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Imagem: Jean-Baptiste Debret.

Base John Monteiro

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ANDERSON, Robin L. Colonization as Exploitation in the Amazon Rain Forest.. Brasil: University Presses of Florida, 1999, 208p . . Ao percorrer a história do baixo Amazonas da introdução do Diretório ao ocaso do boom da borracha, a autora sustenta que a colonização representou basicamente a exploração desenfreada dos recursos humanos e naturais da região. O objetivo é mostrar que o processo contemporâneo de devastação da Amazônia possui raízes profundas. . (John Monteiro).
FORLINE, Louis; MURRIETA, Rui; VIEIRA, Ima. Amazônia Além dos 500 Anos. Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi, 2006, 566p . . O livro reúne estudos que foram apresentados no simpósio internacional e interdisciplinar “Amazônia 500 Anos”, realizado em Belém no ano de 2000. De especial interesse para a história indígena são os textos de Michael Heckenberger sobre a necessidade de entender os processos históricos xinguanos de maneira mais complexa; de Eduardo Neves sobre línguas, tradições orais e arqueologia como chaves para a compreensão da história indígena do Rio Negro; de Rafael Chambouleyron sobre as tensões e conflitos entre principais indígenas, jesuítas e autoridades no Maranhão e Pará durante o século XVII; e de Márcio Meira, que apresenta um estudo panorâmico e instigante das relações entre índios e brancos no Rio Negro . (John Monteiro).
GADELHA, Regina A F - org. Missões Guarani: impacto na sociedade contemporânea. São Paulo: EDUC, 1999, 391p . . Resultado de um simpósio realizado em 1998, esta coletânea reúne vários textos sobre as missões jesuíticas da região platina, que incluía uma parte significativa do futuro território brasileiro. Os textos enfocam a história das missões a partir de abordagens históricas, etnológicas, arqueológicas e artísticas . (John Monteiro).
PROUS, André. O Brasil antes dos Brasileiros: a pré-história do nosso país. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2006, 141p . . Série Nova Biblioteca de Ciências Sociais. Este livro oferece uma excelente introdução às principais questões referentes ao povoamento e ocupação do território (hoje) brasileiro e à história da arqueologia no país. O autor traduz a sua experiência e erudição para um texto claro, conciso e, sobretudo, útil para pautar algumas das questões de fundo para a compreensão da história dos povos ameríndios . (John Monteiro).
ANDRELLO, Geraldo. Cidade do Índio: transformações e cotidiano em Iauaretê. São Paulo: Editora Unesp; Instituto Socioambiental; NuTI, 2006, 447p . . Estudo tão instigante quanto inovador, Cidade do Índio apresenta uma história e uma etnografia de uma “cidade indígena” no noroeste da Amazônia. De complexa feição pluriétnica (Tukano, Arapasso, Desana, Tariano, Pira-Tapuia e outros), Iauaretê propõe um desafio teórico para a tradição etnográfica focada geralmente num povo e numa aldeia. Como parte deste desafio, o autor realiza uma leitura diferenciada de fontes históricas, analisadas à luz dos materiais etnográficos coletados em campo (na cidade). Mas o autor também considera o “tom histórico” das narrativas indígenas, que pautam suas avaliações de situações atuais à luz de uma referência ao modo de vida dos antigos. Mais do que isso, segundo o autor, “os sentidos atribuídos pelos índios às transformações contemporâneas relacionam-se nitidamente a uma longa história de contato com a chamada sociedade nacional” (p. 18). De especial interesse para a história indígena é o capítulo 2, que realiza uma admirável síntese de vários séculos de história . (John Monteiro).
APOLINÁRIO, Juciene Ricarte. Os Akroá e Outros Povos Indígenas nas Fronteiras do Sertão: políticas indígena e indigenista no norte da Capitania de Goiás, atual Estado do Tocantins, século XVIII. Goiânia: Editora Kelps, 2006, 276p . . Fruto de uma tese de doutorado defendida na UFPE, o livro abarca a atribulada história dos povos indígenas que, no século XVIII, enfrentaram o avanço da presença colonial na região do rio Tocantíns. A autora traz inúmeros aportes documentais que permitem elucidar o protagonismo de homens e mulheres Akroá, Karajá e Xakriabá (entre outros) nos embates violentos, na negociação de acordos de paz e na constituição de um espaço colonial para os índios. É de grande interesse a utilização de textos e depoimentos de obscuros estadistas, de sertanistas semi-analfabetos e de outros personagens que ilustram o encontro nem sempre feliz entre a política indigenista de Lisboa e as práticas locais do sertão. O livro inclui mapas ilustrados, com destaque para um manuscrito da Biblioteca Pública de Évora que mostra representações pictóricas de índios e aldeias . (John Monteiro).
NOVAES, Adauto - org. A Outra Margem do Ocidente. São Paulo: Companhia das Letras, 1999, 544p . . O livro reúne 28 ensaios de vários especialistas renomados, abordando a temática indígena a partir de múltiplas perspectivas. Os textos foram apresentados originalmente num ciclo de conferências patrocinado pela Funarte. Vários aspectos da história indígena no Brasil e na América em geral estão representados nesta coletânea, cujo conjunto aponta para algumas das tendências mais marcantes dos debates atuais . (John Monteiro).
VEIGA, Juracilda. Aspectos Fundamentais da Cultura Kaingang. Campinas: Curt Nimuendajú, 2006, 256p + CD. . Apresentado inicialmente na forma de dissertação de mestrado na Unicamp, este livro oferece um amplo estudo que, segundo o prefácio de Vanessa Lea, efetivamente coloca os Kaingang “no mapa etnográfico dos povos Jê”. O enfoque de fato é etnográfico porém o livro também traz informações históricas dos séculos XIX e XX, sobretudo em referência às aldeias do Xapecó. O CD inclui tabelas genealógicas de famílias Kaingang de Xapecó . (John Monteiro).
WRIGHT, Robin - org. Transformando os Deuses: os múltiplos sentidos da conversão entre os povos indígenas no Brasil. Campinas: Editora da Unicamp, 1999, 547p . . Coletânea de ensaios enfocando a presença de missões religiosas em comunidades indígenas, sobretudo a partir da perspectiva dos conversos. Vários artigos abordam o assunto dentro de um contexto histórico, com ênfase na experiência recente. São 12 estudos de casos de conversão entre povos indígenas, incluindo um texto sobre a obra anchietana durante o século XVI. O livro inclui um extenso (e utilíssimo) levantamento das organizações religiosas atuando em áreas indígenas
ADAMS, Cristina; MURRIETA, Rui; NEVES, Walter - orgs. Sociedades Caboclas Amazônicas: modernidade e invisibilidade. São Paulo: Annablume, 2006, 362p . . Fruto de um evento interdisciplinar realizado na USP em 2002, esta coletânea enfoca, numa chave crítica e multidisciplinar, o “campesinato histórico” da Amazônia. Vários textos problematizam de maneira instigante a relação entre a categoria “caboclo” e as sociedades indígenas. Para a temática da história indígena, são de especial interesse as discussões teóricas de Stephen Nugent e Henyo Barreto, bem como os estudos que evocam mais explicitamente processos históricos, de William Balée (enfocando a ecologia histórica em referência ao Ka’apor), Décio Guzmán (sobre a mestiçagem no Rio Negro durante os séculos XVIII e XIX) e Mark Harris (sobre o “modo de ser no tempo” dos ribeirinhos mestiços) . (John Monteiro).