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Imagem: Jean-Baptiste Debret.
Base John Monteiro
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JECUPÉ, Kaka Werá. A Terra dos Mil Povos: História Indígena do Brasil Contado por um Índio. São Paulo: Editora Fundação Peirópolis, 1998, 115p Série Educação para a Paz. . Iniciativa do Instituto Nova Tribo, criado pelo autor em 1994, o livro reúne uma sequência de textos curtos sobre vários aspectos da história dos povos indígenas no Brasil desde 1500. O autor intercala informações de vários tipos, navegando entre mitos ameríndios, referências à arqueologia e à historiografia, dados informativos e experiência pessoal . (John Monteiro). |
NOELLI, Francisco Silva - org. Kaingang: Referências sobre um povo jê do sul do Brasil. Londrina: Editora UEL, 1998, 185p . . Trata-se do arrolamento de 1126 itens bibliográficos referentes aos Kaingang, abrangendo estudos de história, etnologia, arqueologia e linguística, bem como alguns textos indigenistas. Os itens não trazem comentários, porém o conjunto é bastante útil ao identificar textos de circulação bastante restrita . (John Monteiro). |
HEMMING, John. Tree of Rivers: the story of the Amazon. Londres: Thames and Hudson, 2008, 368p . . Tomando a história do rio como fio da narrativa, Hemming revisita os episódios e as tragédias relatadas em sua trilogia sobre os índios. De Iquitos à Ilha do Marajó, da pré-história aos projetos desenvolvimentistas, Hemming aborda a história do rio Amazonas com paixão e nostalgia, unindo décadas de estudo a uma vasta experiência como viajante. Se algumas partes evocam a sensação de déjà vu (ou, melhor, déjà lu), o livro não deixa de ser uma leitura informativa e interessante . (John Monteiro). |
FAULHABER, Priscila; MONSERRAT, Ruth - orgs. Tastevin e a Etnografia Indígena. Rio de Janeiro: Museu do Índio-FUNAI, 2008, 213p . . Trata-se de uma coletânea de textos do missionário-etnógrafo Constant Tastevin (1880-1958), escritos durante a sua estada no Brasil entre 1905 e 1926 e publicados sobretudo em francês. Os textos escolhidos pelas organizadoras foram produzidos em Tefé, no Estado do Amazonas, e incluem informações históricas, arqueológicas, linguísticas e etnográficas a respeito de populações indígenas e caboclas na região do Solimões e seus afluentes. Os textos incluem notas de doze especialistas em línguas, cultura material, zoologia, geografia, história e etnologia, esclarecendo e enriquecendo a leitura do padre Tastevin, autor conhecido entre os estudiosos da Amazônia ocidental porém pouco traduzido anteriormente . (John Monteiro). |
GRUPIONI, Luís Donisete Benzi. Coleções e Expedições Vigiadas: Os etnólogos no Conselho de Fiscalização das Expedições Artísticas e Científicas no Brasil. São Paulo: Hucitec/Anpocs, 1998, 341p . . Ao estudar o Conselho de Fiscalização, o autor demonstra a intrincada relação entre a ciência e o nacionalismo no Brasil durante o Estado Novo, mostrando também a importância do colecionismo de artefatos para museus (sobretudo na Europa) como móvel do contato com populações indígenas. O autor trabalha com os dossiês sobre C. Nimuendaju, Claude Lévi-Strauss e outros etnólogos estrangeiros. Vencedor do Prêmio da Anpocs em 1997, o livro inclui um dossiê de fotos e uma listagem de fontes arquivados no MAST no Rio de Janeiro . (John Monteiro). |
LÉVI-STRAUSS, Claude. Saudades do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1998, 227p . . Tradução: Paulo Neves. Publicado em Paris em 1994, o livro traz uma série de fotografias feitas pelo etnólogo durante as suas viagens pelo Brasil entre 1935 e 1939. As fotos, muito sugestivas em si, são enriquecidas por comentários de Lévi-Strauss, alguns remetendo ao texto de Tristes Trópicos. Os registros indígenas referem-se sobretudo aos Kadiwéu, Bororo, Nambiquara, Tupi-Mondé e Kawahib . (John Monteiro). |
FLÓRIA, Cristina; FERNANDES, Ricardo Muniz - orgs. Tradição e Resistência: Encontro de Povos Indígenas. São Paulo: Edições SESC-SP, 2008, 328p + DVD e mapa. . Este volume documenta, com textos e fotos, o evento realizado em junho e julho de 2004 no SESC-Belenzinho, na capital paulista, reunindo representantes de 16 povos indígenas. Os textos reproduzem as falas de 25 expositores, em sua maioria índios, agrupadas nos grandes temas de meio ambiente, política e territorialidade, e cultura. Embora raramente tratada de maneira explícita, a dimensão histórica das culturas representadas está sempre presente, mesmo se codificada nas categorias que dão o título do livro. Uma seleção dos depoimentos indígenas realizados durante o encontro aparece no DVD, junto com cenas filmadas em diversas aldeias, conferindo uma visualidade à noção de tradição através da confecção de artefatos e da realização de rituais. O livro inclui a versão dos textos para o inglês . (John Monteiro). |
OLIVEIRA JR, Gerson Augusto de. Torém: brincadeira dos índios velhos. São Paulo: Annablume, 1998, 126p . . Ao analisar a importância da dança do torém como instrumento de afirmação étnica entre os Tremembé de Almofala (Ceará), o autor inclui um levantamento dos registros feitos por observadores no passado e por folcloristas. Lançando mão de depoimentos dos índios e de relatórios antropológicos, também documenta o processo de luta pelo reconhecimento oficial ao longo dos anos de 1980 . (John Monteiro). |
WRIGHT, Robin. Cosmos, Self, and History in Baniwa Religion: for those unborn. Austin: University of Texas Press, 1998, 314p . . Trata-se de uma etnografia da religião Baniwa, trazendo uma importante contribuição para a discussão em torno da relação entre mito e história. Wright explora o lugar da cosmogonia e da escatologia na articulação dos eventos e dos processos que marcaram a história dos Baniwa, com destaque para os movimentos proféticos. O autor lança mão de uma documentação interessante, porém as principais fontes históricas são os depoimentos e narrativas dos índios . (John Monteiro). |
ANDRADE, Ugo Maia. Memória e Diferença: os Tumbalalá e as redes de trocas no submédio São Francisco. São Paulo: Humanitas, 2008, 391p . . A partir de uma pesquisa etnográfica e documental, o autor ambienta a discussão da etnogênese tumbalalá em redes de relações interétnicas e interindígenas, redes essas que se constituem e se transformam no tempo e na memória. O livro inclui um capítulo muito bom sobre o processo de ocupação colonial do sertão do São Francisco e as implicações deste processo para a configuração de identidades indígenas. Mostra que a emergência étnica é longe de ser uma invenção recente e oportunista, antes está articulada a mudanças no quadro de relações historicamente profundas . (John Monteiro). |