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Imagem: Jean-Baptiste Debret.
Base John Monteiro
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COIMBRA JR, Carlos et al. The Xavante in Transition: Health, Ecology, and Bioanthropology in Central Brazil. Ann Arbor: University of Michigan Press, 2002, 344p . . Projeto de colaboração interdisciplinar, o livro busca produzir uma percepção diacrônica da relação entre os Xavante de Etéñitépa e a sociedade brasileira. O enfoque recai sobre aspectos biológicos, demográficos, epidemiológicos e ecológicos, porém os autores trazem informações históricas importantes, algumas remontando ao século XVIII, com a reprodução de mapas e plantas de aldeias . (John Monteiro). |
GRÜNEWALD, Rodrigo de Azeredo. Os Índios do Descobrimento: tradição e turismo. Rio de Janeiro: Contra Capa, 2001, 224p . . Fruto de uma densa pesquisa etnográfica realizada às vésperas das "comemorações" do quinto centenário, este estudo problematiza a postura dos Pataxó do sul da Bahia ao assumirem o papel de "índios do descobrimento" no sítio histórico dos primeiros contatos de 1500. Lançando mão de uma antropologia histórica em diálogo com os "estudos pós-coloniais", o autor demonstra o quanto a história dos índios se complica à medida que os índios apresentem versões próprias dessa história no contexto da negociação de identidades. Outra contribuição importante deste estudo reside no enfoque sobre o turismo étnico, outra arena na qual se mobiliza discussões em torno das tradições que, neste caso, segundo o autor, estão vinculadas tanto a manifestações culturais essencializadas (danças, artesanato, língua) quanto a uma narrativa histórica que remete ao descobrimento do Brasil . (John Monteiro). |
GOMES, Mércio Pereira. O Índio na História: o povo Tenetehara em busca da liberdade. Petrópolis: Editora Vozes, 2002, 631p . . O autor alia uma extensa pesquisa documental a sua longa experiência como etnógrafo e indigenista para produzir um detalhadíssimo relato das relações entre os Tenetehara do Maranhão e os brancos, desde o contato inicial com os franceses no início do século XVII aos dias de hoje. Conforme alerta o próprio autor, o livro está escrito em vários registros distintos, passando pela teoria antropológica ("ontosistêmica"), pela história do contato, pela "economia igualitarista", pela demografia e pela filosofia. A parte sobre a história é organizada pela sequência das principais instituições da política indigenista, com uma concentração maior no período do SPI. No mais, destacam-se a abordagem da rebelião de Alto Alegre (1901) e o capítulo sobre a demografia histórica. Presente de maneira indireta ao longo do livro, a voz dos índios aparece de maneira explícita num capítulo curto com a transcrição de alguns depoimentos . (John Monteiro). |
SILVA, Aracy Lopes da; FERREIRA, Mariana Kawall Leal - orgs. Antropologia, História e Educação: A Questão Indígena e a Escola. São Paulo: Editora Global/MARI, 2001, 398p . . Organizada em quatro partes, esta coletânea oferece um panorama da educação escolar indígena no Brasil. A Parte II traz artigos diretamente voltados para a história, incluindo textos de Marta Amoroso sobre a educação nos aldeamentos capuchinhos; de Antonella Tassinari referente à trajetória da escola indígena na história do Uaçá; e, por fim, de Lux Vidal discutindo a relação entre cosmologia e história através de uma análise dos grafismos indígenas no Oiapoque . (John Monteiro). |
GONDIM, Joaquim. A Pacificação dos Parintintins: Koró de iuirapá. Manaus: Edições Governo do Estado, 2001, 67p . . Ed. facsimilar. Edição facsimilar do livro escrito pelo integrante da equipe do SPI do Amazonas, é uma narrativa muito interessante sobre a expedição chefiada pelo "auxiliar" Curt Nimuendaju entre 1922 e 1924, aliás baseada em grande parte no relatório do sertanista. Em anexo há um vocabulário, desenhos feitos pelos índios, uma partitura e uma sequência de fotografias . (John Monteiro). |
MEDEIROS, Sérgio - org. Makunaíma e Jurupari: Cosmogonias Ameríndias. São Paulo: Editora Perspectiva, 2002, 413p . . Coleção Textos 13. Este livro reproduz e comenta as coletâneas de mitos e lendas feitas pelos etnógrafos Theodor Koch-Grünberg e Ermanno Stradelli há mais de um século. No caso de Stradelli, é a primeira tradução integral para o português da versão da “Lenda de Jurupari”, inicialmente redigida em nhengatu por Maximiano José Roberto, filho mestiço de uma índia Tariana da região do Uaupés, e publicada em italiano em 1890 . (John Monteiro). |
STEPAN, Nancy Leys. Picturing Tropical Nature. Ithaca: Cornell University Press, 2001, 283p . . Neste estudo sobre as representações científicas e artísticas da natureza tropical durante os séculos XIX e XX, a autora apresenta uma discussão bem documentada das questões de raça e mestiçagem no Brasil. O texto inclui algumas fotografias interessantes de índios, arquivadas na Fundação Oswaldo Cruz . (John Monteiro). |
WARREN, Jonathan W. Racial Revolutions: antiracism and Indian resurgence in Brazil. Durham: Duke University Press, 2001, 364p . . Baseado sobretudo em entrevistas aplicadas entre informantes indígenas e não-indígenas, este livro busca problematizar o processo de "reemergência étnica" entre populações de "índios pós-tradicionais" da "região leste", o que corresponde sobretudo a Minas Gerais, Espírito Santo e Sul da Bahia. A questão da história está presente em várias dimensões, sobretudo na discussão da construção de imagens e de critérios para a indianidade, passando pelo discurso sobre as raízes mestiças da nação e, de forma mais agressiva e polêmica, pelo "pensamento selvagem" dos antropólogos. Escrito no melhor (e pior) estilo pós-moderno, o livro traz um material para a discussão em torno dos "índios misturados", mesmo que o leitor não compartilhe a racialização da questão, tal como apresentada pelo autor . (John Monteiro). |
OLIVEIRA, Elza Regis de; MENEZES, Mozart Vergetti de; LIMA, Maria da Vitória Barbosa - orgs. Catálogo de Documentos Manuscritos Avulsos referentes à Capitania da Paraíba, existentes no Arquivo Histórico Ultramarino de Lisboa. João Pessoa: Editora UFPB, 2001, 655p . . Vinculado ao Projeto Resgate, o catálogo traz a descrição sumária de cerca de 3.500 documentos, abrangendo o período de 1593 a 1826. Os verbetes incluem valiosas referências para a história indígena, com informações sobre aldeias e vilas indígenas, o trabalho dos índios, as atividades militares dos índios, terras, rebeliões e as relações entre índios e escravos africanos . (John Monteiro). |
SCHRÖDER, Peter - org. Os Fulni-ô: cultura, identidade e território no Nordeste indígena. Recife: Editora Universitária, 2002, 262p . . Série Antropologia e Etnicidade 1. A coletânea conta com oito autores de diversas áreas, incluindo um sociólogo Fulni-ô (Wilke Torres de Melo), para dimensionar o povo Fulni-ô a partir de certos aspectos históricos, econômicos e culturais. O organizador contribui não apenas com um sólido levantamento e discussão da história (inacabada) do território dos índios, como também apresenta uma utilíssima bibliografia crítica dos estudos sobre este povo. Outros textos de interesse para a história dos índios incluem o capítulo de Eliana Gomes Quirino sobre a memória (com destaque para o lugar do padre Alfredo Damaso nos relatos indígenas) e o capítulo de Sérgio Neves Dantas sobre a música sagrada como elemento articulador de memória e identidade. Em anexo estão transcritos seis documentos históricos referentes à demarcação de terras indígenas . (John Monteiro). |