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Imagem: Jean-Baptiste Debret.

Base John Monteiro

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MELATTI, Julio Cezar. Índios do Brasil. São Paulo: Edusp, 2007, 304p . . Síntese clássica publicada pela primeira vez em 1970, a nona edição de Índios do Brasil traz revisões, atualizações e acréscimos, proporcionando uma visão de conjunto sobre aspectos arqueológicos, históricos, etnográficos e políticos da presença indígena no Brasil. A obra permanece uma das melhores introduções à temática indígena para não-especialistas . (John Monteiro).
GOMES, Mércio Pereira. O Índio na História: o povo Tenetehara em busca da liberdade. Petrópolis: Editora Vozes, 2002, 631p . . O autor alia uma extensa pesquisa documental a sua longa experiência como etnógrafo e indigenista para produzir um detalhadíssimo relato das relações entre os Tenetehara do Maranhão e os brancos, desde o contato inicial com os franceses no início do século XVII aos dias de hoje. Conforme alerta o próprio autor, o livro está escrito em vários registros distintos, passando pela teoria antropológica ("ontosistêmica"), pela história do contato, pela "economia igualitarista", pela demografia e pela filosofia. A parte sobre a história é organizada pela sequência das principais instituições da política indigenista, com uma concentração maior no período do SPI. No mais, destacam-se a abordagem da rebelião de Alto Alegre (1901) e o capítulo sobre a demografia histórica. Presente de maneira indireta ao longo do livro, a voz dos índios aparece de maneira explícita num capítulo curto com a transcrição de alguns depoimentos . (John Monteiro).
SCHRÖDER, Peter - org. Os Fulni-ô: cultura, identidade e território no Nordeste indígena. Recife: Editora Universitária, 2002, 262p . . Série Antropologia e Etnicidade 1. A coletânea conta com oito autores de diversas áreas, incluindo um sociólogo Fulni-ô (Wilke Torres de Melo), para dimensionar o povo Fulni-ô a partir de certos aspectos históricos, econômicos e culturais. O organizador contribui não apenas com um sólido levantamento e discussão da história (inacabada) do território dos índios, como também apresenta uma utilíssima bibliografia crítica dos estudos sobre este povo. Outros textos de interesse para a história dos índios incluem o capítulo de Eliana Gomes Quirino sobre a memória (com destaque para o lugar do padre Alfredo Damaso nos relatos indígenas) e o capítulo de Sérgio Neves Dantas sobre a música sagrada como elemento articulador de memória e identidade. Em anexo estão transcritos seis documentos históricos referentes à demarcação de terras indígenas . (John Monteiro).
BOSCHI, Caio C. - org. Catálogo de Documentos Manuscritos Avulsos da Capitania do Pará existentes no Arquivo Histórico Ultramarino de Lisboa. Belém: SECULT/Arquivo Público do Pará, 2002, 1204p . . Fruto do Projeto Resgate, o catálogo inclui mais de 12.000 verbetes descrevendo sumariamente a documentação, abrangendo o período de 1616 aos anos iniciais do Império. A quantidade de documentos sobre populações indígenas, política indigenista, descimentos, conflitos, aldeamentos, trabalho e outros temas é inesgotável . (John Monteiro).
DIAS, Marcelo Henrique; CARRARA, Ângelo Alves - orgs. Um Lugar na História: a Capitania e Comarca de Ilhéus antes do cacau. Ilhéus: Editus – Editora da UESC, 2007, 322p . . Esta coletânea inclui cinco pesquisas originais sobre Ilhéus no período colonial e uma referente ao Império. Os estudos de Carrara (sobre as estruturas agrárias) e Dias (sobre a economia e administração da capitania) abordam questões historiográficas referentes ao papel da resistência indígena e da mão-de-obra nativa na articulação da economia colonial na região. Um segundo artigo de Marcelo Dias traz uma contribuição original ao debate, enfocando as atividades produtivas dos índios residentes nos aldeamentos jesuíticos, em especial o de N. S. da Escada (Olivença). De especial interesse é a análise que o autor oferece de um relatório manuscrito, elaborado pelo ouvidor Luís Freire de Veras em 1768. O texto também reproduz uma ilustração da Vila de Santarém, a qual acompanha o relato do Cap. Domingos Alves Muniz Barreto a respeito dos “índios sublevados nas vilas e aldeias da Comarca de Ilhéus e norte da Cap. da Bahia” . (John Monteiro).
FAUSTO, Carlos; HECKENBERGER, Michael - orgs. Time and Memory in Indigenous Amazonia: Anthropological Perspectives. Gainesville: University Press of Florida, 2007, 322p . . Trata-se de uma excelente coletânea que reúne nove trabalhos de ponta em história indígena. Conforme elucida os organizadores em sua introdução ao volume, os estudos abordam os temas do tempo e da mudança, buscando problematizar a tensão entre as teorias sociais dos estudiosos e as acepções ameríndias dos componentes-chave destas teorias. Além das divergentes formas de entender a alteridade, os organizadores chamam a atenção para as divergências em torno das noções de ação e “agência”, uma vez que a “teoria social” ameríndia pode incluir, no leque de agentes capazes de contribuir com ações transformadoras, agentes extra-humanos ou mesmo não-humanos. Versões anteriores de alguns dos trabalhos, como o de Carlos Fausto sobre canibalismo e cristianismo entre os Guarani, de Peter Gow sobre a identidade Cocama e de Aparecida Vilaça sobre o corpo War’i foram publicados em revistas brasileiras . (John Monteiro).
LIMA, Valéria. J.-B. Debret, Historiador e Pintor: A Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil (1816-1839). Campinas: Editora da Unicamp, 2007, 325p . . Baseado na tese de doutorado da autora, o livro propõe uma análise diferente do texto e das imagens publicados no livro de Debret, com enfoque especial sobre a história, o que inclui uma abordagem das representações de populações ameríndias e africanas . (John Monteiro).
OSÓRIO, Helen - org. Catálogo de Documentos da Colônia do Sacramento e Rio da Prata: existentes no Arquivo Histórico Ultramarino, Lisboa. Rio de Janeiro: Nórdica, 2002, 375p . . Nos mais de 660 documentos arrolados para o Projeto Resgate, abrangendo o período de 1682 a 1826, há várias referências aos índios em relação aos conflitos entre espanhóis e portugueses na disputa pela Banda Oriental do Rio da Prata. Os grupos mencionados incluem os Guarani, Minuano, Charrua, Chane, Tape e Serrano . (John Monteiro).
VAINFAS, Ronaldo - coord. Dicionário do Brasil Imperial (1822-1889). Rio de Janeiro: Objetiva, 2002, 752p . . Este dicionário dá relativamente pouco destaque para a temática indígena, com alguma cobertura do indianismo e um verbete sobre o "Indigenismo". Alguns verbetes biográficos contêm informações esparsas: José Vieira Couto de Magalhães, José Bonifácio de Andrada e Silva, entre outros. Fica patente, no entanto, a ausência dos índios "carne-e-osso" (em oposição aos índios imaginados) na pauta dos historiadores que estudam este período . (John Monteiro).
WITTMANN, Luisa Tombini. O Vapor e o Botoque: imigrantes alemães e índios Xokleng no Vale do Itajaí/SC (1850-1926). Florianópolis: Letras Contemporâneas, 2007, 268p . . Originalmente uma dissertação de mestrado, este livro narra, com maestria, as trajetórias de várias vidas tocadas pela envolvente história do contato entre os Xokleng e os imigrantes europeus que ocuparam o Vale do Itajaí a partir de meados do século XIX. De especial interesse para a história indígena, o Capítulo 3 introduz um quadro de “singulares relações interétnicas” ao acompanhar a vida de pessoas que foram adotadas ou raptadas, incorporando-se no mundo do outro. O último capítulo traz uma leitura inovadora das relações entre o encarregado do SPI Eduardo Hoerhann e os índios que integravam o Posto Indígena Duque de Caxias . (John Monteiro).