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Imagem: Jean-Baptiste Debret.

Base John Monteiro

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DABBEVILLE, Claude. História da Missão dos Padres Capuchinhos na Ilha do Maranhão e suas Circunvizinhanças. São Paulo: Editora Siciliano, 2002, 436p . . Trad. César Augusto Marques. Publicado em Paris em 1614, a História do capuchinho Abbeville tem duas traduções em português, a primeira de César Marques (1874) e a segunda, mais divulgada, de Sérgio Milliet (1945), cada qual, segundo o prefácio de Sebastião Moreira Duarte, "bem longe de ser perfeita". O relato é sumamente valioso não apenas pela descrição minuciosa dos Tupinambá do Maranhão, como também pelas narrativas indígenas embutidas no texto. Cabe ainda refletir sobre este texto enquanto relato histórico e não propriamente etnográfico . (John Monteiro).
VAINFAS, Ronaldo - coord. Dicionário do Brasil Imperial (1822-1889). Rio de Janeiro: Objetiva, 2002, 752p . . Este dicionário dá relativamente pouco destaque para a temática indígena, com alguma cobertura do indianismo e um verbete sobre o "Indigenismo". Alguns verbetes biográficos contêm informações esparsas: José Vieira Couto de Magalhães, José Bonifácio de Andrada e Silva, entre outros. Fica patente, no entanto, a ausência dos índios "carne-e-osso" (em oposição aos índios imaginados) na pauta dos historiadores que estudam este período . (John Monteiro).
OSÓRIO, Helen - org. Catálogo de Documentos da Colônia do Sacramento e Rio da Prata: existentes no Arquivo Histórico Ultramarino, Lisboa. Rio de Janeiro: Nórdica, 2002, 375p . . Nos mais de 660 documentos arrolados para o Projeto Resgate, abrangendo o período de 1682 a 1826, há várias referências aos índios em relação aos conflitos entre espanhóis e portugueses na disputa pela Banda Oriental do Rio da Prata. Os grupos mencionados incluem os Guarani, Minuano, Charrua, Chane, Tape e Serrano . (John Monteiro).
AGUILAR, Nelson - org. Artes Indígenas. São Paulo: Brasil Connects, 2002, 215p . . Catálogo da exposição realizada no interior da Mostra do Redescobrimento, o livro oferece belas reproduções de objetos de cultura material de vários povos, presente e passado. Edição bilíngue português-inglês . (John Monteiro).
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. A Inconstância da Alma Selvagem e outros ensaios de antropologia. São Paulo: Cosac & Naify, 2002, 551p . . Este livro reúne, numa edição muito bem cuidada, nove estudos e uma entrevista do etnólogo. O texto de maior interesse para a discussão em torno da história dos índios é "O Mármore e a Murta", uma releitura da documentação quinhentista informada por um saber etnológico apurado. Outros ensaios também abordam aspectos críticos dos rumos atuais da etnologia sul-americana, os quais abrangem problemas de arqueologia e história indígena . (John Monteiro).
SOARES, João Paulo Monteiro; FERRÃO, Cristina - orgs. Viagem ao Brasil de Alexandre Rodrigues Ferreira. São Paulo: Kapa Editorial/Fundação Vitae, 2002, 469p . . 2 Volumes. De produção esmerada, estes volumes reproduzem o exemplar do Museu Bocage (Lisboa) das aquarelas realizadas para ilustrar a “Viagem Filosófica”. O primeiro volume é composto por “Desenhos de Gentios, Animais Quadrúpedes, Aves, Anfíbios, Peixes e Insetos” e o segundo por “Prospectos de Cidades, Vilas, Povoações, Fortalezas e Edifícios, Rios e Cachoeiras”. As ilustrações representando índios de diferentes grupos são de especial interesse, pois trazem informações ausentes ou equivocadas na versão mais conhecida destas imagens, pertencente ao Museu Nacional do Rio de Janeiro. Já os prospectos incluem vários desenhos que não fazem parte da outra coleção e que são de interesse para os estudiosos das populações indígenas. As figuras referentes aos índios são pouco esclarecidas porém a parte zoológica traz notas detalhadas de Nelson Papavero e Dante Martins Teixeira . (John Monteiro).
SANTOS, Francisco Jorge dos. Além da Conquista: guerras e rebeliões indígenas na Amazônia pombalina. Manaus: Editora da Universidade do Amazonas, 2002, 216p . . Este livro registra a deplorável história de violência que marcou as relações entre portugueses e diversos povos indígenas na Amazônia durante o século XVIII. É especialmente interessante a abordagem da guerra contra os Mundurucus, apresentando muita documentação inédita . (John Monteiro).
CARNEIRO DA CUNHA, Manuela; ALMEIDA, Mauro Barbosa de - orgs. Enciclopédia da Floresta. O Alto Juruá: práticas e conhecimentos das populações. São Paulo: Companhia das Letras, 2002, 735p . . Fruto de um belíssimo projeto coletivo, esta edição requintada reúne informações sobre práticas, classificações e conhecimentos dos povos da região do Alto Juruá (Acre e Amazonas), abrangendo as sociedades Kaxinawá, Katukina e Ashaninka, porém também dando destaque para os saberes dos seringueiros não indígenas. No que diz respeito à história num sentido mais estrito, há textos sobre a história recente destes povos, além de uma quantidade expressiva de fotos históricas. O livro inclui um ótimo índice remissivo . (John Monteiro).
DIENER, Pablo; COSTA, Maria de Fátima. Rugendas e o Brasil. São Paulo: Capivara, 2002, 376p . . Fruto de um projeto ambicioso, este livro cataloga e reproduz a vasta produção artística de Johann Moritz Rugendas no que se refere ao Brasil. Os estudos que acompanham as ilustrações trazem aportes significativos para o conhecimento do "artista-viajante", situando a sua produção brasileira no contexto mais amplo de sua obra, que também abrange outras partes da América Latina, notadamente México, Chile, Argentina e Peru. Complementando as gravuras que acompanham a Voyage Pittoresque dans le Brésil (1835), os autores reuniram uma grande quantidade de obras de coleções particulares, incluindo quadros a óleo, estudos e aquarelas. Para além das imagens mais conhecidas através da Viagem Pitoresca, a temática indígena aparece em algumas telas sobre a paisagem e numa curiosa representação da "Primeira Missa Celebrada em São Vicente", uma tela de traços orientalistas . (John Monteiro).
PIRES, Maria Idalina da Cruz. "A Guerra dos Bárbaros": resistência indígena e conflitos no Nordeste colonial. Recife: Editora da UFPE, 2002, 154p . . Publicado originalmente em 1990, este livro constitui um dos primeiros esforços em compreender o conjunto de conflitos que marcaram a história do sertão nordestino no final do século XVII a partir de uma perspectiva da história dos índios. Fruto de uma extensa pesquisa em documentos inéditos em arquivos portugueses, o estudo coloca em primeiro plano a resistência dos índios frente à expansão colonial, porém também demonstra que o conflito envolvia uma complexa interação de interesses coloniais, muitas vezes em dissonância . (John Monteiro).