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Imagem: Jean-Baptiste Debret.
Base John Monteiro
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FAUSTO, Carlos. Inimigos Fiéis: história, guerra e xamanismo na Amazônia. São Paulo: Edusp, 2001, 587p . . À primeira vista, trata-se de uma etnografia nos moldes clássicos sobre os Parakanã, povo tupi-guarani que vive entre os rios Xingu e Tocantins. No entanto, como as boas monografias clássicas, o alcance do livro vai muito além da descrição do objeto em si e traz aportes para a abordagem antropológica dos processos históricos vivenciados por sociedades indígenas. Ao se defrontar com o desafio de explicar porque dois ramos dos Parakanã – de origem comum porém cindidos no final do século XIX em decorrência de uma "briga por mulheres" – apresentavam, na época do contato (década de 1970), formas sociais "significativamente distintas", o autor procura "mostrar como as transformações foram produto da intersecção de determinações internas e externas, interesecção que se deu em situações históricas particulares, conformando e sendo conformada pela ação dos agentes". Transitando entre estrutura e processo, esta etnografia apresenta uma sofisticada apreciação das "formas na história" e da "história das formas", manejando com destreza documentos históricos, narrativas indígenas, observações pessoais e uma extensa bibliografia etnológica . (John Monteiro). |
VAINFAS, Ronaldo. A Heresia dos Índios: catolicismo e rebeldia no Brasil colonial. São Paulo: Companhia das Letras, 1995, 275p . . Centrado num volumoso processo da Inquisição de Lisboa, este estudo documenta e interpreta a chamada Santidade de Jaguaripe, movimento profético que surgiu no sertão da Bahia no final do século XVI. A partir da perspectiva da história cultural, o autor mostra as matrizes tupis e cristãs deste estranho movimento, sublinhando o choque entre sistemas simbólicos radicalmente distintos . (John Monteiro). |
GALINDO, Marcos; HULSMAN, Lodewijk - orgs. Guia de Fontes para a História do Brasil Holandês. Recife: Fundação Joaquim Nabuco/Editora Massangana/Instituto de Cultura, 2001, 376p . . Ligado ao Projeto Resgate, este guia retoma iniciativas anteriores (de Joaquim Caetano Silva, José Hygino Duarte Pereira e José Antônio Gonsalves de Mello) de trazer à tona a riqueza dos arquivos públicos holandeses para a história do Brasil. O guia fornece informações detalhadas sobre sete arquivos, além de reproduzir os relatórios de pesquisa de José Hygino (1885-6) e de Gonsalves de Mello (1957-8), que detalham outros acervos. Embora a listagem não especifique o conteúdo, de grande interesse para a história dos índios são os documentos administrativos, econômicos e políticos da Companhia das Índias Ocidentais, no Algemeen Rijksarchief em Haia, que também contém uma documentação referente à conversão dos índios pelos pregadores calvinistas . (John Monteiro). |
KOK, Glória. Os Vivos e os Mortos na América Portuguesa: da antropofagia à água do batismo. Campinas: Editora da Unicamp, 2001, 183p . . Centrado nas relações entre missionários e índios (sobretudo Tupinambá e Guarani), este estudo faz uma leitura bastante original da "disputa pelo espaço simbólico". Ao eleger a questão da morte, a autora tece um argumento interessante a respeito das transformações decorrentes do processo de conversão religiosa . (John Monteiro). |
PETRONE, Pasquale. Aldeamentos Paulistas. São Paulo: Edusp, 1995, 398p . . Edição de um trabalho de geografia apresentado como tese de livre docência em meados da década de 1960. Fruto de uma expressiva pesquisa histórica, o livro documenta o lugar das populações indígenas na organização do espaço colonial em São Paulo, com destaque para o século XVIII . (John Monteiro). |
BERWANGER, Ana Regina; OSÓRIO, Helen; SOUZA, Susana Bleil de - orgs. Catálogo de Documentos Manuscritos Avulsos referentes à Capitania do Rio Grande do Sul existentes no Arquivo Histórico Ultramarino, Lisboa. Porto Alegre: CORAG, 2001, 239p . . Parte do Projeto Resgate, o catálogo elenca cerca de mil documentos referente a esta capitania, cobrindo o período de 1732 a 1825. Há vários documentos sobre índios Minuano, Tape, Charrua e Guarani, com informações sobre as missões durante e após a expulsão dos jesuítas, sobre as relações entre a expansão do gado e povos indígenas, e sobre conflitos . (John Monteiro). |
. O Teatro da Natureza: Maximiliano no Brasil. Lisboa: N D, 1995, 110p . . Revista Oceanos. São seis artigos, fartamente ilustrados, que devassam a viagem do príncipe de Wied-Neuwied ao Brasil. De especial interesse são os textos de Ernest Pijning sobre o contexto científico que informou a viagem e de João Rocha Pinto sobre a imagem dos índios nos quadros do idealismo alemão. As notas bibliográficas compiladas por Rosemarie Erika Horch também são de grande utilidade . (John Monteiro). |
GRÜNEWALD, Rodrigo de Azeredo. Os Índios do Descobrimento: tradição e turismo. Rio de Janeiro: Contra Capa, 2001, 224p . . Fruto de uma densa pesquisa etnográfica realizada às vésperas das "comemorações" do quinto centenário, este estudo problematiza a postura dos Pataxó do sul da Bahia ao assumirem o papel de "índios do descobrimento" no sítio histórico dos primeiros contatos de 1500. Lançando mão de uma antropologia histórica em diálogo com os "estudos pós-coloniais", o autor demonstra o quanto a história dos índios se complica à medida que os índios apresentem versões próprias dessa história no contexto da negociação de identidades. Outra contribuição importante deste estudo reside no enfoque sobre o turismo étnico, outra arena na qual se mobiliza discussões em torno das tradições que, neste caso, segundo o autor, estão vinculadas tanto a manifestações culturais essencializadas (danças, artesanato, língua) quanto a uma narrativa histórica que remete ao descobrimento do Brasil . (John Monteiro). |
ROSÁRIO, Manuel da Penha do. Língua e Inquisição no Brasil de Pombal. Rio de Janeiro: Ed. UERJ, 1995, 116p . . Transcrição, introdução e notas de José Pereira da Silva. Este pequeno livro transcreve as "Questões Apologéticas" redigidos por um obscuro mercedário em 1773, contestando a política linguística pombalina ao defender o uso da língua geral na catequese dos índios do Pará. Este manuscrito da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro foi editado anteriormente pelo mesmo organizador na Revista do IHGB e nos Anais da Biblioteca Nacional e parece ser a versão resumida e vulgarizada de um original em latim. Estruturada em forma de perguntas e respostas fundamentadas nas Escrituras, o texto arranha temas relevantes para a história dos índios. O organizador acrescenta um glossário, um índice onomástico e uma pequena bibliografia de apoio, que ajudam a esclarecer a leitura do texto . (John Monteiro). |
FREIRE, José Ribamar Bessa - coord. Os Índios em Arquivos do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Ed. UERJ, 1995, 225p . . Aprofundamento do trabalho realizado pelo autor no Guia de Fontes para a História Indígena e do Indigenismo, os dois volumes apresentam fichas detalhando diferentes conjuntos documentais em arquivos do Rio que tratam explicitamente dos índios e da política indigenista. É importante ressaltar que a documentação abrange o país como um todo, porém o guia também traz informações inéditas sobre os índios no Rio de Janeiro . (John Monteiro). |