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Imagem: Jean-Baptiste Debret.
Base John Monteiro
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ARAÚJO, Melvina. Corpo à Alma: missionários da Consolata e índios Macuxi em Roraima. São Paulo: Humanitas, 2003, 248p . . Apresentado originalmente como tese de doutorado em Antropologia, o livro enfoca a configuração cultural resultante das relações entre missionários do Instituto Consolata para Missões Estrangeiras e seus interlocutores Macuxi, de meados do século XX ao início do XXI. Pensado na linha que toma a “mediação cultural” como foco de análise, a pesquisa é especialmente reveladora ao tratar da interface entre as concepções etiológicas dos índios e as práticas missionárias no tratamento de doenças, levando a uma interessante discussão do movimento das concepções de pessoa, corpo e alma neste contexto transcultural . (John Monteiro). |
LOPES, Fátima Martins. Índios, Colonos e Missionários na Colonização da Capitania do Rio Grande do Norte. Mossoró: Fundação Vingt-un Rosado/IHGRN, 2003, 301p . . Coleção Mossoroense 1379. Trata-se de uma excelente dissertação de mestrado, vencedora do Prêmio Janduí/Potiguaçu em 1997, publicada sem grandes revisões. Baseado numa pesquisa abrangente em arquivos portugueses e potiguares, este é um dos primeiros resultados mais expressivos de uma pesquisa ligada ao Projeto Resgate. O estudo abrange o longo período de meados do século XVI a meados do XVIII, introduzindo uma enorme quantidade de informações inéditas sobre a atuação dos índios diante dos projetos de colonização, conquista e aldeamento. Em anexo, a autora transcreve 27 documentos na íntegra . (John Monteiro). |
ROCHA, Leandro Mendes. A Política Indigenista no Brasil: 1930-1967. Goiânia: Editora UFG, 2003, 267p . . Ex-funcionário da FUNAI, onde trabalhou com a documentação textual e iconográfica do SPI pertencente ao Departamento de Documentação (DEDOC/FUNAI), o autor apresentou uma versão original deste livro como tese de doutorado na Universidade de Paris III. Organizado tematicamente para dar conta de diferentes dimensões da política indigenista ao longo do período abordado, o livro busca entender essa política dentro do contexto mais abrangente de “modernização autoritária”, embora mantendo em mente a variação regional da aplicação de políticas federais. Para tanto, dedica os últimos capítulos a casos específicos, tais como os Tikuna, Tiriyó, Tuxá e Fulniô. Inclui fotos e mapas, tirados sobretudo dos relatórios impressos do SPI . (John Monteiro). |
BAPTISTA, Jean; SANTOS, Maria Cristina dos. As Ruínas: a crise entre o temporal e o eterno. São Miguel das Missões: Museu das Missões, 2010, 249p . . Dossiê Missões. O terceiro dossiê inclui uma parte da tese de doutorado de Maria Cristina dos Santos sobre as missões no período posterior à expulsão dos jesuítas na segunda metade do século XVIII. Baseado numa ampla pesquisa documental, esta parte demonstra os percalços da administração espanhola e dos índios na tentativa de reorganizar as comunidades, cada vez mais arruinadas. A segunda parte do livro, escrito por Jean Baptista, adentra o século XIX e acompanha o destino das ruínas de igrejas, das populações dispersas e dos objetos sagrados que ficaram das reduções . (John Monteiro). |
GOMES, José Eudes. As Milícias d’El Rey: tropas militares e poder no Ceará setecentista. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2010, 359p . . Dissertação de mestrado vencedora do Prêmio Pronex/UFF Culturas Políticas, este livro aborda um tema de grande importância para a história dos índios, porém parcamente estudado: a estrutura e atuação de diferentes espécies de tropas militares nos processos de conquista, colonização e controle territorial na América portuguesa. Além de percorrer uma bibliografia ampla, o autor realizou uma pesquisa extensíssima em documentos impressos e manuscritos, enfocando de modo particular o Ceará. Enfoca de maneira original a participação e recompensa de tropas ameríndias, incluindo a identificação de doações de sesmarias a índios neste contexto. Inclui um bom número de mapas, tabelas, gráficos e ilustrações de interesse para a temática da história indígena . (John Monteiro). |
SCHWARTZ, Stuart B. Da América Portuguesa ao Brasil. Lisboa: Difel, 2003, 324p . . Trad. Nuno Mota. O livro reúne vários artigos, antes inéditos em português, incluindo o clássico estudo do trabalho indígena na grande lavoura e o texto sobre a formação de uma identidade colonial no Brasil, comentando de maneira interessante o lugar do passado indígena no discurso dos genealogistas e memorialistas na segunda metade do século XVIII. Também vale a pena ler o ensaio bibliográfico que compõe o último capítulo do livro, pois coloca muito bem o contexto historiográfico no qual se pode situar os estudos sobre os índios na América Portuguesa . (John Monteiro). |
CYMBALISTA, Renato. Sangue, Ossos e Terras: os mortos e a ocupação do território luso-brasileiro, séculos XVI e XVII. São Paulo: Alameda, 2010, 364p . . Originalmente uma tese de doutorado, este livro aborda a formação inicial da América portuguesa a partir de um enfoque singular, buscando mostrar a importância “das complexas relações entre o espaço dos vivos, dos mortos e a realidade territorial na época da expansão colonial”. A investigação percorre uma documentação familiar (registros de missionários), enriquecida por imagens sacras, hagiografias e gravuras impressas mostrando cenas de martírio. Ao evocar martírios, relíquias, crenças e práticas, o autor inevitavelmente confronta “diálogos e traduções entre a cultura católica e ameríndia”. Se os primeiros capítulos tratam de maneira instigante este horizonte de convergências no espaço colonial, o último – dedicado exclusivamente aos índios – parece redundante e algo fora do lugar . (John Monteiro). |
VIEIRA, Antônio. Cartas do Brasil. São Paulo: Hedra, 2003, 675p . . Organização e introdução de João Adolfo Hansen. Edição brasileira de uma seleção das cartas constantes da compilação em três volumes feita por João Lúcio de Azevedo entre 1925 e 1928 (republicados em Lisboa em 1997). Acrescenta-se uma excelente introdução de João Adolfo Hansen junto com algumas notas esclarecedoras que complementam as de Azevedo. As cartas abrangem o período de 1626 a 1697 e estão divididas em três partes, por destinatários: cartas a outros jesuítas, cartas à Corte e cartas a particulares. Várias cartas tratam dos índios (há, inclusive, uma carta que responde à missiva do Principal Guaquaíba), porém é necessário percorrer o volume com paciência, por falta de um índice detalhado . (John Monteiro). |
ALMEIDA, Maria Regina Celestino de. Metamorfoses Indígenas: identidade e cultura nas aldeias coloniais do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2003, 301p . . Obra vencedora do Prêmio Arquivo Nacional de Pesquisa em 2001, este livro apresenta uma ampla pesquisa documental, a partir da qual a autora tece uma abordagem inovadora da história dos índios no Rio de Janeiro colonial. O enfoque recai no papel das lideranças nativas, na inserção dos índios aldeados no sistema de trabalho colonial, nas disputas em torno das terras e na busca de uma identidade indígena num contexto de mudanças profundas . (John Monteiro). |
SOUSA, Gabriel Soares de. Tratado Descritivo do Brasil em 1587. São Paulo: Hedra, 2010, 418p . . Organização Fernanda Trindade Luciani. Edição de bolso desta que seria a maior das fontes sobre povos indígenas escritas no século XVI. A organizadora cotejou a primeira “edição castigada” feita por Varnhagen em 1851 com a edição de 1879 (publicada um ano após a morte de Varnhagen) e com uma versão manuscrita pertencente ao acervo da Biblioteca Guita e José Mindlin. Traz uma nova introdução, que faz uma leitura dos textos de Soares à luz de uma bibliografia atual. Além de conservar as notas e comentários de Varnhagen no fim do texto, a organizadora agrega notas informativas que ajudam no esclarecimento da terminologia empregada pelo autor e que apontam para diferenças entre o texto estabelecido por Varnhagen e o manuscrito da Biblioteca Mindlin . (John Monteiro). |