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Imagem: Jean-Baptiste Debret.

Base John Monteiro

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MACHADO, Maria Fátima Roberto - org. Mato Grosso Português: ensaios de antropologia histórica. Cuiabá: Ed. da UFMT, 2001, 267p . . Série Ensaios Antropológicos, 6. A coletânea reúne seis estudos sobre a Capitania de Mato Grosso a partir de um enfoque interdisciplinar. Destacam-se a introdução da organizadora sobre a antropologia histórica, o texto de Gilberto Brizolla Santos sobre os Guaikuru e o estudo de Marina Azem sobre as doenças e epidemias segundo os textos de Alexandre Rodrigues Ferreira . (John Monteiro).
FAUSTO, Carlos. Inimigos Fiéis: história, guerra e xamanismo na Amazônia. São Paulo: Edusp, 2001, 587p . . À primeira vista, trata-se de uma etnografia nos moldes clássicos sobre os Parakanã, povo tupi-guarani que vive entre os rios Xingu e Tocantins. No entanto, como as boas monografias clássicas, o alcance do livro vai muito além da descrição do objeto em si e traz aportes para a abordagem antropológica dos processos históricos vivenciados por sociedades indígenas. Ao se defrontar com o desafio de explicar porque dois ramos dos Parakanã – de origem comum porém cindidos no final do século XIX em decorrência de uma "briga por mulheres" – apresentavam, na época do contato (década de 1970), formas sociais "significativamente distintas", o autor procura "mostrar como as transformações foram produto da intersecção de determinações internas e externas, interesecção que se deu em situações históricas particulares, conformando e sendo conformada pela ação dos agentes". Transitando entre estrutura e processo, esta etnografia apresenta uma sofisticada apreciação das "formas na história" e da "história das formas", manejando com destreza documentos históricos, narrativas indígenas, observações pessoais e uma extensa bibliografia etnológica . (John Monteiro).
ROCHA, Leandro Mendes. A Política Indigenista no Brasil: 1930-1967. Goiânia: Editora UFG, 2003, 267p . . Ex-funcionário da FUNAI, onde trabalhou com a documentação textual e iconográfica do SPI pertencente ao Departamento de Documentação (DEDOC/FUNAI), o autor apresentou uma versão original deste livro como tese de doutorado na Universidade de Paris III. Organizado tematicamente para dar conta de diferentes dimensões da política indigenista ao longo do período abordado, o livro busca entender essa política dentro do contexto mais abrangente de “modernização autoritária”, embora mantendo em mente a variação regional da aplicação de políticas federais. Para tanto, dedica os últimos capítulos a casos específicos, tais como os Tikuna, Tiriyó, Tuxá e Fulniô. Inclui fotos e mapas, tirados sobretudo dos relatórios impressos do SPI . (John Monteiro).
SCHWARTZ, Stuart B. Da América Portuguesa ao Brasil. Lisboa: Difel, 2003, 324p . . Trad. Nuno Mota. O livro reúne vários artigos, antes inéditos em português, incluindo o clássico estudo do trabalho indígena na grande lavoura e o texto sobre a formação de uma identidade colonial no Brasil, comentando de maneira interessante o lugar do passado indígena no discurso dos genealogistas e memorialistas na segunda metade do século XVIII. Também vale a pena ler o ensaio bibliográfico que compõe o último capítulo do livro, pois coloca muito bem o contexto historiográfico no qual se pode situar os estudos sobre os índios na América Portuguesa . (John Monteiro).
GALINDO, Marcos; HULSMAN, Lodewijk - orgs. Guia de Fontes para a História do Brasil Holandês. Recife: Fundação Joaquim Nabuco/Editora Massangana/Instituto de Cultura, 2001, 376p . . Ligado ao Projeto Resgate, este guia retoma iniciativas anteriores (de Joaquim Caetano Silva, José Hygino Duarte Pereira e José Antônio Gonsalves de Mello) de trazer à tona a riqueza dos arquivos públicos holandeses para a história do Brasil. O guia fornece informações detalhadas sobre sete arquivos, além de reproduzir os relatórios de pesquisa de José Hygino (1885-6) e de Gonsalves de Mello (1957-8), que detalham outros acervos. Embora a listagem não especifique o conteúdo, de grande interesse para a história dos índios são os documentos administrativos, econômicos e políticos da Companhia das Índias Ocidentais, no Algemeen Rijksarchief em Haia, que também contém uma documentação referente à conversão dos índios pelos pregadores calvinistas . (John Monteiro).
KOK, Glória. Os Vivos e os Mortos na América Portuguesa: da antropofagia à água do batismo. Campinas: Editora da Unicamp, 2001, 183p . . Centrado nas relações entre missionários e índios (sobretudo Tupinambá e Guarani), este estudo faz uma leitura bastante original da "disputa pelo espaço simbólico". Ao eleger a questão da morte, a autora tece um argumento interessante a respeito das transformações decorrentes do processo de conversão religiosa . (John Monteiro).
BERWANGER, Ana Regina; OSÓRIO, Helen; SOUZA, Susana Bleil de - orgs. Catálogo de Documentos Manuscritos Avulsos referentes à Capitania do Rio Grande do Sul existentes no Arquivo Histórico Ultramarino, Lisboa. Porto Alegre: CORAG, 2001, 239p . . Parte do Projeto Resgate, o catálogo elenca cerca de mil documentos referente a esta capitania, cobrindo o período de 1732 a 1825. Há vários documentos sobre índios Minuano, Tape, Charrua e Guarani, com informações sobre as missões durante e após a expulsão dos jesuítas, sobre as relações entre a expansão do gado e povos indígenas, e sobre conflitos . (John Monteiro).
GRÜNEWALD, Rodrigo de Azeredo. Os Índios do Descobrimento: tradição e turismo. Rio de Janeiro: Contra Capa, 2001, 224p . . Fruto de uma densa pesquisa etnográfica realizada às vésperas das "comemorações" do quinto centenário, este estudo problematiza a postura dos Pataxó do sul da Bahia ao assumirem o papel de "índios do descobrimento" no sítio histórico dos primeiros contatos de 1500. Lançando mão de uma antropologia histórica em diálogo com os "estudos pós-coloniais", o autor demonstra o quanto a história dos índios se complica à medida que os índios apresentem versões próprias dessa história no contexto da negociação de identidades. Outra contribuição importante deste estudo reside no enfoque sobre o turismo étnico, outra arena na qual se mobiliza discussões em torno das tradições que, neste caso, segundo o autor, estão vinculadas tanto a manifestações culturais essencializadas (danças, artesanato, língua) quanto a uma narrativa histórica que remete ao descobrimento do Brasil . (John Monteiro).
SILVA, Aracy Lopes da; FERREIRA, Mariana Kawall Leal - orgs. Antropologia, História e Educação: A Questão Indígena e a Escola. São Paulo: Editora Global/MARI, 2001, 398p . . Organizada em quatro partes, esta coletânea oferece um panorama da educação escolar indígena no Brasil. A Parte II traz artigos diretamente voltados para a história, incluindo textos de Marta Amoroso sobre a educação nos aldeamentos capuchinhos; de Antonella Tassinari referente à trajetória da escola indígena na história do Uaçá; e, por fim, de Lux Vidal discutindo a relação entre cosmologia e história através de uma análise dos grafismos indígenas no Oiapoque . (John Monteiro).
GONDIM, Joaquim. A Pacificação dos Parintintins: Koró de iuirapá. Manaus: Edições Governo do Estado, 2001, 67p . . Ed. facsimilar. Edição facsimilar do livro escrito pelo integrante da equipe do SPI do Amazonas, é uma narrativa muito interessante sobre a expedição chefiada pelo "auxiliar" Curt Nimuendaju entre 1922 e 1924, aliás baseada em grande parte no relatório do sertanista. Em anexo há um vocabulário, desenhos feitos pelos índios, uma partitura e uma sequência de fotografias . (John Monteiro).