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Imagem: Jean-Baptiste Debret.

Base John Monteiro

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ALDEN, Dauril. The Making of an Enterprise: the Society of Jesus in Portugal, its empire, and beyond, 1540-1750. Stanford: Stanford University Press, 1996, 707p . . Resultado de quase três décadas de pesquisa, o livro oferece um amplo panorama das atividades jesuíticas na esfera do padroado lusitano, da fundação da ordem à sua expulsão das dependências portuguesas. Os aspectos mais importantes do livro residem na abordagem das atividades produtivas e comerciais dos jesuítas, bem como na perspectiva interoceânica do empreendimento inaciano. No que diz respeito à temática indígena no Brasil, o autor incorpora e expande seus estudos anteriores sobre a questão da liberdade dos índios, sobre as aldeias missionárias e sobre o trabalho indígena . (John Monteiro).
LANGSDORFF, Georg Heinrich von. Os Diários de Langsdorff. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 1996, 400p . . Danuzio Gil Bernardino da Silva (org.). Esta edição reúne diários e imagens produzidos ao longo da expedição científica liderada pelo Barão Langsdorff entre 1821 e 1829, organizados cronologicamente. O primeiro volume cobre Rio de Janeiro e Minas Gerais (1824 e 1825), o segundo São Paulo (1825-1826) e o terceiro Mato Grosso e Amazônia (1826 a 1828). São muitas as observações sobre populações indígenas, sobretudo nos volumes 1 e 3. Planeja-se a edição de um quarto volume, com mapas e reproduções facsimilares dos manuscritos . (John Monteiro).
RAMINELLI, Ronald. Imagens da Colonização. São Paulo: Edusp, 1996, 186p . . O autor faz um estudo iconológico das representações pictóricas dos índios no decorrer dos séculos XVI e XVII, mostrando a tematização de certas características do discurso europeu sobre os nativos da América. Ao confrontar estas representações com relatos escritos e com a cartografia, o autor aponta para o "descompasso entre os textos e as imagens", observação essa ilustrada de forma bastante criativa no que diz respeito à antropofagia. Um outro aspecto importante do livro reside na abordagem das "mulheres canibais", o que permite ilustrar tanto o impacto do Novo Mundo sobre o pensamento europeu, quanto o impacto desse pensamento sobre as políticas coloniais . (John Monteiro).
INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL. Povos Indígenas no Brasil 1991/1995. São Paulo: Instituto Socioambiental, 1996, 871p . . Dando sequência a publicações anteriores na série "Aconteceu: Especial", este livro traz um denso dossiê de informações sobre todas as populações indígenas do país, com importantes artigos sobre demarcação de terras, movimentos de emergência étnica e mobilização política. As listas de povos, organizações e populações indígenas são referências básicas, levando-se em conta a necessária imprecisão dos dados sobre um objeto sempre em construção . (John Monteiro).
BRANDÃO, Ambrósio Fernandes. Diálogos das Grandezas do Brasil. Recife: Editora Massangana, 1996, 240p . . Organização e notas de José Antônio Gonsalves de Mello. Baseada no manuscrito arquivado em Leiden, trata-se da edição feita pelo historiador pernambucano Gonsalves de Mello, há muito esgotada. O texto, do início do século XVII, é composto de diálogos entre Brandônio, um português experiente em assuntos da terra, e Alviano, recém-chegado ao Novo Mundo. No último diálogo, Brandônio explica várias questões relacionadas aos índios, proporcionando um resumo do estado do conhecimento da época . (John Monteiro).
DE OLIVEIRA, Jorge Eremites. Guató, Argonautas do Pantanal. Porto Alegre: Editora da PUCRS, 1996, 179p . . Coleção Arqueologia. Voltado para o estudo dos assentamentos, subsistência e cultura material dos Guató, o livro utiliza e problematiza um amplo repertório de fontes históricas e etnográficas, sobretudo do século XIX . (John Monteiro).
THEVET, André. Le Brésil d’André Thevet: Les singularités de la France Antarctique (1557). Paris: Editions Chandeigne, 1997, 446p . . Estabelecimento de texto, introdução e notas de Frank Lestringant. Exemplo primoroso de como se deve editar uma fonte histórica, esta versão definitiva do livro do célebre cosmógrafo proporciona, segundo o organizador, "uma janela para o Novo Mundo". Trata-se, no entanto, de uma "falsa janela" pois, conforme lembra Lestringant em sua excelente introdução, Les Singularités precisa ser lido na articulação entre aquilo que se mostrava novo e o conhecimento da Antiguidade Clássica que embasava os relatos de viagem renascentistas. O organizador também chama a atenção para o aspecto inovador da iconografia impressa na obra, constituída por 41 xilogravuras de Bernard de Poisduluc, consagrando (segundo Lestringant) "a figura apolínia do Selvagem", num explícito diálogo entre o novo e o clássico. Além das notas esclarecedoras no fim do texto, esta edição traz um suplemento bibliográfico e um índice onomástico . (John Monteiro).
ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO. Repertório de Documentos para a História Indígena do Maranhão. São Luís: Secretaria de Estado da Cultura-Arquivo Público, 1997, 361p . . Valioso instrumento de pesquisa, este repertório inclui vários elementos importantes para a história indígena, incluindo a documentação da Junta de Missões (1738-1777) e a correspondência dos governantes dos anos finais do período colonial ao fim do Império . (John Monteiro).
VAINFAS, Ronaldo - org. Confissões da Bahia: Santo Ofício da Inquisição de Lisboa. São Paulo: Companhia das Letras, 1997, 362p . . Coleção Retratos do Brasil. Trata-se de uma nova edição, amplamente revista, corrigida e anotada, do livro das confissões da Bahia, composto durante a visitação de Heitor Furtado de Mendonça em 1591-92. Publicado pela primeira vez em 1922 por Capistrano de Abreu, o livro das confissões traz depoimentos interessantíssimos sobre o sertanismo na Bahia, sobre os mamelucos e sobre a "Santidade de Jaguaripe", um movimento sociorreligioso entre os Tupinambá. A introdução e notas de Ronaldo Vainfas permitem uma leitura atualizada destes documentos . (John Monteiro).
LÉVI-STRAUSS, Claude. Tristes Trópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 1997, 400p . . Tradução: Rosa Freire D’Aguiar. Publicado originalmente em 1955, é um misto de relato de viagem e reflexão antropológica do destacado etnólogo francês, cuja passagem pelo Brasil nos anos de 1930 foi fundamental na sua formação. Guardadas as especificidades contextuais, o livro proporciona uma excelente introdução à temática indígena e ao lugar dessa discussão no mundo contemporâneo. Com o passar do tempo, também passa a proporcionar uma espécie de documento histórico . (John Monteiro).