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Imagem: Jean-Baptiste Debret.

Base John Monteiro

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EDWARDS, W. H. Voyage up the River Amazon Including a Residence at Para in 1846. Santa Barbara: The Narrative Press, 2004, 214p . . Série Historical Adventure and Exploration 94. Reedição da narrativa de viagem publicada pela primeira vez em 1847, o livro do norte-americano Edwards é um misto de relato de naturalista e texto promovendo a imigração estrangeira para a Amazônia. Estranhamente inédito em português, o relato inclui observações pontuais porém relevantes para a história dos índios, a despeito da pouca importância que o autor dá às populações abordadas e apesar de alguns equívocos decorrentes dos conhecimentos limitados que o autor mostra possuir. A edição não traz informações sobre o autor e a obra, além de cometer um erro grosseiro ao situar a viagem no fim da Guerra Civil americana, a qual terminou quase vinte anos mais tarde . (John Monteiro).
WIESEBRON, Marianne L. - org. Brazilië in de Nederlanse Archieven/O Brasil em Arquivos Neerlandeses (1624-1654). Leiden: Research School CNWS, 2004, 179p . . Série Mauritiana. Dividido em duas partes e apresentado em edição bilíngue, o livro abre com ensaios sobre os Países Baixos no século XVII e, na segunda parte, traz um breve arrolamento de fontes referentes ao Brasil Holandês no Arquivo Nacional e no Arquivo da Casa Real de Haia. Alguns dos mapas são muito bem reproduzidos ao final do texto . (John Monteiro).
BAPTISTA, Jean; SANTOS, Maria Cristina dos. As Ruínas: a crise entre o temporal e o eterno. São Miguel das Missões: Museu das Missões, 2010, 249p . . Dossiê Missões. O terceiro dossiê inclui uma parte da tese de doutorado de Maria Cristina dos Santos sobre as missões no período posterior à expulsão dos jesuítas na segunda metade do século XVIII. Baseado numa ampla pesquisa documental, esta parte demonstra os percalços da administração espanhola e dos índios na tentativa de reorganizar as comunidades, cada vez mais arruinadas. A segunda parte do livro, escrito por Jean Baptista, adentra o século XIX e acompanha o destino das ruínas de igrejas, das populações dispersas e dos objetos sagrados que ficaram das reduções . (John Monteiro).
GOMES, José Eudes. As Milícias d’El Rey: tropas militares e poder no Ceará setecentista. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2010, 359p . . Dissertação de mestrado vencedora do Prêmio Pronex/UFF Culturas Políticas, este livro aborda um tema de grande importância para a história dos índios, porém parcamente estudado: a estrutura e atuação de diferentes espécies de tropas militares nos processos de conquista, colonização e controle territorial na América portuguesa. Além de percorrer uma bibliografia ampla, o autor realizou uma pesquisa extensíssima em documentos impressos e manuscritos, enfocando de modo particular o Ceará. Enfoca de maneira original a participação e recompensa de tropas ameríndias, incluindo a identificação de doações de sesmarias a índios neste contexto. Inclui um bom número de mapas, tabelas, gráficos e ilustrações de interesse para a temática da história indígena . (John Monteiro).
CYMBALISTA, Renato. Sangue, Ossos e Terras: os mortos e a ocupação do território luso-brasileiro, séculos XVI e XVII. São Paulo: Alameda, 2010, 364p . . Originalmente uma tese de doutorado, este livro aborda a formação inicial da América portuguesa a partir de um enfoque singular, buscando mostrar a importância “das complexas relações entre o espaço dos vivos, dos mortos e a realidade territorial na época da expansão colonial”. A investigação percorre uma documentação familiar (registros de missionários), enriquecida por imagens sacras, hagiografias e gravuras impressas mostrando cenas de martírio. Ao evocar martírios, relíquias, crenças e práticas, o autor inevitavelmente confronta “diálogos e traduções entre a cultura católica e ameríndia”. Se os primeiros capítulos tratam de maneira instigante este horizonte de convergências no espaço colonial, o último – dedicado exclusivamente aos índios – parece redundante e algo fora do lugar . (John Monteiro).
OLIVEIRA, João Pacheco de - org. A Viagem da Volta: etnicidade, política e reelaboração cultural. Rio de Janeiro: Contra Capa/LACED, 2004, 363p . . Série Territórios Sociais, 2. Publicada originalmente em 1999, esta coletânea reúne oito estudos sobre o fenômeno de ressurgimento de identidades indígenas no Nordeste. Todos os textos problematizam, de uma maneira ou outra, a relação entre a história e os processos de afirmação étnica: o ensaio do organizador sobre a etnologia dos "índios misturados"; o estudo de Sidnei Peres sobre as terras indígenas sob o regime do SPI; Henyo Barreto Filho sobre os Tremembé; Rodrigo Grünewald sobre história, cultura e tradição na Serra do Umã; Sheila Brasileiro sobre terra e faccionalismo entre os Kiriri; Silvia Martins sobre as aldeias Xucuru-Kariri; José Maurício A. Arruti sobre a "árvore Pankararu"; e Carlos Guilherme do Valle sobre os Tremembé . (John Monteiro).
WOORTMANN, Klaas. O Selvagem e o Novo Mundo: Ameríndios, Humanismo e Escatologia. Brasília: Editora da UnB, 2004, 300p . . Conforme esclarece o autor na introdução, o livro é menos sobre os índios em si e mais “sobre os europeus que os construíram reflexivamente como selvagens para darem conta de si mesmos como civilizados”. Ao refletir sobre o pensamento europeu do século XVI através do topos ameríndio, o autor discute de maneira relevante não apenas a questão das “representações” como também a ideia da história que dava suporte às hipóteses sobre as origens e natureza do selvagem . (John Monteiro).
GRÜNBERG, Georg. Os Kaiabi do Brasil Central: história e etnografia. São Paulo: Instituto Socioambiental, 2004, 299p . . A publicação deste livro revela algo da história recente dos índios do Xingu e, ao mesmo tempo, a busca por parte das lideranças atuais por subsídios para uma história indígena do povo Kaiabi. Fruto de uma pesquisa de campo realizada em 1965-66, o texto foi apresentado como tese em etnologia e publicado em alemão na revista Archiv für Völkerkunde em Viena em 1970. O autor situa, no capítulo II, as fontes históricas sobre os Kaiabi, do século XVIII ao XX; no capítulo III, coteja as informações de meados dos anos de 1950 com as observações do período da pesquisa para aferir mudanças demográficas e territoriais. Esta edição inclui um posfácio escrito por Klinton Senra, Geraldo Mosimann da Silva e Simone Ferreira de Athayde trazendo dados atuais sobre os Kaiabi, o que permite mais um cotejo histórico com as observações e dados desta rica tese escrita há algumas décadas . (John Monteiro).
SOUSA, Gabriel Soares de. Tratado Descritivo do Brasil em 1587. São Paulo: Hedra, 2010, 418p . . Organização Fernanda Trindade Luciani. Edição de bolso desta que seria a maior das fontes sobre povos indígenas escritas no século XVI. A organizadora cotejou a primeira “edição castigada” feita por Varnhagen em 1851 com a edição de 1879 (publicada um ano após a morte de Varnhagen) e com uma versão manuscrita pertencente ao acervo da Biblioteca Guita e José Mindlin. Traz uma nova introdução, que faz uma leitura dos textos de Soares à luz de uma bibliografia atual. Além de conservar as notas e comentários de Varnhagen no fim do texto, a organizadora agrega notas informativas que ajudam no esclarecimento da terminologia empregada pelo autor e que apontam para diferenças entre o texto estabelecido por Varnhagen e o manuscrito da Biblioteca Mindlin . (John Monteiro).
GÂNDAVO, Pero de Magalhães. A Primeira História do Brasil: História da província de Santa Cruz a que vulgarmente chamamos Brasil. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2004, 207p . . Organização, introdução e notas de Sheila Moura Hue e Ronaldo Menegaz. Com base no texto impresso de 1576, esta edição “moderniza” o texto do gramático luso-flamengo, mexendo não apenas na ortografia e pontuação, como também na construção sintática, com o intuito de facilitar a leitura. Algumas das anotações são esclarecedoras, sobretudo no que diz respeito a informações botânicas e zoológicas, porém a parte que refere aos índios aproveita pouco dos grandes avanços na bibliografia dos últimos anos para elucidar as questões suscitadas pela leitura. A descrição do “gentio” (capítulos 10-12), com ênfase especial sobre o ritual antropofágico, proporciona uma leitura importante para o conhecimento da história dos índios na segunda metade do século XVI . (John Monteiro).