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Imagem: Jean-Baptiste Debret.

Base John Monteiro

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SILVA, Giovani José da - org. Kadiwéu: senhoras da arte, senhores da guerra. Curitiba: Editora CRV, 2011, 211p . . Dividida em três partes (História; Antropologia; Educação, Linguagens e Artes), esta coletânea reúne estudos de especialistas para compor um quadro amplo, informativo e analítico, que dá conta dos avanços recentes em pesquisas sobre os Kadiwéu. No que diz respeito à história, Ana Lucia Herberts oferece um “panorama” dos Mbayá-Guaikuru abrangendo os séculos XVI a XIX; Giovani José da Silva enfoca um século (1899-1984) de conflitos pela posse da terra na Reserva Indígena Kadiwéu, percorrendo documentos históricos e relatos etnográficos realizados em diferentes períodos; Jaime Siqueira Jr. coloca o problema do território a partir das relações espacial e temporal que marcam a organização social dos Kadiwéu; Léia Teixeira Lacerda aborda a educação escolar, com algumas observações sobre a história; Filomena Sandalo lança mão de trabalhos etnográficos do passado para dialogar com os dados de campo sobre dialetos prosódicos e sua relação com a estratificação social Kadiwéu; Vânia Perrotti Pires Graziato também remete às etnografias do passado para situar a questão da arte no universo feminino da cerâmica . (John Monteiro).
WILDE, Guillermo - org. Saberes de la Conversión: jesuítas, indígenas e imperios coloniales em las fronteras de la Cristandad. Buenos Aires: Editorial SB, 2011, 592p . . Excelente coletânea de textos preparados originalmente para as XII Jornadas Internacionais sobre as Missões Jesuíticas, o livro reúne 24 estudos originais sobre as relações entre jesuítas e diferentes povos do mundo, com destaque para as populações ameríndias na América do Sul. Os estudos abrangem uma grande variedade de temas, incluindo a escrita, línguas gerais, saberes científicos, relíquias, música e relações políticas. Uma última seção traz trabalhos sobre os jesuítas em outros contextos, abarcando o mundo muçulmano, China, Japão e Índia . (John Monteiro).
VIEIRA, Antônio. Sermões. São Paulo: Hedra, 2001, 663p . . 2 vols. Organizado por Alcir Pécora. Cuidadosamente editada e copiosamente anotada, esta edição traz uma seleção de 50 sermões de Vieira, abrangendo o período de 1644 a 1694, estabelecendo o texto de acordo com as primeiras edições, impressas no século XVII. São de particular interesse para a história dos índios os sermões pregados em São Luís e Belém no calor das disputas entre jesuítas e colonos em torno da liberdade dos índios . (John Monteiro).
SANTILLI, Paulo. Pemongon Patá: território macuxi, rotas de conflito. São Paulo: Editora da Unesp, 2001, 225p . . O autor une a pesquisa acadêmica ao trabalho pericial para abordar o conflito fundiário em terras Macuxi em Roraima, com ênfase especial no período entre as décadas de 1970 e 1990. O livro esmiúça diferentes formas de construção do território, culminando com a “construção política” da área Raposa-Serra do Sol, fruto de novas articulações face ao conflito com fazendeiros. Inclui um Ensaio Fotográfico, com imagens atuais e históricas dos Macuxi, bem como vários anexos que reproduzem processos ligados à demarcação, com várias referências históricas . (John Monteiro).
CASTRO, José Liberal de. Igreja Matriz de Viçosa do Ceará: arquitetura e pintura de forro. Fortaleza: Edições IPHAN/UFC, 2001, 166p . . Cadernos de Arquitetura Cearense 1. Interessantíssimo estudo da igreja de N. S. de Assunção, em Viçosa na Serra de Ibiapaba, local de uma missão jesuítica e posteriormente uma vila de índios. Bem documentado e fartamente ilustrado, o livro traz uma análise detalhada dos painéis da capela-mor, oferecendo não apenas um rico estudo de história da arte e arquitetura, como também um vislumbre do imaginário cristão que acompanhava o processo de conversão dos índios . (John Monteiro).
FREIRE, Carlos Augusto da Rocha. Memória do SPI: textos, imagens e documentos sobre o Serviço de Proteção aos Índios (1910-1967). Rio de Janeiro: Museu do Índio-FUNAI, 2011, 492p . . Dividido em três partes, este livro registra uma afirmação contundente do “estado da arte” em termos de estudos sobre o SPI. Na primeira parte, o organizador C. A. da Rocha Freire brinda o leitor e pesquisador com uma viagem pela iconografia, com destaque para o rico acervo fotográfico que aos poucos começa a ser disseminado e analisado por especialistas. A segunda parte traz 25 textos dos principais estudiosos que se debruçaram sobre o acervo documental e iconogáfico do órgão indigenista, abordando temas bastante variados, incluindo vários estudos sobre a experiência de diferentes povos indígenas em todas as regiões do país porém também tratando de aspectos transversais, tais como o poder tutelar, a saúde, os projetos vinculados à Seção de Estudos e o papel de Rondon e Darcy Ribeiro. A última parte inclui um guia sumário do acervo, uma explicação de como acessar o material pelo site do Museu do Índio e uma bibliografia extensa de livros, artigos, teses e publicações avulsas referentes ao SPI . (John Monteiro).
CARVALHO, Maria Rosário de; REESINK, Edwin; CAVIGNAC, Julie - orgs. Negros no Mundo dos Índios: imagens, reflexos, alteridades. Natal: Editora da UFRN, 2011, 449p . . Esta coletânea parte do desafio de estabelecer um diálogo produtivo sobre as relações entre africanos e afro-descendentes, por um lado, e povos indígenas, por outro, levando em consideração que “negros e índios têm sido tratados, pela literatura científica, separadamente, não obstante eles tenham ... compartilhado experiências, quase invariavelmente sob a hegemonia política branca”. Para tanto, reúne 13 ensaios e estudos de antropólogos e historiadores que buscam aprofundar temas tão sugestivos quanto ricos. Destacam-se, entre outros problemas, as questões da classificação étnico-racial, das identidades, da mestiçagem ou mistura em vários planos (histórico, religioso, identitário) e do lugar de índios e negros nas representações da nação. A maioria dos textos abordam o Nordeste, enriquecidos por uma seção de dois estudos sobre a Colômbia . (John Monteiro).
TELES, José Mendonça - org. Catálogo de Verbetes dos Manuscritos Avulsos da Capitania de Goiás existentes no Arquivo Histórico Ultramarino, Lisboa-Portugal. Goiânia: Sociedade Goiana de Cultura, Institutos de Pesquisas e Estudos Históricos do Brasil-Central, 2001, 529p . . Este catálogo do Projeto Resgate elenca cerca de 3.000 documentos, abrangendo o período de 1731 a 1822. Há uma enorme quantidade de referências aos índios, com destaque para os Bororo, Caiapó (do sul), Acroá, Tapirapé, Xacriabá, Xavante, Carajá e Javaé, entre outros. O catálogo aponta para inúmeras possibilidades de pesquisa . (John Monteiro).
MACHADO, Maria Fátima Roberto - org. Mato Grosso Português: ensaios de antropologia histórica. Cuiabá: Ed. da UFMT, 2001, 267p . . Série Ensaios Antropológicos, 6. A coletânea reúne seis estudos sobre a Capitania de Mato Grosso a partir de um enfoque interdisciplinar. Destacam-se a introdução da organizadora sobre a antropologia histórica, o texto de Gilberto Brizolla Santos sobre os Guaikuru e o estudo de Marina Azem sobre as doenças e epidemias segundo os textos de Alexandre Rodrigues Ferreira . (John Monteiro).
FAUSTO, Carlos. Inimigos Fiéis: história, guerra e xamanismo na Amazônia. São Paulo: Edusp, 2001, 587p . . À primeira vista, trata-se de uma etnografia nos moldes clássicos sobre os Parakanã, povo tupi-guarani que vive entre os rios Xingu e Tocantins. No entanto, como as boas monografias clássicas, o alcance do livro vai muito além da descrição do objeto em si e traz aportes para a abordagem antropológica dos processos históricos vivenciados por sociedades indígenas. Ao se defrontar com o desafio de explicar porque dois ramos dos Parakanã – de origem comum porém cindidos no final do século XIX em decorrência de uma "briga por mulheres" – apresentavam, na época do contato (década de 1970), formas sociais "significativamente distintas", o autor procura "mostrar como as transformações foram produto da intersecção de determinações internas e externas, interesecção que se deu em situações históricas particulares, conformando e sendo conformada pela ação dos agentes". Transitando entre estrutura e processo, esta etnografia apresenta uma sofisticada apreciação das "formas na história" e da "história das formas", manejando com destreza documentos históricos, narrativas indígenas, observações pessoais e uma extensa bibliografia etnológica . (John Monteiro).