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Imagem: Jean-Baptiste Debret.

Base John Monteiro

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FAUSTO, Carlos. Os Índios antes do Brasil. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2000, 94p . . Este pequeno livro tem o grande mérito de sintetizar em poucas páginas os difíceis debates em torno das origens e desenvolvimento cultural dos povos nativos no amplo período anterior à chegada dos europeus. Mostra de forma hábil o diálogo entre a arqueologia e o registro histórico, levantando sérias questões a respeito das características demográficas, políticas e étnicas dessas populações . (John Monteiro).
SANTOS, Francisco Jorge dos - org. Catálogo do Rio Negro: Documentos Manuscritos Avulsos existentes no Arquivo Histórico Ultramarino (1723-1825). Manaus: Editora da Universidade do Amazonas, 2000, 249p . . Arrolamento do Projeto Resgate, este catálogo elenca 750 descrições sumárias da documentação desta capitania, com muitas referências à temática indígena; aliás, grande parte da documentação se refere, de uma maneira ou outra, aos índios. Há informações importantes sobre os descimentos na primeira metade do século XVIII; sobre as vilas estabelecidas sob o Diretório dos Índios; sobre os conflitos com índios Mura e Munduruku; sobre o movimento de canoas, entre muitos outros assuntos . (John Monteiro).
EISENBERG, José. As Missões Jesuíticas e o Pensamento Político Moderno: encontros culturais, aventuras teóricas. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2000, 264p . . Ao explorar o movimento de ideias entre a América e a Europa do século XVI, o autor introduz uma nova leitura das implicações políticas da obra missionária dos jesuítas no Brasil em seu período formativo. A releitura dos escritos de Nóbrega permite reavaliar as bases morais e éticas sobre as quais se formulou a política indigenista colonial. O livro reproduz textos-chave de Nóbrega, incluindo o Diálogo sobre a Conversão do Gentio e o chamado Plano Civilizador . (John Monteiro).
GANSON, Barbara. The Guarani Under Spanish Rule in the Río de la Plata. Austin: University of Texas Press, 2003, 290p . . Apesar da abrangência do título, o livro trata menos das missões espanholas e mais sobre o período após a expulsão dos jesuítas dos territórios espanhóis em 1767. A autora introduz uma pesquisa bastante original e densa, destacando-se a documentação evocativa das vozes e das ações dos Guarani, não se atendo apenas às lideranças. O trabalho trava um diálogo entre a etnologia e a história, situando-se numa rica tradição de estudos sobre as áreas de fronteiras coloniais. Embora o enfoque seja sobre a América Espanhola, o livro acrescenta informações e perspectivas sobre episódios envolvendo colonos e índios da América Portuguesa, incluindo as expedições paulistas, a chamada Guerra Guaranítica e a incorporação dos Sete Povos ao lado português da fronteira . (John Monteiro).
FREIRE, José Ribamar Bessa; ROSA, Maria Carlota - orgs. Línguas Gerais: política lingüística e catequese na América do Sul no período colonial. Rio de Janeiro: Ed. UERJ, 2003, 209p . . Apresentados originalmente no I Colóquio sobre Línguas Gerais, os 11 artigos deste volume proporcionam uma excelente introdução à temática, abrangendo estudos de linguística e de história. Um dos focos principais dos trabalhos reside na política e na produção dos jesuítas na sistematização e disseminação do Tupi; outro foco é a Língua Geral Amazônica. Há, ainda, dois textos muito bons sobre as línguas gerais na América espanhola . (John Monteiro).
GARCIA, Wilson Galhego - org. Nhande Rembypy - Nossas Origens. São Paulo: Editora da Unesp, 2003, 770p . . Fruto subsidiário de uma pesquisa sobre o universo botânico dos Kaiowá, este livro reúne um grande número de cânticos, narrativas e depoimentos de índios enfocando sobretudo o tema da origem dos Kaiowá e de suas práticas culturais. Apesar de um índice temático abrangente, o livro é difícil de manusear e de apreciar. Há informações e perspectivas interessantes sobre a história dos Kaiowá, porém o organizador não deixa claro quem são os narradores, que ficam diluídos numa categoria geral de “informantes”. Ainda assim, conforme salienta Sílvia Carvalho na orelha do livro, a obra tem uma escala monumental que reflete a longa experiência do organizador entre os índios e, ademais, através da colaboração do tradutor Kaiowá Aniceto Ribeiro, a edição bilíngue contribui para colocar um material ao alcance de estudantes indígenas . (John Monteiro).
MONTEIRO, Denise Mattos. Introdução à História do Rio Grande do Norte. Natal: EDUFRN, 2000, 244p . . Embora elaborado como um livro didático visando o público do ensino médio, este trabalho se destaca pela atenção dispensada à história dos índios enquanto aspecto fundamental da formação do Rio Grande do Norte . (John Monteiro).
BRITTO, Rossana G. A Saga de Pero do Campo Tourinho: o primeiro processo da Inquisição no Brasil. Petrópolis: Editora Vozes, 2000, 247p . . Este livro retoma o célebre caso do capitão-donatário de Porto Seguro, estudado por Capistrano de Abreu e outros. Ao esmiuçar os depoimentos constantes do processo inquisitorial contra Tourinho, a autora evoca o mundo de relações políticas, sociais e culturais entre os povoadores portugueses e os índios nos turbulentos anos iniciais da colônia. Vem transcrito, no anexo, o processo da Inquisição, inclusive a parte inédita que foi omitida na História da Colonização Portuguesa do Brasil, de Carlos Malheiros Dias (1924) . (John Monteiro).
DI CREDDO, Maria do Carmo Sampaio. Terras e Índios: a propriedade da terra no Vale do Paranapanema. São Paulo: Editora Arte & Ciência, 2003, 184p . . Baseado numa extensíssima pesquisa documental em cartórios do interior e no arquivo estadual, este livro enfoca a política expansionista do governo provincial de São Paulo na segunda metade do século XIX. Ao detalhar a organização de bandeiras, as tentativas de aldeamento e os conflitos entre fazendeiros e índios – Coroados (Kaingang), Cayuás (Kayowá-Guarani) e Xavantes (Oti) – a autora documenta a convergência entre interesses particulares e do Estado na ocupação fundiária do Vale, redundando na destruição dos povos indígenas . (John Monteiro).
FERNANDES, João Azevedo. De Cunhã a Mameluca: a mulher tupinambá e o nascimento do Brasil. João Pessoa: Editora UFPB, 2003, 303p . . Ao transitar entre a etnologia e a história, o autor produz uma monografia marcada sobretudo pela originalidade na abordagem crítica dos inícios da mestiçagem no Brasil. O livro desloca o foco para as mulheres tupinambás enquanto protagonistas de uma história de relações que devem, segundo o autor, ser analisadas a partir de um "paradigma interétnico". Para tanto, realiza uma ampla reavaliação crítica dos estudos históricos e etnológicos à luz de uma releitura de relatos e fontes coloniais dos mais variados. A riqueza deste trabalho só é empobrecida pela baixa qualidade editorial do livro . (John Monteiro).