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Imagem: Jean-Baptiste Debret.
Base John Monteiro
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ALMEIDA, Rita Heloísa de - org. Aldeamento do Carretão segundo os seus Herdeiros Tapuios: Conversas gravadas em 1980 e 1983. Brasília: Funai/CGDOC, 2003, 422p . . Este livro reproduz as entrevistas – na verdade, conforme explica a autora, conversas – realizadas com os habitantes do antigo aldeamento de Carretão ou Pedro III, em Goiás. Voltados inicialmente para informar a FUNAI sobre os conflitos na região e, em seguida, para subsidiar a dissertação de mestrado da autora, os levantamentos aqui apresentados fornecem detalhes bastante interessantes sobre a identidade étnica, sobre a história fundiária e sobre a memória. Além de depoimentos de Tapuios, também há entrevistas com posseiros e fazendeiros que contam outra história. O livro traz, ainda, um pequeno anexo documental . (John Monteiro). |
COSTA, Anna Maria Ribeiro F. Moreira da. Wanintesu: um construtor do mundo Nambiquara. Recife: Editora Universitária UFPE, 2010, 612p . . Coleção Teses e Dissertações.Fruto de uma longa convivência e pesquisa em áreas indígenas, o livro aborda a história recente dos grupos Nambiquara que vivem na Chapada dos Parecis no Mato Grosso. Focado na figura do wanintesu (pajé), o estudo busca “perceber o conjunto de representações que os índios tecem sobre seu próprio passado”. Além das fontes orais, a autora também lança mão de um amplo repertório de mapas, documentos e de informações históricas e etnográficas de vários estudiosos, de Rondon e Roquette-Pinto a David Price, passando por Lévi-Strauss, Kalervo Oberg e Desidério Aytai. Inclui um glossário de termos nambiquara e um caderno de imagens com desenhos feitos por índios . (John Monteiro). |
TASSINARI, Antonella Maria Imperatriz. No Bom da Festa: o processo de construção cultural das famílias Karipuna do Amapá. São Paulo: Edusp, 2003, 413p . . Essencialmente uma etnografia dos Karipuna, este livro inclui uma problematização da história indígena, em dois sentidos: primeiro, na utilização de "dados históricos" sobre a região do Uaçá para mostrar como a dinâmica das relações interétnicas forneceu as condições para a configuração de identidades étnicas e para a manutenção de uma relativa autonomia dos povos indígenas; segundo, na utilização de histórias de vida e testemunhos indígenas para compreender como os Karipuna construíram concepções acerca da categoria de "misturados", a qual caracteriza a sua singularidade. O livro é muito bem ilustrado, não apenas com fotografias etnográficas contemporâneas mas também com algumas imagens antigas, inclusive do livro de viagem de Jean Mocquet (1617), com uma ilustração de mulheres Karipuna . (John Monteiro). |
WHITEHEAD, Neil L. - org. Histories and Historicities in Amazonia. Lincoln: University of Nebraska Press, 2003, 236p . . Nesta coletânea de estudos originais enfocando sobretudo o norte da Amazônia, os autores apresentam uma rica discussão da história e das historicidades indígenas, lançando mão de uma documentação variada e de narrativas orais. Segundo o organizador, um dos objetivos dos ensaios é de mostrar como diferentes aspectos ligados à cultura e à natureza podem contribuir para a formação de uma consciência histórica. Além da introdução de Whitehead, são de especial interesse os estudos de Nádia Farage sobre uma rebelião entre os Wapishana da Guiana e seus desdobramentos no Brasil; de Silvia Vidal sobre a “cartografia ameríndia” no Noroeste da Amazônia, mostrando como a memória e a história podem ser inscritas na paisagem física; de Loretta Cormier sobre a historicidade Guajá (Maranhão), buscando mostrar como os Guajá recriam e transformam eventos do passado mediante rituais e sonhos; e um estudo sobre o papel da aguardente na colonização do Orenoco, de Franz Scaramelli e Kay Tarble . (John Monteiro). |
ALMEIDA, Maria Regina Celestino de. Os Índios na História do Brasil. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2010, 167p . . Coleção FGV de Bolso, 15. Partindo do pressuposto de que a historiografia brasileira, tal qual construída a partir do século XIX, “apagou a história e as identidades de inúmeros povos indígenas”, este livro busca recolocar os povos indígenas na história colonial e pós-colonial do país. Ao deslocar os índios “dos bastidores ao palco”, a autora oferece uma síntese habilíssima da recente historiografia voltada para a temática indígena e chama a atenção para o desafio que enfrenta gerações futuras, pois “há ainda muitas histórias de índios para se escrever e contar” . (John Monteiro). |
BARROS, Edir Pina de. Os Filhos do Sol. História e cosmologia na organização social de um povo Karib: os Kurâ-Bakairi. São Paulo: Edusp, 2003, 385p . . Fruto de uma longa convivência da autora entre os Bakairi no Mato Grosso, esta etnografia versa mais sobre a cosmologia e a organização social do que sobre a história. Ainda assim, o primeiro capítulo apresenta informações muito ricas retiradas de fontes históricas diversificadas, dos relatos coloniais, à documentação do Império, aos relatos da expedição de Karl von den Steinen (1884), aos relatórios do SPI . (John Monteiro). |
CHAMBOULEYRON, Rafael; ALONSO, José Luís Ruiz-Peinado - orgs. T(r)ópicos de História: gente, espaço e tempo na Amazônia (séculos XVII a XXI). Belém: Editora Açaí, 2010, 283p . . A coletânea reúne 15 trabalhos apresentados no 52º Congresso Internacional de Americanistas, abordando aspectos bastante diversos da história da Amazônia. Diferentes aspectos da história indígena e do indigenismo aparecem nos textos de José Alves de Souza Jr. (sobre o trabalho indígena), Fernando Torres Londoño (sobre missões jesuítas entre os Jebero e Cocama), Márcia Eliane Alves de Souza e Mello (sobre a Junta das Missões), Patrícia Melo Sampaio (sobre identidades de índios e brancos) e Odair Giraldin (sobre os povos indígenas no Tocantins) . (John Monteiro). |
HEMMING, John. If You Must: Brazilian Indians in the twentieth century. Londres: MacMillan, 2003, 855p . . Terceiro livro da trilogia que começou com Red Gold (1978) e passou por Amazon Frontier (1987), oferecendo uma cobertura ampla da história dos índios no Brasil desde 1500. A exemplo dos volumes anteriores, o autor se vale de anos de pesquisa e apresenta uma impressionante quantidade de informações. Como sugere o título ("Morrer se preciso for"), este livro não apenas começa com a saga rondoniana como também se inspira nesta vertente do indigenismo, dando um amplo destaque para as ações de sertanistas como os irmãos Villas-Bôas e para as situações de primeiro contato com "índios isolados". Diferentemente dos livros anteriores, este mostra um aproveitamento maior da etnologia contemporânea e vê os índios mais como protagonistas do que vítimas da história . (John Monteiro). |
MONTEIRO, Maria Elizabeth Brêa - org. Levantamento Histórico sobre os Índios Guarani Kaiwá. Rio de Janeiro: Museu do Índio/FUNAI, 2003, 180p . . Coleção Fragmentos da História do Indigenismo. Trabalho elaborado em 1981 para subsidiar o departamento da FUNAI encarregado de demarcar terras indígenas, este Levantamento Histórico inclui um pequeno estudo preliminar baseado na leitura de fontes e na bibliografia disponível na época. São de grande relevância e utilidade os anexos, trazendo cópias facsimilares de documentos dos séculos XIX e XX, destacando-se o relatório de Genésio Pimentel Barbosa, de 1927, com várias fotografias e informes sobre as atividades realizadas nesse ano . (John Monteiro). |
PORTOCARRERA, José Afonso Botura. Tecnologia Indígena em Mato Grosso: habitação. Cuiabá: Editora Entrelinhas, 2010, 230p . . O livro apresenta um estudo de etnoarquitetura, enfocando o desenho das habitações de dez povos indígenas no Mato Grosso. Embora o foco principal recaia nas técnicas contemporâneas de construção das casas indígenas, o autor percorre de maneira interessante as observações e desenhos de viajantes e etnógrafos do passado, com destaque para Adrien Taunay, Hercule Florence, Wilhelm von den Steinen, Max Schmidt e Claude Lévi-Strauss, entre outros. O livro inclui um grande número de ilustrações . (John Monteiro). |