Créditos Imagem Publicações Busca

Imagem: Jean-Baptiste Debret.

Base John Monteiro

     Exibindo 1 a 10 de 21
SILVA, Aracy Lopes da; FERREIRA, Mariana Kawall Leal - orgs. Antropologia, História e Educação: A Questão Indígena e a Escola. São Paulo: Editora Global/MARI, 2001, 398p . . Organizada em quatro partes, esta coletânea oferece um panorama da educação escolar indígena no Brasil. A Parte II traz artigos diretamente voltados para a história, incluindo textos de Marta Amoroso sobre a educação nos aldeamentos capuchinhos; de Antonella Tassinari referente à trajetória da escola indígena na história do Uaçá; e, por fim, de Lux Vidal discutindo a relação entre cosmologia e história através de uma análise dos grafismos indígenas no Oiapoque . (John Monteiro).
GRÜNEWALD, Rodrigo de Azeredo. Os Índios do Descobrimento: tradição e turismo. Rio de Janeiro: Contra Capa, 2001, 224p . . Fruto de uma densa pesquisa etnográfica realizada às vésperas das "comemorações" do quinto centenário, este estudo problematiza a postura dos Pataxó do sul da Bahia ao assumirem o papel de "índios do descobrimento" no sítio histórico dos primeiros contatos de 1500. Lançando mão de uma antropologia histórica em diálogo com os "estudos pós-coloniais", o autor demonstra o quanto a história dos índios se complica à medida que os índios apresentem versões próprias dessa história no contexto da negociação de identidades. Outra contribuição importante deste estudo reside no enfoque sobre o turismo étnico, outra arena na qual se mobiliza discussões em torno das tradições que, neste caso, segundo o autor, estão vinculadas tanto a manifestações culturais essencializadas (danças, artesanato, língua) quanto a uma narrativa histórica que remete ao descobrimento do Brasil . (John Monteiro).
MENGET, Patrick. Em Nome dos Outros: classificação das relações sociais entre os Txicáo do Alto Xingu. Lisboa: Assírio & Alvim, 2001, 334p . . Escrita originalmente em 1977, esta etnografia sobre o povo Ikpeng (conhecido também como Txicão), além de refletir as questões teóricas que movimentavam a etnologia sul-americana nesse período, também traz elementos de interesse para a história indígena. O autor trabalha com informações do século XIX a respeito do Alto Xingu (inclusive o diário inédito do geógrafo alemão Hermann Meyer) e também apresenta versões Ikpeng para a história das relações com outros grupos e com os brancos. O forte é a etnografia, escrita com estilo e inteligência, proporcionando uma leitura muito agradável . (John Monteiro).
NOVAES, Adauto - org. A Outra Margem do Ocidente. São Paulo: Companhia das Letras, 1999, 544p . . O livro reúne 28 ensaios de vários especialistas renomados, abordando a temática indígena a partir de múltiplas perspectivas. Os textos foram apresentados originalmente num ciclo de conferências patrocinado pela Funarte. Vários aspectos da história indígena no Brasil e na América em geral estão representados nesta coletânea, cujo conjunto aponta para algumas das tendências mais marcantes dos debates atuais . (John Monteiro).
PATAXÓ, Katão. Trioká Hakão Pataxi: Caminhando pela História Pataxó. Salvador: Gráfica Santa Helena, 2001, 75p . . O autor relata a história dos índios desde a chegada dos portugueses aos dias de hoje, enfocando particularmente o povo Pataxó do sul da Bahia. Inclui algumas lendas e um vocabulário . (John Monteiro).
WARREN, Jonathan W. Racial Revolutions: antiracism and Indian resurgence in Brazil. Durham: Duke University Press, 2001, 364p . . Baseado sobretudo em entrevistas aplicadas entre informantes indígenas e não-indígenas, este livro busca problematizar o processo de "reemergência étnica" entre populações de "índios pós-tradicionais" da "região leste", o que corresponde sobretudo a Minas Gerais, Espírito Santo e Sul da Bahia. A questão da história está presente em várias dimensões, sobretudo na discussão da construção de imagens e de critérios para a indianidade, passando pelo discurso sobre as raízes mestiças da nação e, de forma mais agressiva e polêmica, pelo "pensamento selvagem" dos antropólogos. Escrito no melhor (e pior) estilo pós-moderno, o livro traz um material para a discussão em torno dos "índios misturados", mesmo que o leitor não compartilhe a racialização da questão, tal como apresentada pelo autor . (John Monteiro).
ALMEIDA, Luiz Sávio de - org. Os Índios nas Falas e Relatórios Provinciais de Alagoas. Maceió: Ed. UFAL, 1999, 88p . . O livro reproduz trechos dos relatórios dos presidentes da Província de Alagoas, referentes a terras indígenas, à extinção dos antigos aldeamentos e outros assuntos . (John Monteiro).
ATAÍDES, Jézus Marco de - org. Documenta Indígena do Brasil Central. Goiânia: Editora da UCG, 2001, 382p . . Apesar de uma organização um pouco difícil de acompanhar, o livro traz uma quantidade muito expressiva de documentos manuscritos do Arquivo Histórico Estadual em Goiânia e do Arquivo do Museu das Bandeiras em Goiás Velho. A documentação é bastante variada, abrangendo o período anterior à criação da Capitania até o final do Império. Em alguns casos, o organizador faz apenas um resumo do documento e, em outros, reproduz o documento na íntegra. A documentação refere-se a 15 grupos distintos, 14 aldeamentos, 14 presídios e diversos temas relacionados à política indigenista. Trata-se, enfim, de um guia indispensável para pesquisas sobre as populações indígenas de Goiás nos séculos XVIII e XIX . (John Monteiro).
BECKER, Ítala Irene Basile; LAROQUE, Luís Fernando da Silva. O Índio Kaingang do Paraná: Subsídios para uma Etno-História. São Leopoldo: Editora Unisinos, 1999, 344p . . O texto busca oferecer um amplo painel da presença Kaingang no território paranaense, baseada numa bibliografia variada e alguns documentos impressos . (John Monteiro).
BELLUZZO, Ana Maria de Moraes. O Brasil dos Viajantes. São Paulo: Fundação Odebrecht/Metalivros, 1999, 516p . . 3 Volumes. Catálogo de uma bem-sucedida exposição, o livro oferece belas reproduções de representações artísticas de temas brasileiros, com algum destaque para a temática indígena. O primeiro volume, sobre o "Imaginário do Novo Mundo", enfoca as imagens dos índios nas gravuras impressas, em mapas e na pintura, do início do século XVI ao período holandês. O segundo volume, "Um Lugar no Universo", dá ênfase à construção dos saberes científicos, de Frei Cristóvão de Lisboa (século XVII) à expedição de Agassiz em 1865-66. Também estão reproduzidas imagens, algumas menos conhecidas, das viagens de Alexandre Rodrigues Ferreira, Maximiliano Príncipe de Wied-Neuwied, Debret, Rugendas e Keller. O terceiro volume, "A Construção da Paisagem", inclui algumas poucas representações de índios no contexto da natureza luxuriante. Os três volumes trazem abundantes notas biográficas (sobre viajantes e artistas) e indicações bibliográficas . (John Monteiro).