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Imagem: Jean-Baptiste Debret.

Base John Monteiro

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LESTRINGANT, Frank. A Oficina do Cosmógrafo ou A Imagem do Mundo no Renascimento. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009, 319p . . Tradução Edmir Missio. Publicado originalmente na França em 1991, este estudo centra o olhar na obra de André Thevet, mostrando o caráter inovador da empreitada cosmográfica. Uma parte importante desse caráter reside na apreciação dos povos ameríndios, porém o autor também confere uma importância ao diálogo que se tece com autores da antiguidade, sugerindo que, na cosmografia, a experiência toma precedência sobre a autoridade. Outro diálogo relevante é com o Levante, outro espaço importante para a caracterização dos modelos de alteridade e da questão da unidade humana . (John Monteiro).
CARNEIRO DA CUNHA, Manuela - org. Tastevin, Parrissier: Fontes sobre índios e seringueiros do Alto Juruá. Rio de Janeiro: Museu do Índio-FUNAI, 2009, 247p . . Série Monografias. Ao reunir textos traduzidos por Mauro Almeida e Nicolás Niymi Campanário há mais de uma década no interior de um projeto internacional sobre o Alto Juruá, este livro traz aportes importantes de missionários espiritanos para documentar um período crítico na história da região. O primeiro texto é o interessante relato inédito do padre Jean-Baptiste Parrisier, pertencente ao Arquivo Espiritano de Chevilly-la-Rue, França, dando conta de seis meses de uma viagem apostólica no interior do “país da borracha”. Os restantes oito textos são artigos publicados pelo padre Constant Tastevin em francês em revistas de acesso nem sempre fácil, incluindo Les Missions Catholiques, Annales Apostoliques, La Géographie e Le Lys de St. Joseph. A breve introdução de Manuela Carneiro da Cunha contextualiza a missão espiritana no Amazonas. Os mapas publicados em La Géographie (juntos com um mapa inédito do Arquivo Espiritano) e uma bibliografia completa das publicações do padre Tastevin sobre a Amazônia figuram em anexo . (John Monteiro).
PALITOT, Estévão Martins - org. Na Mata do Sabiá: contribuições sobre a presença indígena no Ceará. Fortaleza: Secult/Museu do Ceará/IMOPEC, 2009, 461p . . Esta excelente coletânea reúne 14 estudos de especialistas, oferecendo uma visão panorâmica dos índios no Ceará no passado e no presente. A primeira parte aborda temas históricos, com destaque para as pesquisas de Lígio Maia sobre o lugar dos índios na expansão pecuária, através das datas de sesmarias; João Paulo Costa sobre as tropas indígenas na Revolução de 1817; Carlos Guilherme do Valle sobre argumentos referentes ao desaparecimento étnico; Alexandre Oliveira Gomes sobre a trajetória dos índios “Algodões” de Porangaba. A coletânea se completa com textos sobre territórios, rituais, políticas culturais e o movimento indígena, incluindo entrevistas e depoimentos de lideranças . (John Monteiro).
CAVALCANTE, Thiago Leandro Vieira. Tomé, o Apóstolo da América: índios e jesuítas em uma história de apropriações e ressignificações. Dourados: Editora UFGD, 2009, 198p . . Fruto de uma dissertação de mestrado, o livro enfoca dois momentos de elaboração de narrativas sobre a presença antiga do apóstolo S. Tomé na América do Sul. Primeiro, mostra a busca de uma convergência entre as cosmologias tupi-guarani e cristã no século XVI e, num segundo momento, sustenta que os jesuítas se apropriaram, no século XVII, do mito, no intuito de se firmarem enquanto sucessores do apóstolo. OBS: Este texto está disponível para download no site da Editora . (John Monteiro).
QUEIROZ, Jonas Marçal de; COELHO, Mauro Cezar. Amazônia: modernização e conflito (séculos XVIII e XIX). Belém: UFPA/UNIFAP, 2001, 200p . . Este livro reúne textos dos dois autores. São de interesse para a história dos índios os primeiros dois capítulos, de Mauro Cezar Coelho, sobre os relatos referentes ao Cabo Norte e o trabalho indígena sob o regime do Diretório . (John Monteiro).
MARTINHEIRA, José Joaquim Sintra - org. Catálogo dos Códices do Fundo do Conselho Ultramarino Relativos ao Brasil existentes no Arquivo Histórico Ultramarino. Rio de Janeiro: Real Gabinete Português de Leitura, 2001, 183p . . Contém algumas poucas referências a grupos indígenas no Brasil . (John Monteiro).
PATAXÓ, Katão. Trioká Hakão Pataxi: Caminhando pela História Pataxó. Salvador: Gráfica Santa Helena, 2001, 75p . . O autor relata a história dos índios desde a chegada dos portugueses aos dias de hoje, enfocando particularmente o povo Pataxó do sul da Bahia. Inclui algumas lendas e um vocabulário . (John Monteiro).
LIMA, Antonio Carlos de Souza. As Órbitas do Sítio: subsídios para o estudo da política indigenista no Brasil, 1910-1967. Rio de Janeiro: Contra Capa/LACED, 2009, 252p . . Originalmente produzido como um anexo à tese de doutorado do autor, este volume reproduz gráficos, tabelas, mapas, legislação, textos e quadros referentes à atuação do Serviço de Proteção aos Índios. De especial interesse é o “Quadro resumo das ações das unidades locais do SPI, 1911-1962”, compilado a partir de uma documentação variada, trazendo informações pontuais sobre incidentes e processos que marcaram a história do SPI em todas as regiões do país . (John Monteiro).
QUARLERI, Lia. Rebelión y guerra en las fronteras del Plata: Guaraníes, jesuitas e imperios coloniales. Buenos Aires: Fundo de Cultura Económica, 2009, 384p . . Fruto de uma ampla pesquisa documental em arquivos europeus e sul-americanos, este livro enfoca de maneira particular a chamada “Guerra Guaranítica” de 1754 a 1756, com especial atenção ao protagonismo guarani, à luz das relações históricas estabelecidas na região ao longo de mais de duzentos anos de colonização europeia . (John Monteiro).
CARNEIRO DA CUNHA, Manuela. Cultura com Aspas e Outros Ensaios. São Paulo: Cosac Naify, 2009, 440p . . Este livro reúne, de forma oportuna num único volume, 19 estudos e ensaios publicados entre 1973 e 2009, muitos dos quais são referências obrigatórias para qualquer aproximação à história indígena e do indigenismo no país. Agrupados em quatros seções (Olhares Indígenas; Olhares Indigenistas e Escravistas; Etnicidade, Indianidade e Política; Conhecimentos, Cultura e “Cultura”), os ensaios incluem, entre outros, o estudo seminal sobre o movimento messiânico canela de 1963; o artigo sobre vingança e temporalidade entre os Tupinambá (com E. Viveiros de Castro); o manifesto “Por uma História Indígena e do Indigenismo”; um texto sobre imagens de índios, contrastando as visões francesa e portuguesa; a instigante incursão na “guerra das relíquias” em que se explora os trajetos da memória no cruzamento entre o Velho e o Novo Mundo. Escritos com estilo refinado e inteligência afiada, os textos representam vários momentos em que a autora se debruçou sobre fontes históricas para abrir novos caminhos para a antropologia no Brasil . (John Monteiro).