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Imagem: Jean-Baptiste Debret.

Base John Monteiro

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GARCIA, Elisa Frühauf. As Diversas Formas de Ser Índio: políticas indígenas e políticas indigenistas no extremo sul da América portuguesa. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2009, 352p . . Segundo lugar no Prêmio Arquivo Nacional de Pesquisa, este livro é fruto de uma extensa pesquisa de doutorado que enfoca a presença e participação dos índios na configuração da sociedade colonial na fronteira meridional da América portuguesa. Aborda de maneira inovadora as políticas de alianças iniciadas pelos índios, desde o contexto da demarcação territorial em torno do Tratado de Madri às vésperas da Independência . (John Monteiro).
RIBEIRO, Darcy. Diários Índios: Os Urubus-Kaapor. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, 627p . . Escritos entre 1949 e 1951, os diários relatam duas expedições empreendidas pelo autor entre os índios Urubu-Kaapor, povo Tupi do Maranhão. Além da leitura caracteristicamente agradável, os diários representam um material histórico de grande interesse, retratando o processo de contato, o papel dos sertanistas, a presença de populações diversas – de ex-quilombolas a índios "aculturados" – entre muitas outras coisas. Também documentam a busca deste autor pelas origens do Brasil, marca importante de suas obras subsequentes . (John Monteiro).
VANGELISTA, Chiara - org. Fronteras, Etnías, Culturas: América Latina, siglos XVI-XX. Quito: Abya-Yala, 1996, 258p . . Esta coletânea reúne os trabalhos apresentados num simpósio do Congresso de Americanistas de 1994 sobre fronteiras e grupos indígenas na América do Sul. Sobre o Brasil, há textos de Regina Gadelha, Denise Maldi, Chiara Vangelista, Ettore Finazzi-Agrò, John Monteiro e Loiva Félix . (John Monteiro).
LÉRY, Jean de. História de uma Viagem Feita à Terra do Brasil, também chamada América. Rio de Janeiro: Fundação Darcy Ribeiro, 2009, 294p . . Tradução de Maria Ignez Duque Estrada. Além de ajustar alguns problemas que aparecem na tradução anterior de Sérgio Milliet, esta nova edição do importante relato francês é enriquecida pelo ensaio introdutório e notas linguísticas de Aryon Rodrigues. A introdução de Carlos Moreira Neto comenta rapidamente a atualidade da obra de Léry, chamando a atenção para as observações do francês que são de particular interesse para a etnologia . (John Monteiro).
KODAMA, Kaori. Os Índios no Império do Brasil: a etnografia no IHGB entre as décadas de 1840 e 1860. Rio de Janeiro: Editora da Fiocruz/Edusp, 2009, 333p . . Originalmente uma tese de doutorado, este livro explora o lugar dos índios na “operação historiográfica” empreendida por membros do Instituto Histórico e Geográfico do Brasil em suas primeiras décadas de intensa atividade. A partir de uma leitura cuidadosa dos estudos, ensaios e debates impressos nas páginas da Revista Trimensal do Instituto, a autora demonstra a tensão entre o lugar dos índios na elaboração de uma narrativa sobre a história do Brasil e o “não-lugar” reservado aos índios no futuro da nação que se consolidava . (John Monteiro).
ZERON, Carlos Alberto de Moura Ribeiro. Ligne de Foi: la Compagnie de Jésus et l’esclavage dans le processus de formation de la société coloniale en Amérique portugaise (XVIe-XVIIe siècles). Paris: Honoré Champion, 2009, 573p . . Exaustiva análise dos debates em torno da escravidão indígena e africana na América portuguesa, com ênfase nos escritos jesuíticos nos dois lados do Atlântico. Aborda as dimensões teológicas, jurídicas e historiográficas da questão, mostrando que, a exemplo da América espanhola, o debate teve uma importância central para a consolidação da presença portuguesa no Novo Mundo . (John Monteiro).
MELLO, Marcia Eliane Alves de Souza e. Fé e Império: as Juntas das Missões nas conquistas portuguesas. Manaus: Editora da Universidade Federal do Amazonas, 2009, 384p . . A partir de uma ampla pesquisa documental em arquivos portugueses e brasileiros, o livro traça de maneira detalhada o funcionamento e a atuação das Juntas das Missões no Reino e nas partes ultramarinas, com especial atenção para a Junta no Estado do Maranhão e Grão Pará, no período entre 1681 e 1757. Uma das chaves da política indigenista colonial, apesar de pouco estudada, a Junta das Missões produziu uma documentação importante sobre a atuação de missionários, sobre descimentos e tropas de resgate, sobre o trabalho indígena e sobre guerras contra grupos que se opuseram aos portugueses . (John Monteiro).
GALVÃO, Eduardo. Diários de Campo entre os Tenetehara, Kaioá e Índios do Xingú. Rio de Janeiro: Editora UFRJ/Museu do Índio, 1996, 397p . . Edição e organização de Marco Antonio Gonçalves. Transcrição integral de diários de campo deste notável etnólogo, marcando uma época importante na pesquisa de sociedades indígenas no Brasil. As anotações sobre observações etnográficas, questões práticas e outros personagens (incluindo, com destaque, Charles Wagley), abrangem três pesquisas: entre os Tenetehara no Maranhão (1941-43), Kaiowá no Mato Grosso [do Sul] (1946) e vários grupos no Alto Xingu (1947-1967). A introdução de Marco Antonio Gonçalves é bastante esclarecedora e o livro inclui um interessante caderno de fotos, retratando o etnólogo em diferentes momentos e situações de carreira . (John Monteiro).
SMILJANIC, Maria Inês - org. Faces da Indianidade. Curitiba: Nexo Design, 2009, 290p . . Cobrindo um amplo leque temático, o livro reúne estudos produzidos por professores e alunos dos programas de pós-graduação em Antropologia Social da Universidade de Brasília e da Universidade Federal do Paraná. A primeira parte traz “Histórias do Contato” com textos sobre o povo Apiaká (Giovanna Tempesta), sobre o contato interétnico no rio Apaporís (Luís Cayón) e sobre índios e seringueiros no Alto Juruá (Paulo Roberto Homem de Góes). A segunda parte discute “Agencialidades”, com enfoque especial sobre projetos indígenas; a terceira enfoca “Políticas”; a quarta “Imagens”; o livro encerra com uma parte dedicada a pesquisas em andamento por alunos de graduação . (John Monteiro).
LEONARDI, Victor. Entre Árvores e Esquecimentos: história social nos sertões do Brasil. Brasília: Paralelo 15/Editora UnB, 1996, 431p . . Este livro reúne 21 ensaios do historiador, num tom que oscila entre o informal e o erudito, porém que é sempre provocativo. O autor aborda vários temas ligados à história dos índios, chamando a atenção para a omissão desta temática na historiografia brasileira, às vezes evocando uma comparação com outros países do continente. São particularmente pertinentes suas observações sobre o trabalho indígena e sobre a evangelização. Ao sublinhar os processos de violência, exclusão e exploração, Leonardi se propõe a decifrar o enigma do Brasil, nas palavras dele, buscando "entender como é que uma nação com uma origem tão dura pode ter traços tão meigos e carinhosos em suas formas diárias de viver..." (p. 185) . (John Monteiro).