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Imagem: Jean-Baptiste Debret.
Base John Monteiro
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KOCH-GRÜNBERG, Theodor. Dois Anos entre os Indígenas: Viagens no noroeste do Brasil (1903/1905). Manaus: Editora da Universidade Federal do Amazonas/Faculdade Salesiana Dom Bosco, 2005, 627p . . Tradução do influente relato de viagem Zwei Jahre unter den Indianern (1909). Dotado de um olhar tão detalhista quanto sensível, Koch-Grünberg não só se inscreve na tradição das narrativas de viagem como também introduz uma grande quantidade de informações etnográficas sobre vários povos do norte da Amazônia. O livro inclui dezenas de fotos de "tipos" indígenas e de objetos de cultura material, bem como desenhos e mapas. A tradução foi realizada por uma equipe do Centro Iauaretê de Documentação Etnográfica e Missionária, a qual incorporou "expressões da linguagem regional", o que convida ao cotejo com o original . (John Monteiro). |
DEBRET, Jean-Baptiste. Les Indiens du Brésil: illustrations & commentaires de Jean-Baptiste Debret. Paris: Éditions Chandeigne, 2005, 151p . . Seleção e introdução de Jean-Paul Duviols. Por incrível que pareça, segundo o autor da introdução, a obra Voyage historique et pittoresque au Brésil (Paris, 1834) até hoje não viu uma segunda edição em francês. Este livro, editado com esmero, repete a fórmula do volume Rio de Janeiro, la ville métisse, neste caso extraindo da Voyage as litogravuras de Debret referentes aos índios, acompanhadas pelos comentários originais do autor-artista. O livro traz um pequeno anexo com um mapa, uma bibliografia de referência e uma lista das ilustrações . (John Monteiro). |
SCHMALKALDEN, Caspar. Brasil Holandês: A Viagem de Caspar Schmalkalden de Amsterdã para Pernambuco no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Index, 1998, 175p . . Dante Martins Teixeira (org.). Edição facsimilar do manuscrito (em alemão) pertencente à Forschungs und Landesbibliothek de Gotha, na Alemanha, trata-se de um documento interessantíssimo para a história dos índios durante a presença holandesa no Brasil. Pouco se sabe sobre o autor, um alemão a serviço da Companhia das Índias Ocidentais que permaneceu poucos anos no Brasil e que participou da expedição de Hendrick Brouwer para o Chile. O texto merece um estudo mais detalhado no que diz respeito aos índios. Acompanha uma série de desenhos, mapas e prospectos, alguns aquarelados, inclusive com representações de indígenas de Pernambuco e do Chile. Há um pequeno vocabulário alemão-brasiliano (tupi) que o autor levantou junto a um índio mestre-escola. Contém também um vocabulário dos índios do Chile, mas os editores nos oferecem esta pérola: “O vocabulário desta viagem ao Chile não foi traduzido por não ter maiores significados para nós em Português” (!) O segundo volume, fartamente ilustrado, trata da flora e fauna, trazendo os nomes em tupi, português e, às vezes, holandês . (John Monteiro). |
GENTIL, Gabriel dos Santos. Povo Tukano: Cultura, história e valores. Manaus: Editora da Universidade Federal do Amazonas, 2005, 291p . . Série Autores Indígenas. Escrito pelo kumu (iniciado) tukano Séribhi Tëoñari, da aldeia Pari-Cachoeira no rio Tiquié (Noroeste da Amazônia), o livro busca reunir informações sobre a cultura e história dos povos Tukano, com destaque para os “saberes dos pajés” . (John Monteiro). |
KELLOGG, Susan. Weaving the Past: A History of Latin America’s Indigenous Women from the Prehispanic Period to the Present. Oxford: Oxford University Press, 2005, 338p . . Apesar do título abrangente e da proposta inovadora, o livro trabalha de maneira mais adequada a história das mulheres indígenas da Mesoamérica e dos Andes, sobretudo em função de um suporte bibliográfico mais amplo. O Brasil aparece apenas num capítulo sobre as “culturas tropicais” no período recente, aproveitando uma bibliografia antropológica bastante restrita, fazendo referência aos Munduruku, Bororo, Yanomami, Kaingang e Kayapó. Sequer cita a obra pioneira de Mary Karasch sobre Damiana da Cunha . (John Monteiro). |
FAULHABER, Priscila. O Lago dos Espelhos: etnografia do saber sobre a fronteira em Tefé/Amazonas. Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi, 1998, 215p . . Estudo de antropologia histórica enfocando os movimentos étnicos na região de fronteira no rio Solimões. De especial interesse são as partes sobre a configuração das fronteiras no século XIX e início do século XX e sua relação com os povos indígenas locais. Há também um instigante estudo sobre a constituição dos estudos etnológicos no início do século XX, mostrando a relação entre as atividades missionárias e científicas de uma das principais fontes sobre a região, o padre C. Tastevin . (John Monteiro). |
HECKENBERGER, Michael J. The Ecology of Power: Culture, Place, and Personhood in the Southern Amazon, A.D. 1000-2000. Londres: Routledge, 2005, 404p . . A partir de um enfoque historico-ecológico, o autor apresenta uma empolgante análise de um milênio de história alto-xinguana, tecendo um rico diálogo interdisciplinar. Ao questionar modelos e ao reivindicar novos estudos arqueológicos e etnohistóricos para fornecer respostas mais claras, esta importante contribuição adensa a discussão em torno da chefia (e dos cacicados) na Amazônia anterior ao contato com a expansão europeia e, em certo sentido, no período coêvo a esta mesma expansão . (John Monteiro). |
WRIGHT, Robin. Cosmos, Self, and History in Baniwa Religion: for those unborn. Austin: University of Texas Press, 1998, 314p . . Trata-se de uma etnografia da religião Baniwa, trazendo uma importante contribuição para a discussão em torno da relação entre mito e história. Wright explora o lugar da cosmogonia e da escatologia na articulação dos eventos e dos processos que marcaram a história dos Baniwa, com destaque para os movimentos proféticos. O autor lança mão de uma documentação interessante, porém as principais fontes históricas são os depoimentos e narrativas dos índios . (John Monteiro). |
JOSÉ NETO, Joaquim. Jovens Tapuios do Carretão: processos educativos de reconstrução da identidade indígena. Goiânia: Editora da UCG, 2005, 188p . . Descendentes de índios Xavante, Carajá, Javaé e Kayapó (do sul), que foram assentados no aldeamento de Pedro III no noroeste de Goiás no século XVIII, os “Tapuios do Carretão” passaram a reivindicar o reconhecimento da indianidade e direitos territoriais no final dos anos de 1970, resultando na homologação da Terra Indígena Carretão em 1990. Este livro enfoca mais particularmente a questão da educação escolar, porém traz vários depoimentos nos quais os Tapuios entrevistados comentam de maneira muito instigante as suas relações com o passado . (John Monteiro). |
ALMEIDA, Rita Heloisa de. O Diretório Pombalino. Brasília: Editora da UnB, 1998, 370p . . Estudo bastante detalhado da legislação pombalina e suas implicações para os povos indígenas da Amazônia na segunda metade do século XVIII. É importante a discussão sobre o conceito de civilização que serviu de base para a política indigenista neste período, bem como a contextualização desta política no plano mais amplo do império português. Reproduz, em facsímile, o Diretório dos Índios de 1757 . (John Monteiro). |