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Imagem: Jean-Baptiste Debret.
Base John Monteiro
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GASPAR, Madu. Arte Rupestre no Brasil. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2003, 83p . . Série Descobrindo o Brasil. Trata-se de um pequeno resumo do estado atual do conhecimento referente aos grafismos rupestres presentes em várias regiões do país. A autora fornece informações sobre pesquisas recentes em seus esforços de contextualizar as imagens e de propor um quadro analítico para interpretar o domínio do simbólico expresso nos grafismos . (John Monteiro). |
ALMEIDA, Rita Heloísa de - org. Aldeamento do Carretão segundo os seus Herdeiros Tapuios: Conversas gravadas em 1980 e 1983. Brasília: Funai/CGDOC, 2003, 422p . . Este livro reproduz as entrevistas – na verdade, conforme explica a autora, conversas – realizadas com os habitantes do antigo aldeamento de Carretão ou Pedro III, em Goiás. Voltados inicialmente para informar a FUNAI sobre os conflitos na região e, em seguida, para subsidiar a dissertação de mestrado da autora, os levantamentos aqui apresentados fornecem detalhes bastante interessantes sobre a identidade étnica, sobre a história fundiária e sobre a memória. Além de depoimentos de Tapuios, também há entrevistas com posseiros e fazendeiros que contam outra história. O livro traz, ainda, um pequeno anexo documental . (John Monteiro). |
GARCIA, Wilson Galhego - org. Nhande Rembypy - Nossas Origens. São Paulo: Editora da Unesp, 2003, 770p . . Fruto subsidiário de uma pesquisa sobre o universo botânico dos Kaiowá, este livro reúne um grande número de cânticos, narrativas e depoimentos de índios enfocando sobretudo o tema da origem dos Kaiowá e de suas práticas culturais. Apesar de um índice temático abrangente, o livro é difícil de manusear e de apreciar. Há informações e perspectivas interessantes sobre a história dos Kaiowá, porém o organizador não deixa claro quem são os narradores, que ficam diluídos numa categoria geral de “informantes”. Ainda assim, conforme salienta Sílvia Carvalho na orelha do livro, a obra tem uma escala monumental que reflete a longa experiência do organizador entre os índios e, ademais, através da colaboração do tradutor Kaiowá Aniceto Ribeiro, a edição bilíngue contribui para colocar um material ao alcance de estudantes indígenas . (John Monteiro). |
TASSINARI, Antonella Maria Imperatriz. No Bom da Festa: o processo de construção cultural das famílias Karipuna do Amapá. São Paulo: Edusp, 2003, 413p . . Essencialmente uma etnografia dos Karipuna, este livro inclui uma problematização da história indígena, em dois sentidos: primeiro, na utilização de "dados históricos" sobre a região do Uaçá para mostrar como a dinâmica das relações interétnicas forneceu as condições para a configuração de identidades étnicas e para a manutenção de uma relativa autonomia dos povos indígenas; segundo, na utilização de histórias de vida e testemunhos indígenas para compreender como os Karipuna construíram concepções acerca da categoria de "misturados", a qual caracteriza a sua singularidade. O livro é muito bem ilustrado, não apenas com fotografias etnográficas contemporâneas mas também com algumas imagens antigas, inclusive do livro de viagem de Jean Mocquet (1617), com uma ilustração de mulheres Karipuna . (John Monteiro). |
ALMEIDA, Maria Regina Celestino de. Metamorfoses Indígenas: identidade e cultura nas aldeias coloniais do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2003, 301p . . Obra vencedora do Prêmio Arquivo Nacional de Pesquisa em 2001, este livro apresenta uma ampla pesquisa documental, a partir da qual a autora tece uma abordagem inovadora da história dos índios no Rio de Janeiro colonial. O enfoque recai no papel das lideranças nativas, na inserção dos índios aldeados no sistema de trabalho colonial, nas disputas em torno das terras e na busca de uma identidade indígena num contexto de mudanças profundas . (John Monteiro). |
BARROS, Edir Pina de. Os Filhos do Sol. História e cosmologia na organização social de um povo Karib: os Kurâ-Bakairi. São Paulo: Edusp, 2003, 385p . . Fruto de uma longa convivência da autora entre os Bakairi no Mato Grosso, esta etnografia versa mais sobre a cosmologia e a organização social do que sobre a história. Ainda assim, o primeiro capítulo apresenta informações muito ricas retiradas de fontes históricas diversificadas, dos relatos coloniais, à documentação do Império, aos relatos da expedição de Karl von den Steinen (1884), aos relatórios do SPI . (John Monteiro). |
BELLUZZO, Ana Maria de Moraes et al. Do Contato ao Confronto: A conquista de Guarapuava no século XVIII. São Paulo: BNP Paribas, 2003, 144p . . Edição requintada das estampas da Coleção Beatriz e Mário Pimenta Camargo, uma série de aquarelas atribuídas a Joaquim José Miranda, retratando cenas de contato entre uma expedição portuguesa e índios Kaingang no sertão do Tibagi, atual Paraná, por volta de 1770. Além da reprodução definitiva das aquarelas, o livro inclui artigos de Marta Rosa Amoroso, Nicolau Sevcenko, Ana Maria Belluzzo e Valéria Piccoli. Edição bilíngue português-francês . (John Monteiro). |
FERNANDES, João Azevedo. De Cunhã a Mameluca: a mulher tupinambá e o nascimento do Brasil. João Pessoa: Editora UFPB, 2003, 303p . . Ao transitar entre a etnologia e a história, o autor produz uma monografia marcada sobretudo pela originalidade na abordagem crítica dos inícios da mestiçagem no Brasil. O livro desloca o foco para as mulheres tupinambás enquanto protagonistas de uma história de relações que devem, segundo o autor, ser analisadas a partir de um "paradigma interétnico". Para tanto, realiza uma ampla reavaliação crítica dos estudos históricos e etnológicos à luz de uma releitura de relatos e fontes coloniais dos mais variados. A riqueza deste trabalho só é empobrecida pela baixa qualidade editorial do livro . (John Monteiro). |
GANSON, Barbara. The Guarani Under Spanish Rule in the Río de la Plata. Austin: University of Texas Press, 2003, 290p . . Apesar da abrangência do título, o livro trata menos das missões espanholas e mais sobre o período após a expulsão dos jesuítas dos territórios espanhóis em 1767. A autora introduz uma pesquisa bastante original e densa, destacando-se a documentação evocativa das vozes e das ações dos Guarani, não se atendo apenas às lideranças. O trabalho trava um diálogo entre a etnologia e a história, situando-se numa rica tradição de estudos sobre as áreas de fronteiras coloniais. Embora o enfoque seja sobre a América Espanhola, o livro acrescenta informações e perspectivas sobre episódios envolvendo colonos e índios da América Portuguesa, incluindo as expedições paulistas, a chamada Guerra Guaranítica e a incorporação dos Sete Povos ao lado português da fronteira . (John Monteiro). |
HEMMING, John. If You Must: Brazilian Indians in the twentieth century. Londres: MacMillan, 2003, 855p . . Terceiro livro da trilogia que começou com Red Gold (1978) e passou por Amazon Frontier (1987), oferecendo uma cobertura ampla da história dos índios no Brasil desde 1500. A exemplo dos volumes anteriores, o autor se vale de anos de pesquisa e apresenta uma impressionante quantidade de informações. Como sugere o título ("Morrer se preciso for"), este livro não apenas começa com a saga rondoniana como também se inspira nesta vertente do indigenismo, dando um amplo destaque para as ações de sertanistas como os irmãos Villas-Bôas e para as situações de primeiro contato com "índios isolados". Diferentemente dos livros anteriores, este mostra um aproveitamento maior da etnologia contemporânea e vê os índios mais como protagonistas do que vítimas da história . (John Monteiro). |