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Imagem: Jean-Baptiste Debret.

Base John Monteiro

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LÉVI-STRAUSS, Claude. Tristes Trópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 1997, 400p . . Tradução: Rosa Freire D’Aguiar. Publicado originalmente em 1955, é um misto de relato de viagem e reflexão antropológica do destacado etnólogo francês, cuja passagem pelo Brasil nos anos de 1930 foi fundamental na sua formação. Guardadas as especificidades contextuais, o livro proporciona uma excelente introdução à temática indígena e ao lugar dessa discussão no mundo contemporâneo. Com o passar do tempo, também passa a proporcionar uma espécie de documento histórico . (John Monteiro).
BAPTISTA, Jean. O Temporal: sociedades e espaços missionais. São Miguel das Missões: Museu das Missões, 2010, 228p . . Dossiê Missões. Marcando os 400 anos da formação das reduções, o Dossiê Missões traz três volumes que buscam fornecer subsídios conceituais e documentais para o Museu das Missões, em São Miguel (RS). Este primeiro volume, baseado nos Manuscritos da Coleção de Angelis e na bibliografia especializada sobre os Guarani, aborda aspectos organizacionais e administrativos com destaque para a experiência dos índios “reduzidos”. É especialmente interessante o enfoque sobre os espaços ocupados por crianças, mulheres e homens indígenas nas missões . (John Monteiro).
HARRIS, Mark. Rebellion on the Amazon: the Cabanagem, race, and popular culture in the north of Brazil, 1798-1840. Cambridge: Cambridge University Press, 2010, 331p . . Baseado numa extensa pesquisa documental e um domínio ágil da bibliografia vigente, este livro aborda a Cabanagem enquanto “rebelião camponesa”, comparável com outros movimentos nas Américas. Para tanto, o autor faz uma interessante revisão dos desdobramentos econômicos, políticos e culturais do Diretório abolido em 1798. De especial interesse para a história dos índios é o capítulo “Formas de Resistência nos Anos Finais do Período Colonial”, mostrando as bases mais profundas dos processos de conflito, mobilização e rebeldia que marcariam as décadas após a independência . (John Monteiro).
BAPTISTA, Jean; SANTOS, Maria Cristina dos. As Ruínas: a crise entre o temporal e o eterno. São Miguel das Missões: Museu das Missões, 2010, 249p . . Dossiê Missões. O terceiro dossiê inclui uma parte da tese de doutorado de Maria Cristina dos Santos sobre as missões no período posterior à expulsão dos jesuítas na segunda metade do século XVIII. Baseado numa ampla pesquisa documental, esta parte demonstra os percalços da administração espanhola e dos índios na tentativa de reorganizar as comunidades, cada vez mais arruinadas. A segunda parte do livro, escrito por Jean Baptista, adentra o século XIX e acompanha o destino das ruínas de igrejas, das populações dispersas e dos objetos sagrados que ficaram das reduções . (John Monteiro).
CARDIM, Fernão. Tratados da Terra e da Gente do Brasil. Lisboa: Comissão Nacional para a Comemoração dos Descobrimentos Portugueses, 1997, 337p . . Transcrição, edição e notas de Ana Maria de Azevedo. Trata-se de uma nova edição dos textos deste jesuíta sobre os índios, transcritos dos originais arquivados em Évora, com um estudo preliminar e notas muito esclarecedoras, colocando o texto em diálogo com a atual historiografia e etnologia. São três tratados: "Do Clima e Terra do Brasil", que é uma espécie compêndio de saberes indígenas; "Do Princípio e Origem dos Índios do Brasil", que inclui uma descrição detalhada das práticas culturais dos Tupi e um esboço da diversidade étnica; e a "Narrativa Epistolar de uma Viagem e Missão Jesuítica", o que apresenta um relato esmiuçado da viagem do visitador jesuíta Cristóvão de Gouveia pelas missões do Brasil entre 1583 e 1590, com descrições preciosas dos índios que viviam nessas aldeias . (John Monteiro).
GOMES, José Eudes. As Milícias d’El Rey: tropas militares e poder no Ceará setecentista. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2010, 359p . . Dissertação de mestrado vencedora do Prêmio Pronex/UFF Culturas Políticas, este livro aborda um tema de grande importância para a história dos índios, porém parcamente estudado: a estrutura e atuação de diferentes espécies de tropas militares nos processos de conquista, colonização e controle territorial na América portuguesa. Além de percorrer uma bibliografia ampla, o autor realizou uma pesquisa extensíssima em documentos impressos e manuscritos, enfocando de modo particular o Ceará. Enfoca de maneira original a participação e recompensa de tropas ameríndias, incluindo a identificação de doações de sesmarias a índios neste contexto. Inclui um bom número de mapas, tabelas, gráficos e ilustrações de interesse para a temática da história indígena . (John Monteiro).
LAHR, Marta Mirazón et al. Dossiê Surgimento do Homem na América. São Paulo: Revista USP, 1997, 98p . Acessível em: https://www.usp.br/revistausp/34/SUMARIO-34.htm. A partir de perspectivas pluridisciplinares, os oito artigos reunidos nesta revista redimensionam as hipóteses sobre a primeira ocupação humana do continente americano . (John Monteiro).
CYMBALISTA, Renato. Sangue, Ossos e Terras: os mortos e a ocupação do território luso-brasileiro, séculos XVI e XVII. São Paulo: Alameda, 2010, 364p . . Originalmente uma tese de doutorado, este livro aborda a formação inicial da América portuguesa a partir de um enfoque singular, buscando mostrar a importância “das complexas relações entre o espaço dos vivos, dos mortos e a realidade territorial na época da expansão colonial”. A investigação percorre uma documentação familiar (registros de missionários), enriquecida por imagens sacras, hagiografias e gravuras impressas mostrando cenas de martírio. Ao evocar martírios, relíquias, crenças e práticas, o autor inevitavelmente confronta “diálogos e traduções entre a cultura católica e ameríndia”. Se os primeiros capítulos tratam de maneira instigante este horizonte de convergências no espaço colonial, o último – dedicado exclusivamente aos índios – parece redundante e algo fora do lugar . (John Monteiro).
GIRALDIN, Odair. Cayapó e Panará: luta e sobrevivência de um povo Jê no Brasil Central. Campinas: Editora da Unicamp, 1997, 198p . . Ao transitar entre a documentação histórica e as etnografias modernas, o autor apresenta um sólido estudo da trajetória dos Kayapó meridionais, objetos de uma brutal política de repressão a partir do século XVIII. A pesquisa documental revela fontes e perspectivas antes desconhecidas, além de aprofundar as evidências que apontam para a relação entre os Kayapó meridionais, considerados "extintos", e os Panará do rio Peixoto de Azevedo . (John Monteiro).
HOLLER, Marcos. Os Jesuítas e a Música no Brasil Colonial. Campinas: Editora da Unicamp, 2010, 254p . . Fruto de uma pesquisa exaustiva na documentação jesuítica, este livro traz aportes significativos para se pensar o uso e impacto da música sacra em comunidades indígenas no período colonial. A riqueza da documentação não é plenamente correspondida na abordagem analítica, embora o autor levante questões importantes e polêmicas no que diz respeito à aceitação pelos índios das formas musicais adventícias e ao contraste com a experiência jesuítica na América espanhola . (John Monteiro).