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Imagem: Jean-Baptiste Debret.

Base John Monteiro

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LÉRY, Jean de. História de uma Viagem Feita à Terra do Brasil, também chamada América. Rio de Janeiro: Fundação Darcy Ribeiro, 2009, 294p . . Tradução de Maria Ignez Duque Estrada. Além de ajustar alguns problemas que aparecem na tradução anterior de Sérgio Milliet, esta nova edição do importante relato francês é enriquecida pelo ensaio introdutório e notas linguísticas de Aryon Rodrigues. A introdução de Carlos Moreira Neto comenta rapidamente a atualidade da obra de Léry, chamando a atenção para as observações do francês que são de particular interesse para a etnologia . (John Monteiro).
KODAMA, Kaori. Os Índios no Império do Brasil: a etnografia no IHGB entre as décadas de 1840 e 1860. Rio de Janeiro: Editora da Fiocruz/Edusp, 2009, 333p . . Originalmente uma tese de doutorado, este livro explora o lugar dos índios na “operação historiográfica” empreendida por membros do Instituto Histórico e Geográfico do Brasil em suas primeiras décadas de intensa atividade. A partir de uma leitura cuidadosa dos estudos, ensaios e debates impressos nas páginas da Revista Trimensal do Instituto, a autora demonstra a tensão entre o lugar dos índios na elaboração de uma narrativa sobre a história do Brasil e o “não-lugar” reservado aos índios no futuro da nação que se consolidava . (John Monteiro).
ZERON, Carlos Alberto de Moura Ribeiro. Ligne de Foi: la Compagnie de Jésus et l’esclavage dans le processus de formation de la société coloniale en Amérique portugaise (XVIe-XVIIe siècles). Paris: Honoré Champion, 2009, 573p . . Exaustiva análise dos debates em torno da escravidão indígena e africana na América portuguesa, com ênfase nos escritos jesuíticos nos dois lados do Atlântico. Aborda as dimensões teológicas, jurídicas e historiográficas da questão, mostrando que, a exemplo da América espanhola, o debate teve uma importância central para a consolidação da presença portuguesa no Novo Mundo . (John Monteiro).
MELLO, Marcia Eliane Alves de Souza e. Fé e Império: as Juntas das Missões nas conquistas portuguesas. Manaus: Editora da Universidade Federal do Amazonas, 2009, 384p . . A partir de uma ampla pesquisa documental em arquivos portugueses e brasileiros, o livro traça de maneira detalhada o funcionamento e a atuação das Juntas das Missões no Reino e nas partes ultramarinas, com especial atenção para a Junta no Estado do Maranhão e Grão Pará, no período entre 1681 e 1757. Uma das chaves da política indigenista colonial, apesar de pouco estudada, a Junta das Missões produziu uma documentação importante sobre a atuação de missionários, sobre descimentos e tropas de resgate, sobre o trabalho indígena e sobre guerras contra grupos que se opuseram aos portugueses . (John Monteiro).
SMILJANIC, Maria Inês - org. Faces da Indianidade. Curitiba: Nexo Design, 2009, 290p . . Cobrindo um amplo leque temático, o livro reúne estudos produzidos por professores e alunos dos programas de pós-graduação em Antropologia Social da Universidade de Brasília e da Universidade Federal do Paraná. A primeira parte traz “Histórias do Contato” com textos sobre o povo Apiaká (Giovanna Tempesta), sobre o contato interétnico no rio Apaporís (Luís Cayón) e sobre índios e seringueiros no Alto Juruá (Paulo Roberto Homem de Góes). A segunda parte discute “Agencialidades”, com enfoque especial sobre projetos indígenas; a terceira enfoca “Políticas”; a quarta “Imagens”; o livro encerra com uma parte dedicada a pesquisas em andamento por alunos de graduação . (John Monteiro).
UGARTE, Auxiliomar Silva. Sertões de Bárbaros: o mundo natural e as sociedades indígenas da Amazônia na visão dos cronistas ibéricos (séculos XVI-XVII). Manaus: Valer, 2009, 601p . . Originalmente tese de doutorado defendido na USP, o livro traz uma leitura minuciosa dos escritores coloniais, sobretudo espanhóis, que produziram textos sobre a Amazônia nos séculos XVI e XVII, tematizando a natureza edénica e a humanidade bárbara. Retoma questões de fundo sobre o imaginário textual referente à América do Sul, situando a Amazônia entre o paraíso e inferno . (John Monteiro).
FERNANDES, Florestan. A Investigação Etnológica no Brasil e outros ensaios. São Paulo: Global, 2009, 320p . . Apresentação de Edgar de Assis Carvalho. Publicado originalmente em 1975, este livro reúne cinco ensaios etnológicos escritos por Fernandes entre 1946 e 1964, incluindo estudos sobre a reação tupi à conquista, a educação entre os Tupinambá, a trajetória de Tiago Marques Abiporeu, as tendências teóricas da pesquisa etnológica e o valor etnográfico das fontes coloniais. Inclui o famoso quadro sinóptico das observações registradas pelos “cronistas” . (John Monteiro).
THEVET, André. A Cosmografia Universal de André Thevet, Cosmógrafo do Rei. Rio de Janeiro: Fundação Darcy Ribeiro, 2009, 190p . . Tradução e notas de Raul de Sá Barbosa. Infelizmente, não se trata da Cosmografia inteira e apenas dos 16 capítulos sobre a França Antártica, traduzidos para o português pela primeira vez. Publicada em 1575, a Cosmografia repete muitas das afirmações e informações publicadas anteriormente n’As Singularidades da França Antártica porém também oferece perspectivas diferentes sobre questões de religião, parentesco, alimentação e relações com os europeus. A introdução geral esclarece pouco sobre a obra e as notas são mais completas para alguns dos capítulos . (John Monteiro).
FREIRE, José Ribamar Bessa; MALHEIROS, Márcia Fernanda. Aldeamentos Indígenas no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Ed. UERJ, 2009, 100p . . Pensado inicialmente como um aporte didático, o livro ultrapassa essa limitação ao trazer um material original de pesquisa em arquivos realizada pela equipe do Programa de Estudos dos Povos Indígenas, da UERJ. O texto é curto porém contundente, buscando levantar questões e problemas quanto à presença indígena no Rio de Janeiro, entre os séculos XVI e XIX . (John Monteiro).
THEVET, André. Le Brésil d’André Thevet: Les singularités de la France Antarctique (1557). Paris: Editions Chandeigne, 1997, 446p . . Estabelecimento de texto, introdução e notas de Frank Lestringant. Exemplo primoroso de como se deve editar uma fonte histórica, esta versão definitiva do livro do célebre cosmógrafo proporciona, segundo o organizador, "uma janela para o Novo Mundo". Trata-se, no entanto, de uma "falsa janela" pois, conforme lembra Lestringant em sua excelente introdução, Les Singularités precisa ser lido na articulação entre aquilo que se mostrava novo e o conhecimento da Antiguidade Clássica que embasava os relatos de viagem renascentistas. O organizador também chama a atenção para o aspecto inovador da iconografia impressa na obra, constituída por 41 xilogravuras de Bernard de Poisduluc, consagrando (segundo Lestringant) "a figura apolínia do Selvagem", num explícito diálogo entre o novo e o clássico. Além das notas esclarecedoras no fim do texto, esta edição traz um suplemento bibliográfico e um índice onomástico . (John Monteiro).