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Imagem: Jean-Baptiste Debret.
Base John Monteiro
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SANTOS, Francisco Jorge dos. Além da Conquista: guerras e rebeliões indígenas na Amazônia pombalina. Manaus: Editora da Universidade do Amazonas, 2002, 216p . . Este livro registra a deplorável história de violência que marcou as relações entre portugueses e diversos povos indígenas na Amazônia durante o século XVIII. É especialmente interessante a abordagem da guerra contra os Mundurucus, apresentando muita documentação inédita . (John Monteiro). |
CARNEIRO DA CUNHA, Manuela; ALMEIDA, Mauro Barbosa de - orgs. Enciclopédia da Floresta. O Alto Juruá: práticas e conhecimentos das populações. São Paulo: Companhia das Letras, 2002, 735p . . Fruto de um belíssimo projeto coletivo, esta edição requintada reúne informações sobre práticas, classificações e conhecimentos dos povos da região do Alto Juruá (Acre e Amazonas), abrangendo as sociedades Kaxinawá, Katukina e Ashaninka, porém também dando destaque para os saberes dos seringueiros não indígenas. No que diz respeito à história num sentido mais estrito, há textos sobre a história recente destes povos, além de uma quantidade expressiva de fotos históricas. O livro inclui um ótimo índice remissivo . (John Monteiro). |
DIENER, Pablo; COSTA, Maria de Fátima. Rugendas e o Brasil. São Paulo: Capivara, 2002, 376p . . Fruto de um projeto ambicioso, este livro cataloga e reproduz a vasta produção artística de Johann Moritz Rugendas no que se refere ao Brasil. Os estudos que acompanham as ilustrações trazem aportes significativos para o conhecimento do "artista-viajante", situando a sua produção brasileira no contexto mais amplo de sua obra, que também abrange outras partes da América Latina, notadamente México, Chile, Argentina e Peru. Complementando as gravuras que acompanham a Voyage Pittoresque dans le Brésil (1835), os autores reuniram uma grande quantidade de obras de coleções particulares, incluindo quadros a óleo, estudos e aquarelas. Para além das imagens mais conhecidas através da Viagem Pitoresca, a temática indígena aparece em algumas telas sobre a paisagem e numa curiosa representação da "Primeira Missa Celebrada em São Vicente", uma tela de traços orientalistas . (John Monteiro). |
ALBERT, Bruce; RAMOS, Alcida Rita - orgs. Pacificando o Branco: cosmologias do contato no norte-amazônico. São Paulo: Editora da Unesp, 2002, 531p . . Importante coletânea, este livro reúne 17 estudos de etnólogos com pesquisa de campo no norte da Amazônia, introduzindo leituras muito ricas da relação entre cosmologia e história nas versões indígenas sobre a origem dos brancos e o evento do contato. Os autores trabalham não apenas com narrativas orais mas também com desenhos e com música. Os textos abordam questões ligadas a bens materiais, doenças, relações políticas, mito, ritual, retórica e vários outros assuntos. Em seu conjunto, o livro proporciona "uma referência obrigatória", nas palavras de Manuela Carneiro da Cunha na Apresentação . (John Monteiro). |
GOMES, Denise Maria Cavalcante. Cerâmica Arqueológica da Amazônia: Vasilhas da Coleção Tapajônica MAE-USP. São Paulo: Edusp/Impensa Oficial, 2002, 360p . . Este belo trabalho, além de oferecer um catálogo ilustrado das peças tapajônicas da coleção do museu, apresenta um estudo bem documentado do desenvolvimento cultural numa região da Amazônia. De particular interesse é o capítulo que coteja as evidências da coleção de cerâmicas com as hipóteses sobre a formação de cacicados, com base nos dados arqueológicos e etnohistóricos . (John Monteiro). |
COIMBRA JR, Carlos et al. The Xavante in Transition: Health, Ecology, and Bioanthropology in Central Brazil. Ann Arbor: University of Michigan Press, 2002, 344p . . Projeto de colaboração interdisciplinar, o livro busca produzir uma percepção diacrônica da relação entre os Xavante de Etéñitépa e a sociedade brasileira. O enfoque recai sobre aspectos biológicos, demográficos, epidemiológicos e ecológicos, porém os autores trazem informações históricas importantes, algumas remontando ao século XVIII, com a reprodução de mapas e plantas de aldeias . (John Monteiro). |
GOMES, Mércio Pereira. O Índio na História: o povo Tenetehara em busca da liberdade. Petrópolis: Editora Vozes, 2002, 631p . . O autor alia uma extensa pesquisa documental a sua longa experiência como etnógrafo e indigenista para produzir um detalhadíssimo relato das relações entre os Tenetehara do Maranhão e os brancos, desde o contato inicial com os franceses no início do século XVII aos dias de hoje. Conforme alerta o próprio autor, o livro está escrito em vários registros distintos, passando pela teoria antropológica ("ontosistêmica"), pela história do contato, pela "economia igualitarista", pela demografia e pela filosofia. A parte sobre a história é organizada pela sequência das principais instituições da política indigenista, com uma concentração maior no período do SPI. No mais, destacam-se a abordagem da rebelião de Alto Alegre (1901) e o capítulo sobre a demografia histórica. Presente de maneira indireta ao longo do livro, a voz dos índios aparece de maneira explícita num capítulo curto com a transcrição de alguns depoimentos . (John Monteiro). |
NEVES, Erivaldo Fagundo - org. Sertões da Bahia: formação social, desenvolvimento econômico, evolução política e diversidade cultural. Salvador: Editora Arcádia, 2011, 720p . . Obra preparada para uso de alunos de História da Bahia, este polpudo volume traz 19 estudos baseados sobretudo em pesquisas em arquivos, com destaque para alguns repositórios locais. A temática indígena espalha-se discretamente pelo livro porém emerge de forma mais concentrada no alentado estudo de Maria Hilda Baqueiro Paraíso sobre a presença e atuação de povos indígenas diante da abertura de caminhos nos sertões do leste, entre Bahia e Minas Gerais. Também de interesse especial é o texto de Isnara Pereira Ivo, sobre “trânsitos culturais” nos sertões mineiros e baianos nos séculos XVIII e XIX, mostrando as relações entre sertanistas e índios . (John Monteiro). |
PIÑÓN, Ana; FUNARI, Pedro Paulo A. A Temática Indígena na Escola: subsídios para os professores. São Paulo: Editora Contexto, 2011, 127p . . Destinado a “professores das escolas não indígenas”, trata-se de um livro paradidático que se mostra mais eficaz no manejo de conceitos e informações provenientes da arqueologia americanista do que dos debates atuais a respeito da história dos índios nas Américas. O livro traz uma discussão útil sobre a imagem dos índios ao longo da história, porém os índios surgem enquanto atores sociais e políticos apenas na conclusão, quando se faz uma referência rápida ao contexto da abertura política . (John Monteiro). |
MEDEIROS, Sérgio - org. Makunaíma e Jurupari: Cosmogonias Ameríndias. São Paulo: Editora Perspectiva, 2002, 413p . . Coleção Textos 13. Este livro reproduz e comenta as coletâneas de mitos e lendas feitas pelos etnógrafos Theodor Koch-Grünberg e Ermanno Stradelli há mais de um século. No caso de Stradelli, é a primeira tradução integral para o português da versão da “Lenda de Jurupari”, inicialmente redigida em nhengatu por Maximiano José Roberto, filho mestiço de uma índia Tariana da região do Uaupés, e publicada em italiano em 1890 . (John Monteiro). |