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Imagem: Jean-Baptiste Debret.
Base John Monteiro
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ALENCASTRO, Luiz Felipe de. O Trato dos Viventes: formação do Brasil no Atlântico Sul. São Paulo: Companhia das Letras, 2000, 525p . . Arrojada interpretação da formação do Brasil no século XVII a partir da sua inserção num sistema comercial e num circuito cultural demarcados no espaço do Atlântico Sul. No que diz respeito à temática indígena, o livro apresenta uma discussão densa e inovadora sobre a relação entre a escravidão indígena e a escravidão africana no Brasil e em Angola. Destacam-se a parte sobre epidemias enquanto fator de peso na opção pelo trabalho africano, bem como a reinscrição das guerras indígenas do século XVII no contexto mais amplo da história colonial seiscentista . (John Monteiro). |
PI HUGARTE, Renzo. Los Indios del Uruguay. Montevidéu: Ediciones de la Banda Oriental, 2007, 242p . . Publicado originalmente na Espanha em 1993, o livro apresenta uma síntese da presença histórica de povos indígenas no território que compõe o atual Uruguai, buscando contribuir subsídios para debates contemporâneos sobre a presença indígena nesse “país sem índios”. Extravasando as fronteiras para alcançar Rio Grande do Sul, por um lado, e algumas províncias argentinas contíguas, por outro, o autor enfoca de maneira especial os Charruas e os Guarani, colocando em questão o peso relativo de cada povo para a composição da população e cultura do Uruguai moderno. As notas biobibliográficas no fim do livro, bem como a bibliografia geral, são bastante úteis para conhecer fontes e pesquisas . (John Monteiro). |
ARRUDA, José Jobson de Andrade. Documentos Manuscritos Avulsos da Capitania de São Paulo. Bauru: EDUSC, 2000, 340p . . Arrolamentos ligados ao Projeto Resgate foram projetados três volumes, dos quais dois estão concluídos: o Catálogo 1, abrangendo o período de 1644 a 1830, descreve o conteúdo de 30 caixas (quase 1.400 documentos) que não foram inventariados anteriormente; e o Catálogo 2, abrangendo 1618 a 1823, reproduz de maneira sintética os verbetes publicados por Alfredo Mendes Gouveia na ocasião do IV Centenário de São Paulo, em 15 volumes. O Catálogo 2 traz mais de 5.000 descrições sumárias, a serem completadas futuramente com o volume 3. São muitas as referências aos índios, uma parte das quais que pode ser identificada pelo índice temático de cada volume. Os verbetes incluem informações sobre aldeamentos, terras, trabalho, bandeiras, resistência e participação militar, com referências aos Carijó (Guarani), Guaianá, Bororo, Puri e muitos outros grupos . (John Monteiro). |
LADEIRA, Maria Inês. O Caminhar sob a Luz: Território Mbya à Beira do Oceano. São Paulo: Ed. Unesp/Fapesp, 2007, 199p . . Fruto de pesquisas e vivências realizadas entre 1979 e 1991, este livro foi apresentado como dissertação de mestrado em 1992. Grande parte do livro enfoca “os mitos e o modo de ser mbya”, porém inclui uma abordagem original sobre a história dos Mbya em território brasileiro, com destaque para a questão das migrações religiosas. Bartomeu Melià chama a atenção no prefácio para a ideia de que os episódios relatados nesse “registro etnográfico da década de 1980” hoje “se tornam etno-história”. Mas a atualidade do livro reside sobretudo no diálogo que a autora constrói com os índios, captado de maneira interessante por Davi da Silva Karaí Rataendy na orelha do livro: “Palavras que estão aqui pertenceram a muitas pessoas, muitos entre nós, que deixaram a sua sabedoria”. O texto é enriquecido por fotografias e desenhos feitos por índios . (John Monteiro). |
HEMMING, John. Ouro Vermelho: A Conquista dos Índios Brasileiros. São Paulo: Edusp, 2007, 811p . . Tradução Carlos Eugênio Marcondes de Moura. Excelente tradução deste livro pioneiro, publicado originalmente em inglês em 1978. Apesar da ausência de um diálogo mais consistente com a historiografia colonial ou com a etnologia sul-americana, Hemming apresenta uma pesquisa bastante abrangente nas fontes impressas e uma narrativa empolgante, bem ao estilo de sua obra anterior sobre a conquista dos Incas. A importância do livro reside na abrangência da cobertura, porém falta a esta edição uma apresentação (como há nos outros volumes da série Clássicos), esclarecendo o contexto em que a obra foi produzida e o seu significado para os estudos indígenas. A tradução preserva a edição de 1978 quase integralmente, acrescido de algumas citações bibliográficas mais recentes (até o início dos anos 90). Se não há um esforço de atualização da obra à luz da revolução nos estudos sobre a história dos índios nos últimos anos, surge estranhamente uma alteração no anexo demográfico, em certo sentido amenizando a visão catastrófica e pessimista da edição original (na qual declarava que a população indígena daquela época seria menos de 100.000, obviamente reproduzindo as projeções de Darcy Ribeiro). Aparece uma cifra de 700.000 para a população atual (referência ao censo de 2000) . (John Monteiro). |
MOTA, Lúcio Tadeu; NOELLI, Francisco; TOMMASINO, Kimiye - orgs. Uri e Wãxi: estudos interdisciplinares dos Kaingang. Londrina: Editora UEL, 2000, 377p . . Coletânea de textos abordando os Kaingang do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul a partir de enfoques bastante diversos, desde a arqueologia à educação indígena. No plano histórico, destacam-se os textos de Noelli, Mota e Tommasino, sendo também de grande interesse o estudo inovador de Janir Simiema sobre as habitações kaingang . (John Monteiro). |
DENIS, Ferdinand. Uma Festa Brasileira Celebrada em Rouen em 1550: Teogonia dos antigos povos do Brasil, um fragmento do século XVI. São Bernardo do Campo: Bazar das Palavras-Usina das Ideias, 2007, 233p . . Tradução do francês Júnia Guimarães Botelho. Tradução do tupi Eduardo de Almeida Navarro. Edição bilíngue com o original em francês e a tradução em português do livro editado em Paris em 1850, reproduz três documentos originalmente publicados por Denis: a breve Suntuosa Entrada, impresso anônimo de 1551 descrevendo a celebração em Rouen, que incluiu a representação de uma batalha entre os Tupinambá e os Tabajara; um fragmento antes inédito da Cosmografia de André Thevet sobre a teogonia tupi; e uma seleção de poemas em tupi, do jesuíta Cristóvão Valente, com nova tradução de Eduardo Navarro. Os apêndices incluem o termo de batismo de Catarina Paraguaçu, uma breve nota biográfica sobre Ferdinand Denis e uma bibliografia das obras escritas por Denis sobre o Brasil . (John Monteiro). |
FERNANDES JR, Rubens; CORRÊA DO LAGO, Pedro. O Século XIX na Fotografia Brasileira: Coleção Pedro Corrêa do Lago. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 2000, 192p . . Neste catálogo de uma exposição, são de interesse para a história dos índios alguns retratos feitos entre 1875 e 1885 por Marc Ferrez (Kaiowá, Kayapó, Apiacá, Botocudo); duas fotos de um álbum com dez fotografias tiradas por Emílio Goeldi em Goiás em 1889 (Krahó); e duas fotos de Albert Fritsch no Amazonas em 1865 (grupo não identificado). O texto fornece algumas informações sobre os fotógrafos . (John Monteiro). |
WITTMANN, Luisa Tombini. O Vapor e o Botoque: imigrantes alemães e índios Xokleng no Vale do Itajaí/SC (1850-1926). Florianópolis: Letras Contemporâneas, 2007, 268p . . Originalmente uma dissertação de mestrado, este livro narra, com maestria, as trajetórias de várias vidas tocadas pela envolvente história do contato entre os Xokleng e os imigrantes europeus que ocuparam o Vale do Itajaí a partir de meados do século XIX. De especial interesse para a história indígena, o Capítulo 3 introduz um quadro de “singulares relações interétnicas” ao acompanhar a vida de pessoas que foram adotadas ou raptadas, incorporando-se no mundo do outro. O último capítulo traz uma leitura inovadora das relações entre o encarregado do SPI Eduardo Hoerhann e os índios que integravam o Posto Indígena Duque de Caxias . (John Monteiro). |
MELATTI, Julio Cezar. Índios do Brasil. São Paulo: Edusp, 2007, 304p . . Síntese clássica publicada pela primeira vez em 1970, a nona edição de Índios do Brasil traz revisões, atualizações e acréscimos, proporcionando uma visão de conjunto sobre aspectos arqueológicos, históricos, etnográficos e políticos da presença indígena no Brasil. A obra permanece uma das melhores introduções à temática indígena para não-especialistas . (John Monteiro). |