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Imagem: Jean-Baptiste Debret.
Base John Monteiro
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VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. A Inconstância da Alma Selvagem e outros ensaios de antropologia. São Paulo: Cosac & Naify, 2002, 551p . . Este livro reúne, numa edição muito bem cuidada, nove estudos e uma entrevista do etnólogo. O texto de maior interesse para a discussão em torno da história dos índios é "O Mármore e a Murta", uma releitura da documentação quinhentista informada por um saber etnológico apurado. Outros ensaios também abordam aspectos críticos dos rumos atuais da etnologia sul-americana, os quais abrangem problemas de arqueologia e história indígena . (John Monteiro). |
ALMEIDA, Luiz Sávio de; GALINDO, Marcos - orgs.. Índios do Nordeste: temas e problemas 3. Maceió: Edufal, 2002, 271p . . Após uma breve incursão pela história andina, com cinco textos de José Carlos Mariátegui e um estudo de Jaime de Almeida, a coletânea traz diversos estudos sobre a história e arqueologia dos índios do Nordeste, além de um trabalho sobre a política indigenista castelhana durante a "União Ibérica". Destacam-se o texto de Marcus Carvalho sobre os índios nas revoluções pernambucanas do século XIX e o interessante estudo de Joceny Pinheiro sobre história, memória e identidade entre os Pitaguary do Ceará . (John Monteiro). |
ALBERT, Bruce; RAMOS, Alcida Rita - orgs. Pacificando o Branco: cosmologias do contato no norte-amazônico. São Paulo: Editora da Unesp, 2002, 531p . . Importante coletânea, este livro reúne 17 estudos de etnólogos com pesquisa de campo no norte da Amazônia, introduzindo leituras muito ricas da relação entre cosmologia e história nas versões indígenas sobre a origem dos brancos e o evento do contato. Os autores trabalham não apenas com narrativas orais mas também com desenhos e com música. Os textos abordam questões ligadas a bens materiais, doenças, relações políticas, mito, ritual, retórica e vários outros assuntos. Em seu conjunto, o livro proporciona "uma referência obrigatória", nas palavras de Manuela Carneiro da Cunha na Apresentação . (John Monteiro). |
DABBEVILLE, Claude. História da Missão dos Padres Capuchinhos na Ilha do Maranhão e suas Circunvizinhanças. São Paulo: Editora Siciliano, 2002, 436p . . Trad. César Augusto Marques. Publicado em Paris em 1614, a História do capuchinho Abbeville tem duas traduções em português, a primeira de César Marques (1874) e a segunda, mais divulgada, de Sérgio Milliet (1945), cada qual, segundo o prefácio de Sebastião Moreira Duarte, "bem longe de ser perfeita". O relato é sumamente valioso não apenas pela descrição minuciosa dos Tupinambá do Maranhão, como também pelas narrativas indígenas embutidas no texto. Cabe ainda refletir sobre este texto enquanto relato histórico e não propriamente etnográfico . (John Monteiro). |
GOMES, Mércio Pereira. O Índio na História: o povo Tenetehara em busca da liberdade. Petrópolis: Editora Vozes, 2002, 631p . . O autor alia uma extensa pesquisa documental a sua longa experiência como etnógrafo e indigenista para produzir um detalhadíssimo relato das relações entre os Tenetehara do Maranhão e os brancos, desde o contato inicial com os franceses no início do século XVII aos dias de hoje. Conforme alerta o próprio autor, o livro está escrito em vários registros distintos, passando pela teoria antropológica ("ontosistêmica"), pela história do contato, pela "economia igualitarista", pela demografia e pela filosofia. A parte sobre a história é organizada pela sequência das principais instituições da política indigenista, com uma concentração maior no período do SPI. No mais, destacam-se a abordagem da rebelião de Alto Alegre (1901) e o capítulo sobre a demografia histórica. Presente de maneira indireta ao longo do livro, a voz dos índios aparece de maneira explícita num capítulo curto com a transcrição de alguns depoimentos . (John Monteiro). |
SCHRÖDER, Peter - org. Os Fulni-ô: cultura, identidade e território no Nordeste indígena. Recife: Editora Universitária, 2002, 262p . . Série Antropologia e Etnicidade 1. A coletânea conta com oito autores de diversas áreas, incluindo um sociólogo Fulni-ô (Wilke Torres de Melo), para dimensionar o povo Fulni-ô a partir de certos aspectos históricos, econômicos e culturais. O organizador contribui não apenas com um sólido levantamento e discussão da história (inacabada) do território dos índios, como também apresenta uma utilíssima bibliografia crítica dos estudos sobre este povo. Outros textos de interesse para a história dos índios incluem o capítulo de Eliana Gomes Quirino sobre a memória (com destaque para o lugar do padre Alfredo Damaso nos relatos indígenas) e o capítulo de Sérgio Neves Dantas sobre a música sagrada como elemento articulador de memória e identidade. Em anexo estão transcritos seis documentos históricos referentes à demarcação de terras indígenas . (John Monteiro). |
BERLOWICZ, Barbara et al. Albert Eckhout Volta ao Brasil, 1644-2002. Copenhague: Nationalmuseet, 2002, 228p . . Este catálogo acompanhou a exposição de 24 quadros de Albert Eckhout referentes ao Brasil, pertencentes ao Museu Nacional da Dinamarca e mostrados em quatro cidades brasileiras (Recife, Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro) em 2002-2003. Além da reprodução dos quadros, o catálogo traz 14 artigos curtos sobre diversos aspectos da coleção e do contexto de sua produção e circulação. De especial interesse são os textos de Rebecca Brienen, que faz uma reconstrução especulativa sobre a função e disposição dos quadros no Palácio Vrijburg, na ilha Antônio Vaz; de Bente Gundestrup sobre o lugar desses mesmos quadros no gabinete de artes e curiosidades do Rei Frederik III da Dinamarca; de Ernst van den Boogaart, que realiza uma instigante análise dos quadros etnográficos, propondo uma leitura deles enquanto série ordenada hierarquicamente por “grau de civilidade”; de Dante Martins Teixeira, que estuda a relação entre os óleos pintados por Eckhout e os desenhos do Thierbuch de Zacharias Wagener, apresentando os textos de Wagener que acompanham cada desenho; de Berete Due sobre os artefatos ameríndios e africanos que fazem parte da coleção do mesmo gabinete dos quadros; e de Barbara Berlowicz, tecendo algumas considerações sobre conteúdo e técnica, chegando à conclusão de que o conteúdo etnográfico dos quadros “é menos realista do que se supõe normalmente”. A edição é bilíngue português-inglês . (John Monteiro). |
BOSCHI, Caio C. - org. Catálogo de Documentos Manuscritos Avulsos da Capitania do Pará existentes no Arquivo Histórico Ultramarino de Lisboa. Belém: SECULT/Arquivo Público do Pará, 2002, 1204p . . Fruto do Projeto Resgate, o catálogo inclui mais de 12.000 verbetes descrevendo sumariamente a documentação, abrangendo o período de 1616 aos anos iniciais do Império. A quantidade de documentos sobre populações indígenas, política indigenista, descimentos, conflitos, aldeamentos, trabalho e outros temas é inesgotável . (John Monteiro). |
BOSCHI, Caio C.; MORAES, Jomar - orgs. Catálogo de Documentos Manuscritos Avulsos Relativos ao Maranhão existentes no Arquivo Histórico Ultramarino. São Luís: Fundação Cultural do Maranhão/Academia Maranhense de Letras, 2002, 662p . . Preparado como parte do Projeto Resgate, este catálogo elenca mais de 13.000 documentos, muitos dos quais abordam a temática indígena, da primeira parte do século XVII ao início do XIX. Trata-se de um inventário indispensável para a história indígena da Amazônia colonial, com abundantes informações sobre diferentes grupos indígenas, sobre a política indigenista da coroa, sobre a atuação dos jesuítas, sobre as modalidades de trabalho colonial, sobre descimentos, entre tantos outros temas . (John Monteiro). |
COIMBRA JR, Carlos et al. The Xavante in Transition: Health, Ecology, and Bioanthropology in Central Brazil. Ann Arbor: University of Michigan Press, 2002, 344p . . Projeto de colaboração interdisciplinar, o livro busca produzir uma percepção diacrônica da relação entre os Xavante de Etéñitépa e a sociedade brasileira. O enfoque recai sobre aspectos biológicos, demográficos, epidemiológicos e ecológicos, porém os autores trazem informações históricas importantes, algumas remontando ao século XVIII, com a reprodução de mapas e plantas de aldeias . (John Monteiro). |