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Imagem: Jean-Baptiste Debret.
Base John Monteiro
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KOCH-GRÜNBERG, Theodor. Die Xingu-Expedition (1898-1900): ein Forschungstagebuch. Colônia: Böhlau, 2004, 503p . . Organizado por Michael Kraus. Transcrição e estabelecimento de texto dos diários de Koch-Grünberg durante a expedição realizada junto com Herrmann Meyer para o alto Xingu. Os diários dão conta de toda a viagem, desde a chegada em Buenos Aires nos últimos dias de 1898 até o regresso a Europa, nos primeiros dias de 1900. As anotações do etnógrafo ganham densidade no Xingu, com destaque para as observações referentes aos Bakairi. A edição inclui algumas vinhetas tiradas dos manuscritos, incluindo desenhos feitos pelos índios a pedido de Koch-Grünberg, além de dois encartes de fotografias, mostrando imagens interessantíssimas realizadas em Cuiabá. O volume tem um apêndice com artigos sobre a expedição e o etnógrafo, assinados por Anita Hermannstädter, Mark Münzel e Michael Kraus . (John Monteiro). |
COSTA, Anna Maria Ribeiro F. Moreira da. Wanintesu: um construtor do mundo Nambiquara. Recife: Editora Universitária UFPE, 2010, 612p . . Coleção Teses e Dissertações.Fruto de uma longa convivência e pesquisa em áreas indígenas, o livro aborda a história recente dos grupos Nambiquara que vivem na Chapada dos Parecis no Mato Grosso. Focado na figura do wanintesu (pajé), o estudo busca “perceber o conjunto de representações que os índios tecem sobre seu próprio passado”. Além das fontes orais, a autora também lança mão de um amplo repertório de mapas, documentos e de informações históricas e etnográficas de vários estudiosos, de Rondon e Roquette-Pinto a David Price, passando por Lévi-Strauss, Kalervo Oberg e Desidério Aytai. Inclui um glossário de termos nambiquara e um caderno de imagens com desenhos feitos por índios . (John Monteiro). |
WRIGHT, Robin - org. Transformando os Deuses, Volume II: igrejas evangélicas, pentecostais e neopentecostais entre os povos indígenas no Brasil. Campinas: Editora da Unicamp, 2004, 407p . . Dando continuidade ao item anterior, esta coletânea abrange 10 estudos originais, além de um ensaio geral do organizador, sobre a presença e o impacto das igrejas protestantes entre diferentes sociedades indígenas no Brasil. Além de documentar o fenômeno da proliferação destas igrejas, através de documentos das igrejas além de narrativas e depoimentos indígenas, vários capítulos também trazem aportes para algumas discussões que informam o debate em torno da história indígena. É interessante a exploração de diários e de outros registros feitos por missionários . (John Monteiro). |
ALMEIDA, Maria Regina Celestino de. Os Índios na História do Brasil. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2010, 167p . . Coleção FGV de Bolso, 15. Partindo do pressuposto de que a historiografia brasileira, tal qual construída a partir do século XIX, “apagou a história e as identidades de inúmeros povos indígenas”, este livro busca recolocar os povos indígenas na história colonial e pós-colonial do país. Ao deslocar os índios “dos bastidores ao palco”, a autora oferece uma síntese habilíssima da recente historiografia voltada para a temática indígena e chama a atenção para o desafio que enfrenta gerações futuras, pois “há ainda muitas histórias de índios para se escrever e contar” . (John Monteiro). |
ALMEIDA, Luiz Sávio de; SILVA, Christiano Barros Marinho da - orgs. Índios do Nordeste: temas e problemas 4. Maceió: Edufal, 2004, 203p . . Neste quarto número da série, há dois estudos de especial interesse para a temática da história indígena: de Ugo Maia Andrade sobre o processo de etnogênese Tumbalalá, no médio São Francisco; e de José Glebson Vieira, sobre os Potyguara da Baía da Traição . (John Monteiro). |
CHAMBOULEYRON, Rafael; ALONSO, José Luís Ruiz-Peinado - orgs. T(r)ópicos de História: gente, espaço e tempo na Amazônia (séculos XVII a XXI). Belém: Editora Açaí, 2010, 283p . . A coletânea reúne 15 trabalhos apresentados no 52º Congresso Internacional de Americanistas, abordando aspectos bastante diversos da história da Amazônia. Diferentes aspectos da história indígena e do indigenismo aparecem nos textos de José Alves de Souza Jr. (sobre o trabalho indígena), Fernando Torres Londoño (sobre missões jesuítas entre os Jebero e Cocama), Márcia Eliane Alves de Souza e Mello (sobre a Junta das Missões), Patrícia Melo Sampaio (sobre identidades de índios e brancos) e Odair Giraldin (sobre os povos indígenas no Tocantins) . (John Monteiro). |
FREIRE, José Ribamar Bessa. Rio Babel: a História das Línguas na Amazônia. Rio de Janeiro: Atlântica Editora/Editora da UERJ, 2004, 272p . . De forma pioneira e abrangente, o autor apresenta uma "história social das línguas na Amazônia num período de trezentos anos", percorrendo um rico manancial de fontes escritas. O livro aborda a transformação do quadro etnolinguístico, mostrando o processo de formação da língua geral e a introdução da língua portuguesa no contexto da diversidade linguística ameríndia. O autor salienta não apenas o papel do sistema de exploração da mão-de-obra na interação de línguas diversas, como também demonstra a importância das "políticas de línguas" dos missionários e do Estado nesta história. Por fim, o livro acompanha a trajetória da língua geral no século XIX, revelando um delicado quadro marcado tanto pela persistência localizada quanto pelo declínio geral face ao avanço do português . (John Monteiro). |
GRÜNBERG, Georg. Os Kaiabi do Brasil Central: história e etnografia. São Paulo: Instituto Socioambiental, 2004, 299p . . A publicação deste livro revela algo da história recente dos índios do Xingu e, ao mesmo tempo, a busca por parte das lideranças atuais por subsídios para uma história indígena do povo Kaiabi. Fruto de uma pesquisa de campo realizada em 1965-66, o texto foi apresentado como tese em etnologia e publicado em alemão na revista Archiv für Völkerkunde em Viena em 1970. O autor situa, no capítulo II, as fontes históricas sobre os Kaiabi, do século XVIII ao XX; no capítulo III, coteja as informações de meados dos anos de 1950 com as observações do período da pesquisa para aferir mudanças demográficas e territoriais. Esta edição inclui um posfácio escrito por Klinton Senra, Geraldo Mosimann da Silva e Simone Ferreira de Athayde trazendo dados atuais sobre os Kaiabi, o que permite mais um cotejo histórico com as observações e dados desta rica tese escrita há algumas décadas . (John Monteiro). |
PORTOCARRERA, José Afonso Botura. Tecnologia Indígena em Mato Grosso: habitação. Cuiabá: Editora Entrelinhas, 2010, 230p . . O livro apresenta um estudo de etnoarquitetura, enfocando o desenho das habitações de dez povos indígenas no Mato Grosso. Embora o foco principal recaia nas técnicas contemporâneas de construção das casas indígenas, o autor percorre de maneira interessante as observações e desenhos de viajantes e etnógrafos do passado, com destaque para Adrien Taunay, Hercule Florence, Wilhelm von den Steinen, Max Schmidt e Claude Lévi-Strauss, entre outros. O livro inclui um grande número de ilustrações . (John Monteiro). |
DIACON, Todd. Stringing Together a Nation: Cândido Mariano da Silva Rondon and the construction of a modern Brazil, 1906-1930. Durham: Duke University Press, 2004, 228p . . Baseado numa ampla pesquisa em arquivos, jornais e publicações oficiais, o livro estuda a trajetória de Rondon, do projeto de telégrafos à Revolução de 30. Ao relacionar as atividades de Rondon a um projeto de nacionalidade, o autor busca mostrar o caráter incompleto do processo, ressaltando a ineficácia e as contradições do projeto de integração dos sertões à nação. No capítulo sobre a política indigenista, critica com certa veemência a vertente "revisionista" de estudiosos que "denigram" a imagem de herói nacional e defensor romântico dos índios, imagem essa produzida por uma vertente "hagiográfica" ligada aos militares. O livro inclui uma seleção muito interessante de fotografias do acervo do Museu do Índio . (John Monteiro). |