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Imagem: Jean-Baptiste Debret.
Base John Monteiro
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PISSOLATO, Elizabeth. A Duração da Pessoa: mobilidade, parentesco e xamanismo mbya (guarani). São Paulo: Editora Unesp/Instituto Ambiental/NuTI, 2007, 445p . . Trata-se de uma excelente etnografia que enfoca os Guarani no estado do Rio de Janeiro, buscando, por um lado, problematizar um tema clássico na bibliografia etnológica e etnohistórica guarani (a mobilidade) e, por outro, ao esmiuçar o parentesco e o xamanismo, contribuir com enfoques pouco elaborados na densa bibliografia guarani, à luz de debates na atual etnologia americanista. Um aspecto relevante do estudo é a incorporação do problema das relações com os “jurua” (brancos) explicitamente na análise. “Se por um lado o mundo mbya está longe de se resumir à relação com jurua, por outro não se pode pensar a vida atual nas aldeias sem o que vem do mundo dos brancos” (p. 64) . (John Monteiro). |
LANGSDORFF, Georg Heinrich von. Os Diários de Langsdorff. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 1996, 400p . . Danuzio Gil Bernardino da Silva (org.). Esta edição reúne diários e imagens produzidos ao longo da expedição científica liderada pelo Barão Langsdorff entre 1821 e 1829, organizados cronologicamente. O primeiro volume cobre Rio de Janeiro e Minas Gerais (1824 e 1825), o segundo São Paulo (1825-1826) e o terceiro Mato Grosso e Amazônia (1826 a 1828). São muitas as observações sobre populações indígenas, sobretudo nos volumes 1 e 3. Planeja-se a edição de um quarto volume, com mapas e reproduções facsimilares dos manuscritos . (John Monteiro). |
SANTOS, Eduardo Natalino dos. Fontes Históricas Nativas da Mesoamérica e Andes: conjuntos e problemas de entendimento e interpretação. Recife: Clio Arqueológica, 2007, 32p FFLCH - USP, v. 1, n. 22. Acessível em: http://paineira.usp.br/cema/images/stories/pdf/artigos_eduardosantos_fonteshist…. |
RAMINELLI, Ronald. Imagens da Colonização. São Paulo: Edusp, 1996, 186p . . O autor faz um estudo iconológico das representações pictóricas dos índios no decorrer dos séculos XVI e XVII, mostrando a tematização de certas características do discurso europeu sobre os nativos da América. Ao confrontar estas representações com relatos escritos e com a cartografia, o autor aponta para o "descompasso entre os textos e as imagens", observação essa ilustrada de forma bastante criativa no que diz respeito à antropofagia. Um outro aspecto importante do livro reside na abordagem das "mulheres canibais", o que permite ilustrar tanto o impacto do Novo Mundo sobre o pensamento europeu, quanto o impacto desse pensamento sobre as políticas coloniais . (John Monteiro). |
DIAS, Marcelo Henrique; CARRARA, Ângelo Alves - orgs. Um Lugar na História: a Capitania e Comarca de Ilhéus antes do cacau. Ilhéus: Editus – Editora da UESC, 2007, 322p . . Esta coletânea inclui cinco pesquisas originais sobre Ilhéus no período colonial e uma referente ao Império. Os estudos de Carrara (sobre as estruturas agrárias) e Dias (sobre a economia e administração da capitania) abordam questões historiográficas referentes ao papel da resistência indígena e da mão-de-obra nativa na articulação da economia colonial na região. Um segundo artigo de Marcelo Dias traz uma contribuição original ao debate, enfocando as atividades produtivas dos índios residentes nos aldeamentos jesuíticos, em especial o de N. S. da Escada (Olivença). De especial interesse é a análise que o autor oferece de um relatório manuscrito, elaborado pelo ouvidor Luís Freire de Veras em 1768. O texto também reproduz uma ilustração da Vila de Santarém, a qual acompanha o relato do Cap. Domingos Alves Muniz Barreto a respeito dos “índios sublevados nas vilas e aldeias da Comarca de Ilhéus e norte da Cap. da Bahia” . (John Monteiro). |
OLIVEIRA, Carla Mary S; MEDEIROS, Ricardo Pinto de - orgs. Novos Olhares sobre as Capitanias do Norte do Estado do Brasil. João Pessoa: Editora Universitária UFPB, 2007, 185p . . Nesta coletânea, são de especial interesse para a temática da história indígena dois artigos com pesquisas originais em fontes inéditas: de Regina Célia Gonçalves sobre “guerra e açúcar” na Paraíba, abordando o processo de conquista e as alianças com grupos indígenas como aspectos cruciais da formação de uma elite política na região; e de Ricardo Pinto de Medeiros sobre o impacto da política pombalina sobre as “vilas e lugares de índios” nas capitanias de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande e Ceará, incluindo informações interessantes sobre a atuação de lideranças indígenas . (John Monteiro). |
INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL. Povos Indígenas no Brasil 1991/1995. São Paulo: Instituto Socioambiental, 1996, 871p . . Dando sequência a publicações anteriores na série "Aconteceu: Especial", este livro traz um denso dossiê de informações sobre todas as populações indígenas do país, com importantes artigos sobre demarcação de terras, movimentos de emergência étnica e mobilização política. As listas de povos, organizações e populações indígenas são referências básicas, levando-se em conta a necessária imprecisão dos dados sobre um objeto sempre em construção . (John Monteiro). |
DE LAET, João. Roteiro de um Brasil Desconhecido: Descrição das Costas do Brasil. São Paulo: Kapa Editorial, 2007, 320p . . Organização de José Paulo Monteiro Soares e Cristina Ferrão. Introdução, transcrição, tradução e anotação de B. N. Teensma. Transcrição integral do manuscrito pertencente à biblioteca John Carter Brown, em Providence, EUA. Trata-se de uma coletânea de depoimentos, reunindo informações sobre a costa atlântica da América do Sul à época da partida da comitiva de Nassau para o Brasil. São 35 relatos – na verdade, “fragmentos”, como escreve o autor da introdução – sobretudo de viajantes e navegadores holandeses e portugueses, vários dos quais trazem informações sobre os índios. De especial interesse são os depoimentos de quatro índios potiguar (Gaspar Paraupaba, André Francisco, Antônio Paraupaba e Pedro Poti) que foram para a Holanda em meados da década de 1620, fornecendo uma descrição da “costa noroeste” do Brasil, isto é, Paraíba, Rio Grande e Ceará. Trata-se de um extrato do relatório de Kiliaan van Renselaer “a partir do interrogatório aos índios”. A edição inclui a reprodução integral do manuscrito da biblioteca John Carter Brown . (John Monteiro). |
BRANDÃO, Ambrósio Fernandes. Diálogos das Grandezas do Brasil. Recife: Editora Massangana, 1996, 240p . . Organização e notas de José Antônio Gonsalves de Mello. Baseada no manuscrito arquivado em Leiden, trata-se da edição feita pelo historiador pernambucano Gonsalves de Mello, há muito esgotada. O texto, do início do século XVII, é composto de diálogos entre Brandônio, um português experiente em assuntos da terra, e Alviano, recém-chegado ao Novo Mundo. No último diálogo, Brandônio explica várias questões relacionadas aos índios, proporcionando um resumo do estado do conhecimento da época . (John Monteiro). |
CHAMBOULEYRON, Rafael. Povoamento, Ocupação e Agricultura na Amazônia Colonial (1640-1706). Belém: Editora Açaí, 2007, 210p . . O livro apresenta uma densa pesquisa sobretudo em documentos do Arquivo Histórico Ultramarino no intuito de fazer uma revisão do processo de colonização na Amazônia, entre a Restauração de 1640 e o fim do reinado de Pedro II. O autor conscientemente deixa de lado “o lugar social de índios e africanos” e o processo de mestiçagem, porém proporciona uma nova leitura do processo colonial, no qual o trabalho indígena aparece de maneira importante, apesar de discreta . (John Monteiro). |