim-chamado “Hércules da Capucha”, frei Cristóvão de Lisboa, que intercedeu a favor da liberdade dos índios diante dos abusos cometidos por colonos particulares e pelas autoridades portuguesas no Maranhão. O livro inclui ilustrações pouco conhecidas e um extenso anexo documental com vários documentos sobre as missões e sobre a defesa da liberdade, alguns inéditos, outros publicados anteriormente nos Anais da Biblioteca Nacional . (John Monteiro).
ANDRADE, Ugo Maia. Memória e Diferença: os Tumbalalá e as redes de trocas no submédio São Francisco. São Paulo: Humanitas, 2008, 391p . . A partir de uma pesquisa etnográfica e documental, o autor ambienta a discussão da etnogênese tumbalalá em redes de relações interétnicas e interindígenas, redes essas que se constituem e se transformam no tempo e na memória. O livro inclui um capítulo muito bom sobre o processo de ocupação colonial do sertão do São Francisco e as implicações deste processo para a configuração de identidades indígenas. Mostra que a emergência étnica é longe de ser uma invenção recente e oportunista, antes está articulada a mudanças no quadro de relações historicamente profundas . (John Monteiro).
AZEVEDO, João Lucio de. História de Antônio Vieira. São Paulo: Alameda, 2008, 492p . . 2 vols. Publicada originalmente em 1918, a reedição desta importante biografia de Vieira reproduz o texto da segunda edição revista de 1931. Dividida em capítulos cronológicos e temáticos, a biografia faz frequentes referências ao envolvimento de Vieira com os índios e com a política indigenista. É de especial interesse para a história dos índios o alentado capítulo “O Missionário, 1651-1661”, dando conta das viagens pelos rios da Amazônia e das disputas com os colonos em torno do cativeiro dos índios. O livro inclui apêndices documentais com vários documentos referentes aos índios . (John Monteiro).
CARVALHO, João Renôr Ferreira de. Resistência Indígena no Piauí Colonial: 1718-1774. Imperatriz: Ética, 2005, 130p . . Apoiado numa farta documentação do Arquivo Histórico Ultramarino, Arquivo Público do Estado do Pará e Arquivo Público do Estado do Maranhão, este estudo traz uma contribuição original e valiosa para a história colonial do Piauí. Dentre outros documentos analisados pelo autor, destacam-se o “Diário da Viagem de Regresso para o Reino” (1728), do governador João Maia da Gama, e o livro de “Assentos, Despachos e Sentenças da Junta das Missões”, ambos com importantes detalhes sobre os conflitos entre colonizadores e índios Timbira, Gueguê, Acroá-mirim e Acroá-guaçu ao longo do século XVIII. Inclui, em anexo, oito documentos inéditos da época estudada . (John Monteiro).
COELHO, Mauro Cezar et al - org. Meandros da História: trabalho e poder no Pará e Maranhão, séculos XVIII e XIX. Belém: UNAMAZ, 2005, 385p . . A coletânea inclui 19 artigos, muitos deles baseados em pesquisas originais em arquivos regionais. Sobre a temática indígena, destacam-se os estudos de Maria Regina Celestino de Almeida sobre o lugar dos índios na ocupação territorial da Capitania do Rio Negro; de Mauro Cezar Coelho, que realiza um balanço e sugere perspectivas para o estudo do Diretório dos Índios; de Patrícia de Melo Sampaio, que reavalia as implicações da Carta Régia de 1798, extinguindo o Diretório; de Eliane Cristina Lopes Soares sobre a constituição de uma economia camponesa na Ilha do Marajó, a partir da destruição das populações indígenas; e, finalmente, de Manoel de Jesus Barros Martins sobre a atuação do militar e escritor Francisco de Paula Ribeiro diante dos índios na exploração dos Sertões dos Pastos Bons no início do século XIX . (John Monteiro).
COSTIGAN, Lúcia Helena - org. Diálogos da Conversão: Missionários, Índios, Negros e Judeus no Contexto Ibero-Americano do Período Barroco. Campinas: Editora da Unicamp, 2005, 207p . . Esta coletânea reúne sete textos de historiadores, antropólogos e estudiosos da literatura, oferecendo análises de diferentes perspectivas sobre textos missionários. Sobre a temática indígena, destacam-se os textos de João Adolfo Hansen sobre a escrita, enfocando de maneira interessante o poema anchietano “Tupána Kuápa”; de Ronaldo Vainfas sobre a “demonização” das práticas religiosas Tupi; de Alcir Pécora sobre o lugar dos índios nos sermões de Vieira; e de Andréa Daher sobre as obras impressas referentes às iniciativas francesas na América do Sul, enfocando particularmente Léry e Abbeville . (John Monteiro).