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Imagem: Jean-Baptiste Debret.

Base John Monteiro

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BONILLA, Heraclio - org. Os Conquistados: 1492 e a população indígena das Américas. São Paulo: Hucitec, 2006, 426p . . Trad. Magda Lopes. Resultado de um simpósio realizado em 1992 no Equador, esta coletânea inclui vários estudos sobre a história dos índios nas Américas, inclusive de autores pouco traduzidos para o português, como Steve Stern, Enrique Florescano, Heraclio Bonilla, Roberto Choque, Manuel Burga, Henrique Urbano e R. Tom Zuidema, entre outros, abordando temas ligados ao impacto e aos sentidos da conquista. A América Portuguesa aparece apenas marginalmente, através de um extrato d’O Escravismo Colonial, de Jacob Gorender . (John Monteiro).
ALVES, Maurício Martins. Caminhos da Pobreza: a manutenção da diferença em Taubaté (1680-1729). São Paulo: Prefeitura Municipal de Taubaté, 1998, 181p . . Pesquisa detalhada a partir do rico acervo documental (inventários, testamentos, notas de tabelião) existente em Taubaté, referente ao final do século XVII e início do século XVIII, quando vigorava a exploração intensiva da mão-de-obra indígena na região. (John Monteiro) . (John Monteiro).
MONTEIRO, John. Labor Systems, 1492-1850. Cambridge: Cambridge University Press, 2006, 80p . Acessível em: https://plutao.ifch.unicamp.br/ihb/estudos/Labor1492-1850.pdf. Capítulo para a "Cambridge Economic History of Latin America". Editado por John H. Coatsworth, Roberto Cortés-Conde e Victor Bulmer-Thomas . (John Monteiro).
LANGFUR, Hal. The Forbidden Lands: Colonial Identity, Frontier Violence, and the Persistence of Brazil’s Eastern Indians, 1750-1830. Stanford: Stanford University Press, 2006, 408p . . Fruto de uma extensa pesquisa que garimpou arquivos e bibliotecas portugueses, brasileiros e norte-americanos, este livro constitui um denso estudo da história de “uma fronteira esquecida”, das “terras proibidas” situadas na faixa oriental de Minas Gerais. Ensejada pelo declínio da produção aurífera, esta “expansão para o leste” envolveu uma complexa trama de “relações sociais, culturais e raciais”, na qual os confrontos entre interesses coloniais (privados e públicos) e os “índios do leste” (isto é, Botocudos) proporcionam o fio principal da narrativa. Além de introduzir informações de uma enorme quantidade de documentos inéditos, o livro traz uma discussão instigante e inovadora das dimensões geográfica e historiográfica da noção de “fronteira” . (John Monteiro).
KERN, Arno Álvares - org. Arqueologia Histórica Missioneira. Porto Alegre: Editora da PUCRS, 1998, 206p . . São sete estudos referentes a pesquisas arqueológicas realizadas nas antigas reduções jesuíticas situadas no atual estado do RS. Embora bastante preliminares, os estudos apontam para as ricas possibilidades oferecidas pela arqueologia histórica no estudo das populações indígenas no Brasil . (John Monteiro).
CALAVIA SÁEZ, Oscar. O Nome e o Tempo dos Yaminawa: etnologia e história dos Yaminawa do rio Acre. São Paulo: Editora Unesp; Instituto Socioambiental; NuTI, 2006, 479p . . Estruturado em três partes, este livro oferece uma abordagem inovadora da história indígena, com foco num grupo de língua pano que veio a ser chamado de Yaminawa. A primeira parte apresenta uma etnografia do grupo, cuja “função essencial é definir o sujeito da história descrito nos capítulos seguintes, sua estrutura interna e as fronteiras do grupo”. O autor descreve a segunda parte como “uma tentativa de crônica”, lançando mão de fontes históricas, etnografias antigas (com destaque para Capistrano de Abreu e Constant Tastevin), etnografias recentes, relatos orais e cantos indígenas. Esta parte enfoca de maneira instigante a história dos índios como um campo em disputa, inclusive tecendo uma crítica à reiteração de uma história de perdas, que se contrasta com uma abordagem que entende a história como parte de um processo constante de produção da cultura e da identidade. Esta parte encerra com uma análise fascinante dos mitos que tematizam o Inca, servindo de ponte para a terceira e última seção, que apresenta uma rica análise da mitologia dos Yaminawa, oferecendo ainda a transcrição de 70 relatos míticos em anexo . (John Monteiro).
ANDRELLO, Geraldo. Cidade do Índio: transformações e cotidiano em Iauaretê. São Paulo: Editora Unesp; Instituto Socioambiental; NuTI, 2006, 447p . . Estudo tão instigante quanto inovador, Cidade do Índio apresenta uma história e uma etnografia de uma “cidade indígena” no noroeste da Amazônia. De complexa feição pluriétnica (Tukano, Arapasso, Desana, Tariano, Pira-Tapuia e outros), Iauaretê propõe um desafio teórico para a tradição etnográfica focada geralmente num povo e numa aldeia. Como parte deste desafio, o autor realiza uma leitura diferenciada de fontes históricas, analisadas à luz dos materiais etnográficos coletados em campo (na cidade). Mas o autor também considera o “tom histórico” das narrativas indígenas, que pautam suas avaliações de situações atuais à luz de uma referência ao modo de vida dos antigos. Mais do que isso, segundo o autor, “os sentidos atribuídos pelos índios às transformações contemporâneas relacionam-se nitidamente a uma longa história de contato com a chamada sociedade nacional” (p. 18). De especial interesse para a história indígena é o capítulo 2, que realiza uma admirável síntese de vários séculos de história . (John Monteiro).
SILVA, José Bonifácio de Andrada e; DOHLNIKOFF, Miriam - org. Projetos para o Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1998, 371p . . Coleção Retratos do Brasil. O livro reúne vários escritos do Bonifácio, inclusive alguns textos inéditos, muitos em forma de rascunho. Sobre os índios, além dos conhecidos "Apontamentos" apresentados à Constituinte em 1823, há vários outros textos de grande interesse sobre a história dos índios e sobre a questão da civilização. A introdução da organizadora situa bem o autor e seus escritos . (John Monteiro).
VILAÇA, Aparecida. Quem Somos Nós: os Wari’ encontram os brancos. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2006, 608p . . Versão modificada de uma tese de doutorado defendida no Museu Nacional, este livro tem como “eixo etnográfico” os primeiros e os sucessivos encontros entre os Wari’ e os brancos em Rondônia. Fruto de uma profunda pesquisa etnográfica complementada por uma pesquisa documental, o livro enfoca a história a partir de uma análise fina das percepções nativas que, longe de estáticas ou defensivas, reposicionam questões relativas à identidade, alteridade e mudança, à medida que os “brancos” passam a ocupar um lugar permanente no cotidiano ameríndio. Ao se defrontar com a maneira pela qual os Wari’ minimizam ou mesmo tratam como positivos os sofrimentos e perdas causados pelos massacres e epidemias, a autora coloca uma questão muito importante para a história dos índios, qual seja a dissonância entre percepções sobre os sentidos da transformação que decorre das relações entre um grupo indígena e a sociedade ocidental. O livro é amplamente ilustrado com fotografias e desenhos; de especial interesse para a história são as fotos do arquivo diocesano de Guajará-Mirim, tiradas no início da década de 1960 . (John Monteiro).
COUTO, Jorge. A Construção do Brasil. Ameríndios, portugueses e africanos, do início do povoamento a finais de Quinhentos. Lisboa: Cosmos, 1998, 408p . . Escrito originalmente para uma coleção espanhola, este livro foi atualizado e oferece uma ampla abordagem da experiência portuguesa no Brasil durante o século XVI. No que diz respeito à história dos índios, é útil para visualizar o contexto mais amplo da presença indígena nesse período . (John Monteiro).