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Imagem: Jean-Baptiste Debret.

Base John Monteiro

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HEMMING, John. Tree of Rivers: the story of the Amazon. Londres: Thames and Hudson, 2008, 368p . . Tomando a história do rio como fio da narrativa, Hemming revisita os episódios e as tragédias relatadas em sua trilogia sobre os índios. De Iquitos à Ilha do Marajó, da pré-história aos projetos desenvolvimentistas, Hemming aborda a história do rio Amazonas com paixão e nostalgia, unindo décadas de estudo a uma vasta experiência como viajante. Se algumas partes evocam a sensação de déjà vu (ou, melhor, déjà lu), o livro não deixa de ser uma leitura informativa e interessante . (John Monteiro).
ESPINDOLA, Haruf Salmen. Sertão do Rio Doce. Bauru: EDUSC, 2005, 492p . . O livro aborda a guerra de conquista na região do Rio Doce no século XIX, enfocando particularmente as motivações econômicas que estimularam o projeto de ocupação territorial. Bem documentado, o trabalho é menos sobre os índios propriamente ditos e mais sobre o impacto das políticas governamentais . (John Monteiro).
MOURA, Marlene Castro Ossami de. Os Tapuios do Carretão: etnogênese de um grupo indígena do Estado de Goiás. Goiânia: Editora da UCG, 2008, 368p . . Fruto de uma ampla pesquisa documental, historiográfica e etnográfica, este livro busca entender a etnogênese do grupo indígena denominado Tapuio, residente na Área Indígena Carretão. Ao buscar as raízes coloniais de um processo de etnificação envolvendo a fusão de quatro grupos distintos (Xavante, Xerente, Kaiapó e Javaé), a autora trabalha de maneira interessante o jogo político entre os processos históricos de “invisibilização” e “visibilização”. Dentre outros temas, é de especial interesse o trabalho realizado a partir de registros paroquiais do século XIX, mostrando diferentes inflexões nos casamentos interétnicos. Em anexo encontram-se exemplos destes documentos, além de mapas, plantas e fotografias . (John Monteiro).
SCHOEPF, Daniel. George Huebner, 1862-1935: Um fotógrafo em Manaus. São Paulo: Metalivros, 2005, 216p . . Não se trata, na verdade, de uma segunda edição mas sim da edição em português do catálogo de exposição publicado originalmente em francês pelo Museu de Etnografia de Genebra em 2000. O livro é excepcional, com um estudo pormenorizado deste fotógrafo praticamente esquecido e uma reprodução de fotos marcantes tiradas na Amazônia peruana, venezuelana e brasileira entre 1888 e 1920. Dentre os grupos retratados, figuram os Conibo, Piro, Shipibo, Campa, Cashibo, Ahuishiri, Makuxi, Wapixana e Canela. Além destas fotos inéditas, o livro também reúne um conjunto de cartas inéditas do fotógrafo a seu amigo o etnógrafo Theodor Koch-Grünberg, com detalhes interessantes sobre os Yauaperys (Waimiri-Atroari), sobre os trabalhos etnográficos no Rio Branco, sobre a investigação de Roger Casement nas propriedades de J. C. Araña e sobre a expedição Roosevelt-Rondon . (John Monteiro).
CORRÊA DO LAGO, Pedro; CORRÊA DO LAGO, Bia. Coleção Princesa Isabel: Fotografias do século XIX. São Paulo: Capivara, 2008, 432p . . O livro disponibiliza reproduções de uma coleção de mais de mil fotografias pertencentes à Princesa Isabel. Embora não seja um tema prioritário, a presença indígena está espalhada pelo livro, desde imagens da época da Exposição Antropológica no Rio de Janeiro (1882), aos retratos de dois sertanistas negros (Tenente Antônio José Duarte e Manoel Urbano de Encarnação) no final do Império, às fotos tiradas por Barbosa Rodrigues na Amazônia ocidental (1889), ao retrato de um jovem índio com roupa de marinheiro (c. 1890), aos retratos de índios feitos no estúdio de Teixeira e Vázquez (c. 1892) . (John Monteiro).
DEBRET, Jean-Baptiste. Les Indiens du Brésil: illustrations & commentaires de Jean-Baptiste Debret. Paris: Éditions Chandeigne, 2005, 151p . . Seleção e introdução de Jean-Paul Duviols. Por incrível que pareça, segundo o autor da introdução, a obra Voyage historique et pittoresque au Brésil (Paris, 1834) até hoje não viu uma segunda edição em francês. Este livro, editado com esmero, repete a fórmula do volume Rio de Janeiro, la ville métisse, neste caso extraindo da Voyage as litogravuras de Debret referentes aos índios, acompanhadas pelos comentários originais do autor-artista. O livro traz um pequeno anexo com um mapa, uma bibliografia de referência e uma lista das ilustrações . (John Monteiro).
TREECE, David. Exilados, Aliados, Rebeldes: o movimento indianista, a política indigenista e o estado-nação imperial. São Paulo: Edusp/Nankin, 2008, 352p . . Estudo inovador e de fôlego que situa o indianismo no contexto político e ideológico do seu tempo ao invés de considerá-lo uma mera abstração romântica, descolada dos problemas contemporâneos. O autor destaca o paradoxo entre o investimento de escritores, artistas e intelectuais numa “mitologia integracionista” e a história de “um processo destrutivo de prorporções genocidas”, paradoxo esse que chega a novas alturas no meio do século XIX, com a disjunção entre o indianismo (com inflexões diferentes, como aponta o autor) e a política indigenista imperial. Publicado originalmente em inglês em 2000, a edição brasileira traz alguns pequenos problemas de tradução . (John Monteiro).