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Imagem: Jean-Baptiste Debret.
Base John Monteiro
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OLIVEIRA, Roberto Cardoso de. Os Diários e Suas Margens: Viagem aos territórios Terêna e Tükúna. Brasília: Editora da UnB, 2002, 346p . . Além de reproduzir integralmente os diários de campo escritos nos anos de 1950, este livro inclui, de maneira interessante, comentários reflexivos do autor enquanto releitor de seus próprios diários, assim apresentando um duplo registro da experiência de campo do etnólogo. Tanto os diários quanto os comentários proporcionam uma leitura prazerosa, não apenas pelo estilo agradável do autor como pelos detalhes e incidentes descritos e comentados. Acompanha um pequeno dossiê fotográfico, de caráter etnográfico e pessoal . (John Monteiro). |
GOMES, Mércio Pereira. O Índio na História: o povo Tenetehara em busca da liberdade. Petrópolis: Editora Vozes, 2002, 631p . . O autor alia uma extensa pesquisa documental a sua longa experiência como etnógrafo e indigenista para produzir um detalhadíssimo relato das relações entre os Tenetehara do Maranhão e os brancos, desde o contato inicial com os franceses no início do século XVII aos dias de hoje. Conforme alerta o próprio autor, o livro está escrito em vários registros distintos, passando pela teoria antropológica ("ontosistêmica"), pela história do contato, pela "economia igualitarista", pela demografia e pela filosofia. A parte sobre a história é organizada pela sequência das principais instituições da política indigenista, com uma concentração maior no período do SPI. No mais, destacam-se a abordagem da rebelião de Alto Alegre (1901) e o capítulo sobre a demografia histórica. Presente de maneira indireta ao longo do livro, a voz dos índios aparece de maneira explícita num capítulo curto com a transcrição de alguns depoimentos . (John Monteiro). |
SCHRÖDER, Peter - org. Os Fulni-ô: cultura, identidade e território no Nordeste indígena. Recife: Editora Universitária, 2002, 262p . . Série Antropologia e Etnicidade 1. A coletânea conta com oito autores de diversas áreas, incluindo um sociólogo Fulni-ô (Wilke Torres de Melo), para dimensionar o povo Fulni-ô a partir de certos aspectos históricos, econômicos e culturais. O organizador contribui não apenas com um sólido levantamento e discussão da história (inacabada) do território dos índios, como também apresenta uma utilíssima bibliografia crítica dos estudos sobre este povo. Outros textos de interesse para a história dos índios incluem o capítulo de Eliana Gomes Quirino sobre a memória (com destaque para o lugar do padre Alfredo Damaso nos relatos indígenas) e o capítulo de Sérgio Neves Dantas sobre a música sagrada como elemento articulador de memória e identidade. Em anexo estão transcritos seis documentos históricos referentes à demarcação de terras indígenas . (John Monteiro). |
BOSCHI, Caio C. - org. Catálogo de Documentos Manuscritos Avulsos da Capitania do Pará existentes no Arquivo Histórico Ultramarino de Lisboa. Belém: SECULT/Arquivo Público do Pará, 2002, 1204p . . Fruto do Projeto Resgate, o catálogo inclui mais de 12.000 verbetes descrevendo sumariamente a documentação, abrangendo o período de 1616 aos anos iniciais do Império. A quantidade de documentos sobre populações indígenas, política indigenista, descimentos, conflitos, aldeamentos, trabalho e outros temas é inesgotável . (John Monteiro). |
OSÓRIO, Helen - org. Catálogo de Documentos da Colônia do Sacramento e Rio da Prata: existentes no Arquivo Histórico Ultramarino, Lisboa. Rio de Janeiro: Nórdica, 2002, 375p . . Nos mais de 660 documentos arrolados para o Projeto Resgate, abrangendo o período de 1682 a 1826, há várias referências aos índios em relação aos conflitos entre espanhóis e portugueses na disputa pela Banda Oriental do Rio da Prata. Os grupos mencionados incluem os Guarani, Minuano, Charrua, Chane, Tape e Serrano . (John Monteiro). |
VAINFAS, Ronaldo - coord. Dicionário do Brasil Imperial (1822-1889). Rio de Janeiro: Objetiva, 2002, 752p . . Este dicionário dá relativamente pouco destaque para a temática indígena, com alguma cobertura do indianismo e um verbete sobre o "Indigenismo". Alguns verbetes biográficos contêm informações esparsas: José Vieira Couto de Magalhães, José Bonifácio de Andrada e Silva, entre outros. Fica patente, no entanto, a ausência dos índios "carne-e-osso" (em oposição aos índios imaginados) na pauta dos historiadores que estudam este período . (John Monteiro). |
DIENER, Pablo; COSTA, Maria de Fátima. Rugendas e o Brasil. São Paulo: Capivara, 2002, 376p . . Fruto de um projeto ambicioso, este livro cataloga e reproduz a vasta produção artística de Johann Moritz Rugendas no que se refere ao Brasil. Os estudos que acompanham as ilustrações trazem aportes significativos para o conhecimento do "artista-viajante", situando a sua produção brasileira no contexto mais amplo de sua obra, que também abrange outras partes da América Latina, notadamente México, Chile, Argentina e Peru. Complementando as gravuras que acompanham a Voyage Pittoresque dans le Brésil (1835), os autores reuniram uma grande quantidade de obras de coleções particulares, incluindo quadros a óleo, estudos e aquarelas. Para além das imagens mais conhecidas através da Viagem Pitoresca, a temática indígena aparece em algumas telas sobre a paisagem e numa curiosa representação da "Primeira Missa Celebrada em São Vicente", uma tela de traços orientalistas . (John Monteiro). |
OTONI, Teófilo. Notícia sobre os Selvagens do Mucuri. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2002, 184p . . Organização de Regina Horta Duarte. O livro reedita dois textos do político mineiro Teófilo Benedito Otoni, o primeiro escrito na forma de uma carta sobre os Botocudos, endereçada a Joaquim Manuel de Macedo (publicado na Revista do Instituto Histórico Brasileiro em 1859), e o segundo na forma de uma Memória Justificativa sobre a colonização do Mucuri (publicado no Rio de Janeiro no mesmo ano). A Notícia é um documento muito rico que denuncia as atrocidades que marcaram as relações entre índios, brancos e mestiços no Vale do Mucuri em meados do século XIX. A introdução da organizadora do volume fornece um bom guia para a leitura dos textos . (John Monteiro). |